quinta-feira, 11 de abril de 2019

Uma Igreja para o mundo








Eu tenho dito inúmeras vezes (segundo o sentido da palavra original no grego) que a Igreja é um chamado "para fora",  um movimento sinérgico de membros do corpo para a transformação do mundo. Uma igreja que não produza uma resposta a sociedade ou comunidade onde ela está inserida, não tem a proposta ou visão evangelistica para qual ela foi chamada.
Claro, nem todos aceitarão, nem todos se converterão, nem todos concordarão com a pregação e até mesmo com a proposta de amor gratuito, no entanto mesmo assim o motivo ou a razão de ser de uma igreja; é propor ao mundo uma resposta a suas aflições e questionamentos.
Ninguém que se achegou até Jesus saiu sem uma resposta, embora seja bem verdade que muitos não tenham gostado do que ouviram. Nesse sentido, a igreja é o porta voz de Jesus e seu Evangelho na terra, apta (ou pelo menos deveria estar) a levar sua mensagem.

Basicamente o que eu tenho visto tantas e tantas vezes é uma igreja voltada apenas para si, para seus próprios membros, que não produz uma transformação que visa alcançar nem mesmo seus membros internos, quanto o mais  pessoas fora de suas portas e paredes. Igrejas sem visão do reino que não tem o menor interesse em expandir o alcance do evangelho ao mundo, patinando em seus próprios problemas.

Algumas pessoas infelizmente não compreenderam que o chamado de Deus e que a função da igreja é nos fazer crescer, nos fortalecer em meio aos pecados, aflições, desanimo e tantas tribulações que muitos passam, de nos fortalecermos mutuamente.

“Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos, e sejais longânimos para com todos.” 1 Tess. 5:14

De fato; muito nos preocupa a saúde de alguns irmãos com quem temos afinidades, suas aflições, sua falta de emprego, seus problemas com as drogas, no casamento, suas privações. É licito tais preocupações e cuidados, porém infelizmente existem tantos outros a nossa volta que passam pelos mesmos problemas e nada recebem, nem um abraço ou um "Deus te abençoe". Pode ser um vizinho, um parente, um conhecido distante ou até mesmo um irmão da igreja com o qual não temos muita comunhão, ou de "outra igreja que não seja a nossa". (todas igrejas são nossas se  somos membros de um mesmo corpo)

Estas pessoas estão a nossa volta muitas vezes esperando um abraço, uma palavra, uma oração de consolo no entanto são como que invisíveis aos nossos olhos. Fora de nosso circulo íntimo, não recebem nossa atenção devida.

Meu questionamento é: Isso é realmente o amor de Deus em nós?

Nós, ainda como veículos do amor de Deus, não estamos sendo seletivos quando amamos apenas que são de nosso grupo ou igreja, esquecendo um mundo todo carente e em sofrimentos?


No versículo acima, o apóstolo Paulo nos chama a consolar aqueles que estão desanimados que porventura também possam estar fracos e consequentemente amargurados. Obviamente as caminhadas e lutas tendem a serem mais pesadas quando estamos sozinhos, por isso o apóstolo exorta os irmãos de um modo geral (não apenas o pastor, mas todos) a estar caminhando junto a aqueles que têm necessidades.  Somos todos nós sacerdotes uns dos outros, devendo sempre apoiar, servir, interceder, orar e ministrar uns aos outros. No NT todo cristão é um “diákonos” ou seja; todo crente é um ministro de Deus, de igual responsabilidade perante o serviço.

Mesmo que não hajam fatos relatados, eu gosto de pensar que as palavras de Paulo transformavam as pessoas daquela igreja, crentes que saiam pelas portas de Tessalônica atingindo evangelisticamente outros gregos que não eram convertidos. Uma igreja onde as pessoas se apóiam não pode guardar apenas para si o testemunho do que Deus fez em suas vidas. Pessoas encorajadas e motivadas são excelentes instrumentos de pregação e propagação do Evangelho

Na outra parte do versículo; admoesteis os insubmissos. Penso que realmente seria um grande espanto ver um irmão ou um pastor admoestar outros sem que isso gerasse um grande conflito. Infelizmente as pessoas não estão “preparadas” para serem admoestadas. Duro já é o trabalho do pastor em “administrar” sem admoestar os insubmissos, imagine isso vindo da boca de outro irmão...

O fato é que a igreja tem falhado em cumprir seu papel no que diz respeito a amparar, consolar, admoestar, animar os que necessitam dentro de suas portas, como então ganhar o mundo para Cristo?

Bem, pressupondo que a igreja tem vários graus de maturidade e consequentemente falhas (ou o apóstolo Paulo, não teria citado; “paciência”),  é necessário que tenhamos então a tal paciência e trabalhemos com ela.

Creio que a igreja para cumprir seu papel como luz do mundo precisa antes de tudo crescer em maturidade entendendo os desafios e necessidades dos mais fracos e também necessitados. Se não houver o discernimento do chamado, algo mais acima do que o desejo de nosso próprio umbigo; de nosso bem estar acima de tudo, a igreja local jamais será um elemento de transformação de vidas. Essa transformação começa dentro dela com os irmãos e vai porta afora atingindo o mundo perdido.

Aos que conseguem entender o chamado (e tem coragem), cabe primeiro ministrar aos  irmãos envolvendo se de tal forma com todos na disseminação do amor, carinho, cuidado, apoio e principalmente no ensino reflexivo da Palavra. 
Se conseguirmos, poderemos desta maneira modificar nossa igreja de modo que ela possa alcançar não apenas aqueles que se sentem desamparados, mas também aqueles que estão fora das portas da congregação.

Não é possível uma igreja local alcançar o mundo perdido sendo ela própria perdida em si mesma.

É necessário crescimento e discernimento espiritual para compreendermos, aceitarmos e realizarmos o chamado de Deus para nós e o mundo.


