quarta-feira, 18 de março de 2020

Para quem você abrirá a porta?





  "Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo." Ap.3:20


Ninguém quer morrer, isso é um fato....Ou será que alguém que me lê agora gostaria de morrer?
O que deixa todos preocupados com o vírus COVID19 é que ele pode matar qualquer um a qualquer momento e existem poucas maneiras eficazes de escapar dele.

A morte pode levar qualquer pessoa seja de ataque cardíaco, AVC, câncer, cólera, febre amarela, dengue, atropelado ou em acidentes de carro, enfim de maneiras mais variadas. Ninguém se preocupa muito com isso quando vê estas noticias na TV porque a fração de cada tipo de morte é muito pequena se comparada com o que está acontecendo nesta epidemia. Esse vírus é demasiadamente contagioso, não temos imunidade natural a ele que nos coloca todos em um estado de insegurança tal, onde ninguém está 100% seguro.

Como eu já havia escrito anteriormente levando uma palavra de esperança e reflexão contra o pânico instalado no mundo, agora sinto me impelido e na obrigação de fazer um alerta.
Não é o tipo de reflexão que eu costumo trazer a este humilde blog, não mesmo, eu gostaria de falar de bênçãos maravilhosas, do poder de Deus, bondade, misericórdia, palavras que trazem esperança, mas hoje eu não posso, não consigo dizer nada menos do que está nesta reflexão de confrontamento. 

Não que o que diga logo a seguir não seja uma bênção para muitos pois falo de vida eterna, mas o que eu digo e proponho exige comprometimento pois se alguém, uma pessoa crê realmente em Deus, em Jesus, as implicações disto devem ser seguidas à risca.

Em uma conversa com um amigo ele me disse uma coisa bastante interessante e verdadeira, algo que falou diretamente ao meu coração: "Deus está derramando sua misericórdia nestes últimos tempos antes do final".

Também creio nisso, que o Senhor está provendo uma oportunidade para muitos durante essa epidemia, a pergunta é; Quantos irão aproveitar essa oportunidade?

Não sei realmente, Deus o sabe, porém surge aí uma outra questão; qual é o grande motivo do temor humano neste momento, o medo da morte? Se a resposta é sim, talvez seja a hora de revermos nosso posicionamento e crença em Jesus.

Cremos nele, Jesus como único e suficiente salvador?
Cremos em seu sacrifício na cruz?
Estamos dispostos a segui-lo?
Queremos ter uma vida eterna a seu lado ou apenas uma vida física findável nesta  terra? 

Tudo aqui passa e muito rápido, porém Jesus nos oferece uma possibilidade de vida ilimitada ao seu lado, basta para isso crermos nEle e em seu sacrifício a favor de nós.

Você tem “olho mágico” na porta de sua casa? Se não tiver não tem problema, apenas abra uma pequena fresta e veja quem está batendo antes de atender. 

Por que eu digo isso?

Digo isso por que morte está batendo à porta da humanidade, não apenas a morte física mas a morte eterna que conduz a perdição está batendo à porta hoje, na verdade sempre esteve embora talvez você nunca tivesse prestado muito a atenção. Por outro lado, Jesus também está igualmente batendo à porta, querendo dar vida em abundância e eterna.

Para quem você abrirá a porta?

Que você possa fazer a melhor escolha de sua vida, pois ela será eterna.


