sábado, 5 de janeiro de 2019

Em busca do contentamento






“De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro,
pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar;
por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos.”(1Tim 6:8)

  Parece bem pouco a querer do mundo, certo? Realmente, do ponto de vista social atual, parece pouco mesmo. Vejo pessoas o tempo todo buscando a felicidade que não se pode encontrar; infelizes com suas vidas, casamentos, empregos, relacionamentos, famílias, carros, bens materiais; buscando coisas que não tem e desprezando as que tem. 
Recentemente com a morte de meu pai, pude constatar de uma vez por todas que eu tenho mais coisas do que eu preciso. Constatei também que em certos aspectos, negligenciei relacionamentos pessoais mais do que deveria em favor de uma vida que eu queria viver, sem me importar com o resto.

Percebo que essa busca de viver a vida atrás de coisas, buscando não frustrar expectativas, só trás mais descontentamento e infelicidade.Vejo isso diariamente nas entrelinhas das mensagens que eu leio. O problema nem está no que as pessoas tem, porque por mais que elas tenham nunca estarão satisfeitas. O problema não está no trabalho, relacionamentos, casamentos, na falta de saúde, o problema está em nós mesmos. 

Nosso instinto de leva nos a tentar substituir tudo que achamos que não trás alegria, contentamento. “Só tenho um milhão na conta, quero três!  Meu trabalho não é bom, trocarei de trabalho. Meu carro não é legal vou trocar de carro. Minha mulher está velha, vou trocar por uma mais nova”, e por ai vai, parece brincadeira, né? Mas é verdade...

Diante deste fato percebe se que ao coração humano é impossível satisfazer com bens, condições e relacionamentos temporais, não importando; independeste de qual seja a quantidade e qualidade deles. 
Concluo que se existe então uma cura para o descontentamento, ele está na sua mente, em como você interpreta o mundo ao seu redor e o que você já possui. 

Qual a necessidade em buscar obter objetos e relacionamentos incessantemente mesmo quando já estamos fartos? 

O  teólogo alemão Alois Wiesinger tem uma frase perfeita pra isso: "O coração em meio a todas as necessidades externas, só é realmente rico quando não quer apenas nada que não tem, mas tem o que o eleva acima do que não tem".
Compreender que já possuímos o suficiente nos dá a oportunidade de desfrutar o desejo de não ter.

O mundo, aliás, Satanás nos bombardeia com todo seu poder de persuasão  dizendo: “Você precisa e merece mais em sua vida!” E na maioria das vezes acreditamos nessa mentira.
O que merecemos mesmo é a morte, porém pela misericórdia e bondade de Deus; temos a Salvação em Jesus e promessa solene que não seremos desamparados. No entanto compreensão espiritual deste cuidado de Deus por nossas vidas não será compreendido até que entendamos que a vida não se resume apenas a esse presente tempo, e sim que ela se estende até a eternidade.

Até mesmo se existe o sofrimento real, não um puro descontentamento material, a compreensão das benesses eternas, torna tudo o que passamos muito pequeno, Paulo enfrentou assim o sofrimento:
“Porque considero que os sofrimentos do tempo presente não valem a pena comparar com a glória que nos será revelada” (Rm 8:18) 

 Não tenho a presunção, a pretensão ou ousadia de dizer a ninguém como deve viver sua vida, mas se eu posso lhe dizer algo, ou melhor, desejar; desejo lhe que encontre dentro de si mesmo, em tudo que tens e em Deus, (aquele que lhe provê sabedoria, promessas e misericórdias) a felicidade e contentamento para que possa viver bem a sua vida.

Que Deus, rico em toda sabedoria nos abençoe com paz e felicidade plena!

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