Que possamos diante de um mundo escuro e tenebroso sermos o sal e luz do mundo em nossas casas, congregações, em nossas comunidades e assim sendo fazermos a diferença que irá trazer a mudança nas vidas das pessoas; sejam estes irmãos ou desconhecidos necessitados de Jesus.

Que Deus nos abençoe e nos encha de Graça para que possamos ser instrumentos de seu amor.

sábado, 5 de janeiro de 2019

Em busca do contentamento






“De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro,
pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar;
por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos.”(1Tim 6:8)

  Parece bem pouco a querer do mundo, certo? Realmente, do ponto de vista social atual, parece pouco mesmo. Vejo pessoas o tempo todo buscando a felicidade que não se pode encontrar; infelizes com suas vidas, casamentos, empregos, relacionamentos, famílias, carros, bens materiais; buscando coisas que não tem e desprezando as que tem. 
Recentemente com a morte de meu pai, pude constatar de uma vez por todas que eu tenho mais coisas do que eu preciso. Constatei também que em certos aspectos, negligenciei relacionamentos pessoais mais do que deveria em favor de uma vida que eu queria viver, sem me importar com o resto.

Percebo que essa busca de viver a vida atrás de coisas, buscando não frustrar expectativas, só trás mais descontentamento e infelicidade.Vejo isso diariamente nas entrelinhas das mensagens que eu leio. O problema nem está no que as pessoas tem, porque por mais que elas tenham nunca estarão satisfeitas. O problema não está no trabalho, relacionamentos, casamentos, na falta de saúde, o problema está em nós mesmos. 

Nosso instinto de leva nos a tentar substituir tudo que achamos que não trás alegria, contentamento. “Só tenho um milhão na conta, quero três!  Meu trabalho não é bom, trocarei de trabalho. Meu carro não é legal vou trocar de carro. Minha mulher está velha, vou trocar por uma mais nova”, e por ai vai, parece brincadeira, né? Mas é verdade...

Diante deste fato percebe se que ao coração humano é impossível satisfazer com bens, condições e relacionamentos temporais, não importando; independeste de qual seja a quantidade e qualidade deles. 
Concluo que se existe então uma cura para o descontentamento, ele está na sua mente, em como você interpreta o mundo ao seu redor e o que você já possui. 

Qual a necessidade em buscar obter objetos e relacionamentos incessantemente mesmo quando já estamos fartos? 

O  teólogo alemão Alois Wiesinger tem uma frase perfeita pra isso: "O coração em meio a todas as necessidades externas, só é realmente rico quando não quer apenas nada que não tem, mas tem o que o eleva acima do que não tem".
Compreender que já possuímos o suficiente nos dá a oportunidade de desfrutar o desejo de não ter.

O mundo, aliás, Satanás nos bombardeia com todo seu poder de persuasão  dizendo: “Você precisa e merece mais em sua vida!” E na maioria das vezes acreditamos nessa mentira.
O que merecemos mesmo é a morte, porém pela misericórdia e bondade de Deus; temos a Salvação em Jesus e promessa solene que não seremos desamparados. No entanto compreensão espiritual deste cuidado de Deus por nossas vidas não será compreendido até que entendamos que a vida não se resume apenas a esse presente tempo, e sim que ela se estende até a eternidade.

Até mesmo se existe o sofrimento real, não um puro descontentamento material, a compreensão das benesses eternas, torna tudo o que passamos muito pequeno, Paulo enfrentou assim o sofrimento:
“Porque considero que os sofrimentos do tempo presente não valem a pena comparar com a glória que nos será revelada” (Rm 8:18) 

 Não tenho a presunção, a pretensão ou ousadia de dizer a ninguém como deve viver sua vida, mas se eu posso lhe dizer algo, ou melhor, desejar; desejo lhe que encontre dentro de si mesmo, em tudo que tens e em Deus, (aquele que lhe provê sabedoria, promessas e misericórdias) a felicidade e contentamento para que possa viver bem a sua vida.

Que Deus, rico em toda sabedoria nos abençoe com paz e felicidade plena!

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Paz e Bem, Deus abençoe a todos!

https://www.instagram.com/nelson_j_filho/

Nelson Filho

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Meu consolo na Tua palavra







"Este é o meu consolo no meu sofrimento: A tua promessa dá-me vida. " (Salmos 119:50)

Qual geralmente tem sido nosso consolo no sofrimento? 

A quem ou o que temos buscado?

Pessoas, prazeres que não satisfazem, promessas vazias de homens imperfeitos?

O salmista aqui dá a dica; o consolo que ele tem está na promessa de Deus, expressa em Sua palavra. A palavra que dá vida, que vivifica quando estamos mortos, moídos pelas tribulações.

Ele nos mostra a possibilidade de nos fazermos vivos novamente quando bebemos da fonte que jorra da palavra de Deus, porque a sua palavra é a verdade de Deus.

Tiago diz:

“Por sua decisão ele nos gerou pela palavra da verdade, para que sejamos como que os primeiros frutos de tudo o que ele criou.” Tiago 1:16-18

Nenhuma verdade pode ser mais vivificante do que aquela em que confiamos ser a única que tem o poder de transmitir a mensagem correta. Doenças só se curam quando remédios corretos são administrados.

Essa verdade não é a verdade que o mundo prega, ou uma coisa inventada por homens, mas a verdade em forma de fruto, que germina em nossos corações e produz em nossas mentes a transformação necessária para que possamos compreender e aceitar os desígnios de Deus. 
Com as mentes transformadas pela Sua poderosa palavra, estaremos assim preparados para responder adequadamente as tribulações que nos assolam.


Que Deus o autor de toda promessa, possa vivifica lo com a verdade!

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quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Tempo de amar









**Reflexão sobre o tempo**

Escrevi esta reflexão em outra circunstância em 2011, mas agora a republico com um título que faz mais sentido para mim neste momento, em que perdi meu pai. É curioso como, ao relê-la, parece uma antevisão do que estava por vir. Gostaria de compartilhar com todos e pedir que aproveitem da melhor forma possível essa dádiva que o Senhor nos proporciona: o tempo!