Nelson Filho


terça-feira, 17 de março de 2020

Incertezas à frente





“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.
Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares.
Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.” Salmos 46:1-3

Vivemos um tempo de uma assustadora pandemia de coronavírus, o COVID19. Pandemia esta que está abalando os alicerces do mundo, um verdadeiro caos a nossa volta trazendo medo, histeria coletiva em grupos de whatsapp com fake news e incertezas (naturais) para complicar tudo.
O mundo está literalmente parado, aeroportos e fronteiras fechadas, hospitais lotados, pessoas morrendo, e outras que ainda tem saúde; apavoradas, desorientadas e ansiosas  buscando incessantemente respostas que não chegam.
Muitos estão realmente desesperados e isso acontece porque são nesses momentos em que nos deparamos com uma situação de incertezas, percebemos não ter o controle de nada, incapazes; não podemos mudar a realidade, nossa ação ativa é muito pequena e limitada, nossa falta de controle sobre o que nos aflige nos assusta.
Entretanto existe algo que podemos fazer para mantermos nossa paz e enfrentarmos essa situação?
Medo beirando a histeria? Não, uma pessoa que crê em Deus não deve temer mas ao mesmo tempo deve ser “prudente como a serpente” não desprezando todo bom conselho das autoridades. Isso não se trata de falta de fé, mas de sensatez.

Então seguem algumas recomendações  para que possamos enfrentar essa crise.

Em primeiro lugar eu diria que devemos seguir rigorosamente a risca  todas as instruções que as autoridades sugerem e estabelecem, por mais que isso possa parecer insuficiente para alguns, para muitos outros cristãos mais “fundamentalistas” é um atestado de falta de fé, porém esta é a atitude proativa e diligente que podemos tomar neste momento. Não é falta de fé sermos prudentes, é sinal de sabedoria.

A segunda  coisa que eu gostaria de sugerir e que como eu disse antes, façamos o que nos é pedido e não temamos com a fé focada exclusivamente em Deus. O que está acontecendo nesse momento está fora de nosso controle, porém está debaixo da soberania de Deus, poderoso sobre todas as coisas que ocorrem neste mundo;

 “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazer?” (Dn 4.35).

Portanto estamos debaixo do controle de Deus, sob sua soberana vontade e autoridade. Nada está além de seu poder, controle e vontade. Obviamente como muitas coisas que ocorrem na vida do homem natural, não entendemos o “por quê” mas devemos firmemente olhar para Deus. Devemos também buscar paz e conforto para nossos corações deixando de lado questões irrelevantes ou motivos pelo qual a humanidade e nós mesmos estamos passando por isso. Essa paz em meio a insegurança encontramos apenas em Deus.

A terceira coisa que eu gostaria de dizer; esse é o momento e a oportunidade de revermos nossos conceitos, analisarmos se o caminho que estamos seguindo nos afasta de Deus ou se precisamos de uma conversão que nos coloque debaixo de suas asas de proteção e amor.
É o momento de nos entregarmos a Ele e clamarmos por sua proteção, cuidados e transformação.
É o momento de cura da alma e quebrantamento, de compreendermos nossa frágil e limitada existência como seres humanos.
É o momento de ouvirmos a Sua voz que fala através de acontecimentos que não compreendemos mas aos quais pela fé sabemos que Ele tem o controle total.
É o momento de uma profunda reflexão interna e de entrega incondicional com confiança no poder e amor de Deus. Fazendo isso vc fica menos suscetível ansiedade. 

Não busque informações e noticias em excesso, isso pode ser muito prejudicial se vc já tem um certo grau de ansiedade, informe se o suficiente até o ponto em que isso não te afete. Saia de grupos e mídias sociais que só tem esta temática. Aproveite seu tempo livre em casa para ler, ouvir musicas e fazer simples exercícios respiratórios, ore a Deus e peça lhe paz!

Para concluir, uma palavra de consolo; este é o momento de acreditarmos, de termos plena fé na bondade, nos cuidados, misericórdia e amor de Deus por nossas vidas, de cremos pela fé que; 22 A bondade do Senhor é a razão de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; (Lam 3:22)

Creia, não tema, não deixe que o pânico e o medo tomem conta de seu coração, não seja afetado por algo que está fora de seu controle:

“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.
Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares.
Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.” Salmos 46:1-3

Somente Deus pode nos dar paz e conforto nessa hora. Somente Ele tem esse poder e a resposta espiritual incompreensível que pode transbordar nossos corações com a paz que excede todo o entendimento humano. Tenha fé, ore e “Sede fortes e corajosos; Ele fortalecerá o vosso ser, vós todos os que confiam e esperam no Senhor!” Salmos 31:24 

Recapitulando; Obedeça as autoridades, pense no próximo, fuja da histeria e fake news, não entre em pânico, ore e busque a Deus. Por mais complicado que pareça; mantenha sua mente com confiança em Deus, a paz Ele te trará.