"Senhor, ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios... sacia-nos de madrugada com a tua benignidade para que nos alegremos todos os dias da nossa vida" (Salmos 90:12).

O tempo é o bem mais valioso que temos.

Quando chegamos a uma certa idade, começamos a dar mais valor a esse precioso e limitado recurso através do qual a nossa vida flui. Esse elemento conduz nossas vidas como um barco que navega pelo rio do tempo.

O tempo vale mais do que dinheiro, ouro ou prata; mais do que qualquer riqueza conhecida. Quantos milionários não dariam tudo o que têm por mais um suspiro de vida? Lembro-me de um filme em que um homem muito rico comprava o tempo de vida das pessoas e acrescentava ao seu próprio. A trama parecia coerente, e, se isso fosse possível, certamente haveria compradores e vendedores que não dão valor a essa bênção de Deus.

Ainda temos tempo?
Sim, ainda temos o dia de hoje, o dia em que nos levantamos de nossas camas e agradecemos ao Senhor pelo sol e pela chuva que caem sobre nossas cabeças. Temos o dia de hoje para agradecer pela vida e pelas misericórdias derramadas.

Temos o dia de hoje também para amar as pessoas e dizer-lhes que nem tudo está perdido. Temos o dia de hoje para dizer às pessoas que existe um Deus no controle de todas as coisas, um Deus benigno que as ama sob qualquer circunstância.

Não desperdice seu bem mais precioso com ódio, inveja ou ressentimentos. Ao invés disso, use seu tempo amando quem quer que seja, adicionando à sua vida os princípios universais do bem, como bondade, integridade e amor incondicional.
Se você e eu fizermos isso, talvez, nos últimos instantes de nossas vidas, possamos olhar para trás sem arrependimentos pelas coisas boas que poderíamos ter feito e não fizemos.

Que Deus nos abençoe a todos e derrame amor em nossos corações!

Nelson Filho

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sábado, 29 de dezembro de 2018

Um amor sem limites









Começo essa pequena reflexão com uma pergunta em mente: Se tivéssemos que usar única palavra para qualificar a essência de Deus, qual seria essa palavra?
Misericordioso, verdadeiro, fiel,  justo, benigno, poderoso? Todas estas qualidades e muitas outras mais fazem parte dos atributos de Deus, porém a essência de seu Ser está no AMOR.

Não consigo pensar em outra palavra ou qualidade que o defina.

Na Bíblia toda existem dezenas de versículos que falam do amor de Deus, se fosse me ater a todos eles daria um livro. 
Então eu quero falar do que julgo ser a tônica, a síntese de todos eles, o Evangelho em um único versículo:

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu único Filho, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Jo 3:16

Eis o amor de Deus, oferecido ao mundo através do sacrifício de seu único Filho, aquele que sem pecado propiciou nos a salvação! 

Vejamos a profundidade deste texto; Deus amou o mundo "de tal maneira", tão profundamente, com tamanha força, com um amor tão imenso e intenso que presenteou todos os homens ainda que imerecedores com o sacrifício expiatório de Jesus. Ou Deus derramava sua ira sobre a raça humana quer merecia a morte ou derramava seu amor, escolheu a segunda opção e nos deu Jesus.

Jesus é o personificado de Deus, dado a um mundo que não o queria, que lhe era hostil, pervertido e nem por sombra lhe amava. Sua vinda não foi uma relação de troca, de duas vias, de retribuição, foi simplesmente, amor!

Num mundo vil, desprezível com toda sorte de deformidades e maldade, Deus enviou seu filho encarnado. Enviou nos não para que passasse alguns minutos entre nós, mas que vivesse uma vida inteira sofrendo todos os males que são próprios da vida humana. Enviou seu filho para que no final fosse zombado, humilhado, abandonado sozinho numa cruz, no madeiro, morrendo uma morte que não lhe pertencia, por um mundo que não o merecia.

Eu como pai, confesso que tenho dificuldades de compreender essa capacidade de amar de Deus, por isso é que sou homem, apenas uma criatura que necessita de seu amor transformador.
Nossa compreensão sobre esse amor de Deus é limitada; que pai ou mãe daria seu filho em tais circunstâncias?

Antes de Jesus não tínhamos a compreensão exata do que era o amor incondicional de Deus. Por mais que os textos do Antigo Testamento relatem o Seu amor, foi em Jesus que verdadeiramente o amor do Pai foi nos revelado.

O Cordeiro de Deus que incansavelmente tira o pecado do mundo, que morre a nossa morte, que se dá em substituição por nós ainda que sejamos maus, é a expressão máxima do amor de Deus. 
Não conhecíamos esse amor até então, não sabíamos o que realmente era o amor verdadeiro. 
Um amor que não se baseia em nossos modos agradáveis, cordiais e em nossa bondade apenas humana, mas um amor que consegue ser transmitido até para um inimigo que nos odeia fazendo com que ele seja uma pessoa amada!

Difícil compreender este aspecto? Não, compreender até que é fácil, difícil é faze lo, replicar esse amor (pelo menos para nós humanos).

O que mais eu posso dizer para tentar explicar o inexplicável a não ser  falar deste amor com admiração e comoção??

Quero terminar com uma palavra para você, pra mim e para todos nós; não se preocupe se você é um pecador, se você está no mundo, pois esse amor de Deus em forma de Jesus é para o mundo. 
Isso nos inclui e nos dá a possibilidade de receber esse maravilhoso amor em forma de presente. 
Estar no mundo onde o amor foi derramado, nos dá a confiança plena de que mesmo não sendo bons e merecedores, Deus nos ama tanto a ponto de prover nos tamanha possibilidade de salvação. 
Não precisamos ser bons para recebermos esse amor, basta estarmos no mundo.

Saiba que esse amor não tem prazo de validade, não tem limites, não tem condições, independe de sua bondade ou boas ações. Esse amor está disponível em forma de Jesus a todos os que querem, que o aceitam. Isso nos é oferecido gratuitamente, sem troca, sem cobrança, sem imposição.

Esse amor é transformador, rejuvenescedor, vivificante e poderoso, transforma os tristes em alegres, os inimigos em amigos, mortos em vivos, velhos em jovens e criaturas em filhos!

Se você ainda não aceitou o amor em forma de Jesus, faça o agora, convide o para entrar em seu coração, para que faça morada dentro de você e que te revele o amor do Pai, não perca tempo e prove toda a imensidão do amor de Deus por você!

Que o Deus de infinito amor lhe proporcione vida em abundância através de Jesus!


 .

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

O Pão que desceu do céu








Meu objetivo com este texto é falar a aqueles que já são crentes e que não entendem bem suas privações e necessidades. Gostaria de dizer que existe um meio de você fortalecer se para os dias ruins e saciar se espiritualmente. Este meio é proporcionado por Jesus bem claramente através de sua Palavra e do conhecimento de sua Pessoa.

“31 Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Do céu deu-lhes [pão] a comer."
32 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o [pão] do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro [pão] do céu.
33 Porque o [pão] de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.
34 Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse [pão].
35 Declarou-lhes Jesus. Eu sou o [pão] da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede. “JOÃO 6:


Nenhum milagre pode ser tão grande quanto à vida, Jesus apresenta se como o milagre que mantém a vida, como o pão que desceu do céu.  Precisamos entender o que Jesus estava dizendo a aqueles homens de coração duro, na verdade sua afirmação era que Deus forneceu aos seus antepassados e patriarcas o pão que os manteve vivos durante sua jornada peregrinando no deserto.
Somente Deus poderia manter lhes vivos nas mais terríveis condições e salva-los da morte pela fome, com o pão que fora lhes dado em forma de maná.

Mas o que era o pão a qual Jesus apresentava diante daqueles homens?

O pão desde aquela época era um alimento vital para a sobrevivência humana de todos os povos desde a Ásia ao oriente médio e África.
Embora alguns países tenham o pão com diferenças na sua composição, ele tem sido há milênios reconhecidamente até o dia de hoje como aquele pode nutrir e manter a vida do ser humano.

Por conseqüência as afirmações; o que Jesus fez em primeiro lugar foi demonstrar a aqueles homens a essência de seu propósito como perfeito, o de manter aquilo que eles conheciam por vida e em segundo lugar; dar a vida.

Obviamente eles não entenderam o sentido espiritual do qual Jesus estava revelando, não podiam compreender como aquele homem seria o pão do céu, e poderia dar lhes a vida, seja material ou espiritual. Jesus havia feito duas afirmações conclusivas; Que Ele dava a vida e que Ele manteria vida.

A revelação de Jesus em que ele poderia dar e manter vida ao mundo foi de difícil compreensão para aquele povo. Se você ler todo o capitulo de João 6 verá homens discutindo entre si as afirmações de Jesus. Afirmações estas que mexeram profundamente com o mais íntimo de cada homem, que no entanto, travavam uma luta interior para não aceitar tais afirmações. Estas afirmações proferidas por Jesus tinham um grande peso de mudança e importância para suas vidas. Infelizmente eles não estavam preparados para receber as boas novas de pronto e aplica-las em beneficio próprio, de modo que fica a questão; Por que não poderiam eles entenderem tal significado diante do conhecimento prévio que eles tinham de Deus e da vinda do Messias?

 E por que não puderam reconhecer em Jesus a pessoa do Filho de Deus?

Eu creio que eles estavam recebendo de seus lideres apenas promessas vazias, nada sólido, nenhum alimento com nutrientes suficientes para seu desenvolvimento, crescimento em fé e esperança no Messias, não puderam reconhece lo.

Não puderam acreditar que aquele homem era o mesmo que a tanto falavam os profetas e que aprenderam sobre ele desde crianças, agora estava ali em sua frente, afirmando sua autoridade sobre a vida e morte, reivindicando seu lugar como filho de Deus.
Aqueles homens não reconheceram o Milagre, não reconheceram o Pão da Vida, aqueles homens tinham a perspectiva errada de quem deveria ser o Messias.

E o que acontece hoje em dia?

Tenho visto pessoas entrando nas igrejas a cada dia com um pedido de socorro na garganta, com fome de Jesus e sede da palavra, entretanto o que elas têm recebido de seus pastores? Promessas vazias de um alimento que nunca chega!
Promessas são muito boas para alimentar a fé enquanto se espera, entretanto quando você está com muita fome essas promessas que nunca se concretizam apenas enganam seu estômago por algum tempo.

 "Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais têm, pela prática, as faculdades exercitadas para discernir tanto o bem como o mal."Hb 5:14

Estas pessoas que cada dia chegam às igrejas tem fome do Pão da Vida, tem necessidade de alimentos sólidos que possam nutri-las com vitaminas necessárias ao seu crescimento espiritual.
De igual maneira, tem a necessidade para saciarem o vazio em seus estômagos espirituais.
Chegam à casa de Deus repletas de esperança em ouvir uma mensagem vinda dos céus e recebem um copo de água com açúcar, ficam alegres e regozijantes naquele momento, entretanto quando chegam em casa a fome já voltou.
Elas passam a esperar pela próxima vez, pela próxima oportunidade de encontrar novamente com seu Senhor na esperança de receberem aquele alimento de que tanto precisam.
O que geralmente acontece é que elas acabam frustrando se tantas vezes com promessas vazias, que logo e invariavelmente o diabo fará uso do que não lhes foi oferecido e irá enfraquece-las ainda mais, até o ponto que elas desistam da vida cristã. 
Elas nunca souberam que Jesus se apresentou como o Pão da Vida, capaz de saciar completamente a mais profunda necessidade humana, não ouviram que ele poderia dar lhes o alivio a sua sede espiritual, ao ponto de não precisarem a recorrer aos mediadores da fé que vendem suas bênçãos a preços módicos (ás vezes, geralmente os preços são bem elevados).
Entregaram se a falsos mestres que não conhecem verdadeiramente a essência do verdadeiro Evangelho, com poder de transformação infinita na vida do ser humano que se entrega a Jesus.
Estas pessoas não conhecem e não conhecerão o sabor agradável que alimenta com deleites do trono do Senhor Jesus a todos os que o procuram.

É triste; estes crentes não sabem disto porque isto nunca lhes foi dito, nunca lhes foi oferecido.

Buscam a Deus mas não se alimentam com os manjares espirituais, porque elas próprias  são alimentos que servem aos lobos que comem sua gordura e nutrem se de sua carne até chegar-lhes aos ossos.

Anos atrás, dois rapazes vieram pedir-me para que orasse por sua vida material, profissional e financeira. De pronto eu fiz lhes a oração para que Deus pudesse prover lhes a vitória nas referidas áreas de suas vidas.
Todavia, quando eu acabei a oração, sai da presença deles pesado. Isso me fez meditar no que eu havia pedido a Deus para aqueles dois e compreender eu não deveria ter lhes feito esta oração.
Não porque não merecessem ou porque não fosse licito, mas porque eles precisavam na verdade de outra coisa, de um outro horizonte fornecido por Jesus, não aquele que eles achavam que era bom e importante para suas vidas. Estes rapazes não estavam errados em suas necessidades, estavam apenas como os judeus da época de Jesus, tinham a perspectiva errada.

Quem lhes forneceu estas perspectivas se estão dentro da igreja e no Evangelho?

O mundo; esse mesmo que agora está (pelo menos em parte) dentro da igreja. Temos trazido o mundo e suas concupiscências para dentro da igreja e nosso convívio, isto está mudando a perspectiva do Evangelho...Um super carro, uma excelente casa, dinheiro para gastar, boas roupas, maravilhosas viagens de férias, bons restaurantes, tudo que faz bem ao corpo e a carne! 

Minha pergunta porém é: E o espírito, onde fica?

Bem, depende do que eu realmente busco e sou... Está certo que eu posso ser um miserável hipócrita e ganancioso, interessado apenas em bênçãos materiais, buscando apoio a corrupção que habita em minha alma, se é assim, bem feito pra mim quando chegar o dia do acerto de contas!

Porém na imensidão dos casos, as pessoas são realmente enganadas por falsas promessas, apresentadas a um deus que não existe; diante disso vem a decepção que as afasta da possibilidade de conhecer e viver uma vida plena.

Perspectiva errada do Evangelho...É uma frase que eu uso muito e há bastante tempo, pois é o que eu mais observo quando olho para a igreja de um modo geral.
Essa falsa perspectiva das boas novas, causa muitos males, em especial destaco duas coisas; esfriar e desviar os crentes do verdadeiro objetivo que é viver uma vida abundante em Cristo, alimentar se do Pão da Vida que não deixa que ninguém tenha fome.

Quantas promessas, visões de bênçãos e maravilhas efetivamente não se concretizam? Quantas palavras humanas lançadas pelos falsos profetas enganam os que tem necessidade de ouvir algo que realmente faça diferença em suas vidas?

Sim, eles decepcionam pessoas, enganam por pura ganância, prometem de boca o que Deus não disse. Como Deus cobrará deles isso, é assunto para um outro post, o que interessa a nós no momento é quão nocivo tais mentiras podem ser a aqueles que estão carentes da verdadeira Palavra de Deus, carentes do Pão que alimenta e dá vida!

Os que buscam regojizo e nutrição só encontraram em Jesus, não há outra fonte de alimentos, tudo fora dEle, do que está claramente expresso em suas palavras é tóxico e mata!

As tribulações não são de todo um mal, muito pelo contrário, elas dão ao homem sincero diante de Deus a possibilidade de crescer muito espiritualmente. O homem espiritual buscará coisas que lhe são próprias; coisas do espírito, imateriais. O homem material viverá em sua busca constante pelo que também lhe é próprio, matéria corruptível.

Os que estão com Deus pelo material, não são Seus filhos, são homens que como Judas estão em busca de trinta dinheiros. Os que se colocam nos Seus braços certos de que não há merecimento de boas dádivas, que tudo é motivo de ações de graças; esses geralmente encontram Seu favor em qualquer circunstância.

Onde você quer estar quando o final de sua vida na terra estiver chegando ao fim?

Alimentando se do Pão da Vida, forte e lúcido, esperando o dia da glória ou ainda velho em dias buscando alimentos que não te sustentam?

O Pão que desceu do céu é uma realidade, não é uma fábula contada por um Galileu há dois mil anos atrás. O Pão da vida foi proporcionado por Deus a todos nós para que tenhamos vida em abundância.

Não se deixe enganar por sutilezas do diabo que te fazem duvidar do amor de Deus por nós. Não se deixe enganar pelos que distorcem a as palavras de Jesus em beneficio próprio. Entregue se, alimente se somente dEle, bebendo de sua fonte, praticando suas Palavras e crendo que não há nada melhor, mais saudável ou vivificante do que uma vida com Ele. O Pão da vida é para mim, para você, para nós! Aceite esse alimento que Deus proporcionou e viva abundantemente!

Que Deus nos permita e proporcione a oportunidade encontrar nossas vidas em Jesus; Aquele que nos sustentará até o final dos séculos, para honra e glória do Senhor!

Preparando se para a tempestade













Em um texto muito conhecido do Evangelho de Mateus, Jesus nos expõe a parábola dos construtores e os efeitos que as tempestades podem causar sobre suas construções: 
 
"24 Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. 25 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. 26 E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. 27 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.” Mt 7: 24-27

É verdade, nossas vidas sempre estão sujeitas a tempestades e águas torrenciais inesperadas... Essas podem vir em diversas formas; doenças, luto, problemas de relacionamento familiar, desemprego, necessidades materiais, etc.
Entretanto enquanto tudo vai bem em nossas vidas, parece que nossa casa tem bons fundamentos,  bons alicerces, vivemos seguramente como se a tempestade nunca fosse chegar e nos abater.
Recentemente o terrível tsunami  que arrasou a costa da Indonésia e tristemente matou centenas de pessoas, veio simplesmente sem aviso. Havia comida, bebida, diversão, banda de rock, sorriso nos lábios, brincadeiras das crianças e até culto religioso; a vida seguia normal para todos e ninguém soube com antecedência o que estava por vir. 
Não houve tempo por parte das autoridades darem o alarme porque nem eles mesmo sabiam que a erupção do vulcão Krakatoa, desencadearia tão horrenda tragédia. Ninguém esperava por isso, ninguém estava preparado para o que viria.

O que ocorre é que muitas vezes tempestades e calamidades abatem nossas casas no momento em que não estamos preparados, em que não esperamos que um mal caia sobre nossas vidas pois tudo até então, segue tranquilamente.
Mas e quando isso acontece o que fazemos? Desespera mo nos, corremos desorientados para a direita ou esquerda sem rumo, sem saber onde nos esconder ou quem virá em nosso auxílioBuscamos respostas urgentes em amigos, conselheiros, pastores e de certa maneira até mesmo em Deus e nada encontramos.

 Por que não encontramos? 

Não encontramos porque estávamos despreparados, não sabemos o que fazer e queremos uma resposta rápida que não conseguimos ouvir por estarmos desarraigados, desraizados, desalicerçados de seus fundamentos.

Eu não sei como eram os alicerces que Jesus se refere nesta mesma parábola relatada em Lucas (6.47-49 ), pois em Mateus ele dá ênfase ao terreno, no caso a rocha que é  ele próprio e em Lucas ele fala dos alicerces.  
O que eu sei sobre alicerces é que eles devem ser firmados em solo compactado e firme assim como a rocha, sei também que sustentam as casas e não se constroem do dia para noite. É preciso boa matéria prima, trabalho árduo, disposição e tempo para que sejam estabelecidos e assim possam ser utilizados na edificação da casa. 
Todavia, o tempo que irá demorar para a construção desta base só depende de quanto tempo de trabalho diário foi gasto. Da mesma maneira o tempo para firmar se em Jesus só depende do tempo e da qualidade de comunhão que temos com Ele.

Aquele que se firma na rocha, que tem seus alicerces fundados em Deus, jamais será abalado!
Por maior que seja a tempestade que alguém esteja passando, ela não tem força suficiente para abalar aquele que está firmado em Cristo Jesus.

A palavra tem sido pregada, Jesus nos apresenta seu desejo e suas verdades, o conselho do Mestre de Obras de onde os fundamentos devem ser lançados.
Aqueles que têm ouvido e transformado as palavras de Jesus em alicerce através da pratica, jamais serão abatidos. Nenhuma tempestade, tsunami, terremoto será forte o suficiente para derruba los.
Muitos ouvem suas palavras, porém não as retém em seu coração, constroem sobre a areia.
 Não tomam posse dessas promessas fazendo com que sejam verdades, transformando as em força e segurança para os dias maus.
“Todo aquele que ouve suas palavras e as pratica será um homem prudente”. Forte para resistir qualquer tempestade, qualquer força natural ou sobrenatural que a vida lhe apresente.

Os que ouvem e praticam os ensinamentos de Jesus tornam se realizadores de sua vontade, homens interiores confiantes na força daquele que os chamou, homens que superarão tribulações, angustias confiados em Seu poder e fortaleza.

Não construa sua casa sobre a areia, construa seus alicerces e edifique sobre a verdadeira Rocha que é Cristo Jesus. Seja um praticante da Palavra,  prepare se para a tempestade pois ela pode chegar quando menos se espera, sem aviso, porém você não será pego despreparado.

Que o Senhor nos dê sabedoria, força e determinação para edificarmos nossas vidas sobre sua Rocha Forte!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Um homem não religioso










Vemos sérias advertências ao legalismo partindo de Jesus, principalmente aos escribas e fariseus que eram a “nata” da sociedade judaica  em seu tempo.
 Eram homens instruídos na lei de Moisés, religiosos, rigorosos em parte de suas doutrinas e com uma imagem de santidade de si mesmos que os faziam pensar que somente eles eram justos o suficiente.
Pela pratica de atos que consideravam absolutamente corretos e irrepreensíveis, colocavam os demais no rol dos pecadores. No entanto eram relapsos em sua doutrina, deixando de lado aspectos importantes do que Jesus pregava; faltava lhes amor ao próximo, bondade, justiça e principalmente verdade em suas praticas religiosas. Eram homens com uma espiritualidade rasa, hipócritas vivendo de uma esplendorosa aparência porém podres e carcomidos por dentro, tanto que levou Jesus a dizer:

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.”Mt 23:27

Duras palavras disse o mestre Jesus... E ele não parou por ai, mais adiante  ele disse:
Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?”Mt23:33

Vocês podem imaginar Jesus dizendo isso hoje com a consciência que temos de quem ele realmente é? Já pensaram em Jesus dizendo isso diretamente a você?
Que coisa terrível seria, não é mesmo?

Muitas pessoas nos dias atuais, vêem o fariseu como um personagem bíblico quase mítico, que vive na época de Jesus, um cara ruim e dissimulado que entregou Jesus a crucificação, um tipo de pessoa que ficou no passado e que não existe mais, certo?

É certo sim, muitas pessoas pensam na figura do fariseu apenas como um personagem do passado, porém é preciso saber que existem ainda hoje fariseus modernos circulando em nossas igrejas, fazendo tudo que desagrada a Deus em nome de uma pseudo santidade e uma rasa espiritualidade. Homens que encarnam a hipocrisia, a bondade por aparência, que mantém uma vida religiosa de fachada, que aos olhos de outros irmãos parecem justos, porém enganam se a si mesmo exatamente como faziam os fariseus.
Pessoas sem amor ao próximo que não demonstram ou não se preocupam com outros irmãos, suas dificuldades, suas lutas ou pior ainda; não se preocupam com o que Jesus pensa e diz a respeito deles. Pessoas que vivem em uma extrema hipocrisia, a mesma que Jesus condenou.

Você tem conhecido pessoas assim ? Acredita que existam fariseus modernos em nossas igrejas?
Que a advertência de Jesus nos sirva de alerta; que possamos compreender que aqueles que vivem de aparência engana se a si mesmo. Antes nada faça do que fazer algo apenas para parecer santo diante dos outros homens, pois duro julgamento recairá sob aqueles que se encontram nesta situação.

Que não nos preocupemos com a opinião de outros homens, antes preocupe mo nos com a opinião e o julgamento de Deus através de sua Palavra que é apta para isso:
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” Hb 4:12

Saibamos e conscientize mo nos que Deus não vê nossa aparência e sim nosso coração. Compreendamos que nossa sinceridade, amor e temor pelos Seus preceitos são as únicas coisas que realmente lhe interessam.
Nossa imagem de piedosos diante de outros homens é puro engano; enganamos nos quando fazemos algo que não provem do nosso coração, quando não somos movidos pelo amor ao próximo ou pelo amor de Sua obra.

Que Deus nos livre da religiosidade e nos dê profundidade em amor a todos os seus Estatutos!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Que o Anjo do Senhor nos livre da depressão







Muitos cristãos sofrem de depressão, o que não é nada incomum. Também não é raro ouvir de pastores que a depressão seria causada por falta de fé, espíritos malignos, pecados, etc.

Meu conselho, nesse caso, é que você filtre essas palavras como um "by-pass": entre por um ouvido e saia pelo outro.

Mas, o que é depressão?

O que direi nas próximas linhas não tem cunho médico, científico ou profissional, e não tenho a pretensão de sugerir a interrupção de tratamentos com medicamentos. Meu objetivo é apenas compartilhar informações compiladas de estudos disponíveis na rede. Há uma vasta quantidade de livros e artigos disponíveis para quem deseja se aprofundar no tema da depressão, ansiedade e outro assuntos relacionados.

De modo geral, há consenso médico de que a depressão é um transtorno psicológico causado por um desequilíbrio químico no cérebro, que provoca tristeza profunda, persistente e desproporcional, além da perda de interesse em atividades cotidianas. Isso afeta diversos aspectos da vida, como a esfera familiar, escolar e profissional, sendo frequentemente necessária a intervenção médica e o uso de medicamentos.

Neurocientistas afirmam que a depressão ocorre em áreas do cérebro responsáveis pelos pensamentos e emoções. Descompensações nas reações químicas e elétricas podem levar à depressão. Os medicamentos podem ajudar a aliviar os sintomas, mas não curam a doença. A cura envolve uma ação ampla, juntamente com nossa ação; com a ajuda de Deus e, se necessário, de profissionais médicos.

 Os Limites do Diagnóstico Psicológico  

Aqui surge um ponto delicado: se o diagnóstico pode ser subjetivo, o profissional pode errar. Sem um exame ou teste científico que comprove de maneira definitiva a existência de uma doença mental causada por desequilíbrio químico, como a depressão, o diagnóstico torna-se dependente da interpretação do profissional. Segundo neurocientistas, embora seja possível ver áreas que estão reagindo a estímulos cerebrais de pessoas que estão dentro de maquinas de imagens, isso não é possível fazer em tempo real, numa consulta. Isso torna inútil na pratica (nos dias atuais para tratar), esses exames para tratar depressão ansiedade. Devido a complexidade esses exames servem para o médicos tratarem doenças graves. Nesse cenário; a pessoa pode ficar vulnerável a ações de profissionais terapeutas não qualificados ou mal preparados.  

A psicologia, embora seja uma ciência que estuda o comportamento humano e os processos mentais, desempenhando um papel crucial no auxílio a pessoas com problemas comportamentais e psicológicos, não está isenta de erros em suas intervenções terapêuticas. Algumas situações que podem levar a falhas incluem:

  • Diagnósticos equivocados: Por falta de marcadores biológicos, a análise subjetiva pode resultar em conclusões inadequadas.
  • Uso de técnicas inadequadas: Nem todas as abordagens terapêuticas são eficazes para todos os pacientes, e a escolha errada pode agravar a situação.
  • Desalinhamento entre terapeuta e paciente: A relação terapêutica exige empatia e sintonia, e a ausência disso pode comprometer o progresso do tratamento.
  • Negligência de outras causas: Não considerar aspectos biológicos ou espirituais pode limitar a eficácia das intervenções.

Como dito anteriormente, apesar dessas limitações, a psicologia tem um papel importante na identificação de padrões de pensamento e comportamento que podem perpetuar a depressão. No entanto, é essencial reconhecer suas limitações, buscar um excelente profissional qualificado e integrá-la a outras formas de ajuda, como o apoio espiritual e a busca por um relacionamento com Deus.

Depressão na Perspectiva Bíblica

A Bíblia relata o caso de Elias, que sofreu o que seria uma depressão. Ele foi perseguido, sentiu-se cansado, sozinho e fracassado, mas Deus cuidou dele:

"E Acabe contou a Jezabel tudo o que Elias tinha feito, e como havia matado todos os profetas à espada. Jezabel enviou então um mensageiro a Elias, dizendo: 'Que os deuses me castiguem severamente, se amanhã, a esta hora, eu não fizer com a sua vida o que você fez com a deles.' (1 Reis 19:1-2)

Elias sentou-se debaixo de um zimbro e pediu para si a morte, dizendo: 'Basta, Senhor, não aguento mais!' Mas o Senhor lhe disse: 'Que fazes aqui, Elias?' (1 Reis 19:4,9) 'Eu fiquei só' (1 Reis 19:10,14)

O texto mostra como Deus tratou Elias com cuidado durante seu momento de depressão. Ele alimentou Elias, deu-lhe descanso, e revelou-lhe um novo propósito, fazendo-o superar a depressão.

Da mesma forma, Davi também passou por momentos de angústia, que poderiam ser caracterizados como depressão. No Salmo 13, Davi se queixa de seu estado emocional, mas toma atitudes ativas para se livrar da aflição: ele confia em Deus e O adora:

"Até quando te esquecerás de mim, SENHOR? Para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto? (...) Mas eu confio na tua benignidade; na tua salvação se alegrará o meu coração. Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem.” (Salmo 13:1-6)

Esses exemplos bíblicos mostram que, mesmo em estados de grande angústia, a intervenção divina foi essencial para a recuperação. Deus ofereceu a força e o cuidado necessários para superar a crise.

Ações e Perspectivas Positivas

Pensamentos negativos e estressantes podem ser bloqueados, e isso já é meio caminho para enfraquecer a depressão. Alterar a química do cérebro com antidepressivos pode ajudar, mas, às vezes, o problema está na maneira como a mente se condiciona a pensamentos torturantes. Nesse caso, mesmo com medicamentos, a depressão pode persistir.

A chave, portanto, está em identificar as fontes de depressão e tentar eliminá-las. Adotar uma abordagem positiva diante dos problemas é uma forma eficiente de combater a depressão.

Exemplo de abordagem negativa:
"Tudo está dando errado na minha vida. Meu marido só vive para trabalhar e, para piorar, bati o carro."

Exemplo de abordagem positiva:
"Que bom que meu marido tem emprego em um mundo cheio de desempregados, e que eu tenho um carro. Mesmo com o acidente, poderemos consertá-lo."

Se olharmos para tudo de forma negativa, não viveremos com alegria. A mudança de perspectiva é essencial para evitar cair em depressão.

Em muitos casos, procurar ajuda médica é essencial, mas não devemos excluir a ação de Deus. Como diz o ditado: "Quem canta seus males espanta". Cantar louvores pode ser uma excelente forma de aliviar a tristeza.

Em momentos de angústia, devemos entregar nossos problemas a Deus, confiar em Sua providência e buscar renovar nossas mentes com pensamentos positivos e fé.

Que o Senhor te abençoe e te livre da depressão!

Nelson Filho

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Um Deus de infinita misericórdia

















Tenho lutado incessantemente contra meus sentimentos de auto justiça ao colocar ao Senhor meus pedidos de oração. Luto contra minha carne e a falha avaliação que faço de mim mesmo para estar confiante diante dEle. Quero estar confiante diante de Deus pelo que Ele é e não por quem eu sou.

Se existe algo que destrói nossa fé e atrapalha nossa comunicação quando pedimos algo a Deus em nossas orações, são aqueles pedidos que fazemos baseados em nossos merecimentos.

Se achamos que merecemos algo por sermos “bons cristãos” e Deus não nos dá, cometemos a injustiça e o pecado de achar que Deus é injusto, por outro lado se achamos que não merecemos e pedimos, já estamos derrotados e pecando, fazendo de Deus um humano mesquinho, falível e vingativo como nós. 

Não merecemos receber de Deus suas benesses pelo que somos, mas sim pelo que Ele é.

De que maneira e com qual postura devo pedir a Deus?

“Inclina, ó Deus meu, os teus ouvidos, e ouve; abre os teus olhos, e olha para a nossa desolação, e para a cidade que é chamada pelo teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias”. Daniel 9:18

Gosto muito deste texto pois me desperta aspectos de como deve ser a oração de alguém que está muito aflito e desolado.
Me lembra uma vez em que um pastor muito idoso me disse; “Quando orares, puxe uma cadeira para o Senhor Jesus, convide-o a sentar e sente se em outra bem ao lado dele.”

Jesus está tão perto e ao alcance de suas mãos que é possível toca-lo, falar muito baixo, sussurrar e mesmo assim Ele pode ouvi-lo.

Da mesma maneira; Ele está tão perto que apenas ao abrir os olhos Ele poderá ver nitidamente sua situação: “Senhor, abre os olhos e veja nossa desolação”.

 “Senhor abre os olhos e veja minha situação!” Obviamente Deus pode ver sua  situação onde quer que Ele ou você esteja e seus olhos não estão fechados, mas quando clamamos figurativamente desta maneira, abrimos nossos corações, renovamos nossa esperança e fé em Seu poder de fazer algo por nossas vidas.

Na sequência ele diz: “porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias”

O grande segredo desta oração está no fato da consciência de que Deus age porque Ele é Deus, não porque somos merecedores ou imerecedores de Sua misericórdia e bondade.

Todos somos carne e diferentes, nesse contexto é natural alguns de nós acharmos que não somos tão ruins, que fazemos coisas boas; então merecemos também algumas coisas boas da parte de Deus. Por outro lado tem aqueles que se acham ruins demais para conseguir de Deus algo bom, ou seja, ambos "bons e ruins" baseiam se em seus merecimentos para conseguir as bênçãos e respostas de Deus.
O fato é que Deus age em nosso favor única e exclusivamente por sua infinita misericórdia.
Nossos atos de justiça ou injustiça nada significam para Deus.
Colocar diante dEle nossas boas ações e pedir suas bênçãos é querer coloca-Lo como um devedor de nossa bondade.
Da mesma forma, ao acharmos que nossas imperfeições o impedem de ser nosso Deus benigno e generoso, o rebaixa até nós que somos na essência todos maus e simplesmente humanos.

Nenhum de nós é digno de receber coisa alguma e nossa justiça é trapo de imundície, porém Deus  é misericordioso, pronto a ouvir e estender suas mãos ao nosso socorro, não importando qual a opinião você tenha a respeito de si próprio.
Desta maneira então; que em nossas orações estejamos nus diante dEle, despojados de todo senso de justiça humana, com o coração aberto, pecados confessados e desprovidos de qualquer sentimento ou atitude que não seja submissão e entrega a Sua vontade.  
Que possamos estar diante dEle reconhecendo que qualquer libertação, perdão e bênçãos são exclusivamente méritos dEle e para Ele, para Sua honra e glória!

Que Deus nos abençoe e nos dê a dimensão de Seu infinito amor!