Deus abençoe a todos nós!

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domingo, 24 de novembro de 2019

Jesus me proibiu de pensar











 



Na verdade não foi bem uma proibição, (pois Deus não proíbe ninguém  de nada) foi um conselho mas eu prefiro dizer que foi uma proibição, minha mente de criança teimosa muitas vezes só entende a linguagem do Pai se for uma proibição...

Deixo você decidir então se isso foi uma proibição ou conselho e se ambas opções para você parecem insólitas; afirmo de antemão que é verdade. 

Penso que isso se deve ao fato de  que meus pensamentos transformados em maquinações são reflexos da minha carne, dos meus desejos humanos e egoístas que muitas vezes levam a mim e a outros a destruição, desejos esses que sempre nascem nesses pensamentos. 

Ele me proibiu de pensar porque a minha limitação humana finita e racional impede que eu O compreenda em Sua vontade que é sempre boa por mais que não pareça.
Ele me proibiu de pensar "porque os seus caminhos são mais altos que os meus caminhos e os seus pensamentos mais altos que os meus pensamentos".

Ele me proibiu de pensar mas me deu uma tremenda compensação, deixou que eu entregasse minha vida e confiasse plenamente nEle, e também me prometeu; "com alegria saireis, e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cântico diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas.”

 

Paz e Bem, Deus abençoe a todos!

https://www.instagram.com/nelson_j_filho/

Nelson Filho

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

"Não toqueis nos meus ungidos" (Somos todos ungidos)





Depois da trágica morte do jornalista Boechat, muitos evangélicos e sites tem atribuído o grave acidente que o mesmo sofreu e o levou a morte, ao fato do desentendimento que ele teve com um importante líder religioso no passado. 

Por que  muitos crentes pensam desta maneira?

É ensinado em muitas denominações evangélicas pentecostais, neopentescostais o significado de  “Não toqueis nos meus ungidos” (Salmos 105:15) como não toqueis nos meus pastores.
O "sacerdócio" especial dos pastores  acima de todos os outros homens, sejam ou não salvos.
Um absurdo, como se os pastores atuais fossem reis e sacerdotes do tempo da antiga aliança que não podem ser confrontados, tocados ou contrariados.
“Não toqueis nos meus ungidos” era uma referencia aos patriarcas, profetas, sacerdotes e reis que sempre foram ungidos, não se trata de uma referencia a classe eclesiástica que existe hoje embora muitos pastores o preguem desta maneira.

Mas o que seria então a unção dos pastores atuais; sua consagração ao pastorado não seria uma unção sacerdotal especial? Essa consagração não teria o mesmo valor de uma unção que daria o poder de ser intocável?

Antes, aproveitando a oportunidade e economizando um post; vou ligar os dois assuntos  com uma pequena explicação do que são os dons e cargos dados a igreja neotestamentária e o que é exatamente a pratica do pastorado.
Vejamos, primeiramente qual é a definição mais simples de um pastor?
Um pastor é uma pessoa, um homem que recebeu de Deus um dom para cuidar do rebanho do Senhor.  Isso é um pastor segundo a Bíblia.
Esse dom não foi impetrado por imposição de mãos, por ter feito um curso teológico, ou por ter muita sabedoria. Esse dom foi dado por Deus não pelo que ele fez, estudou ou porque outros disseram que ele tinha esse dom e assim confirmaram impondo lhe as mãos, esse dom foi dado pela vontade soberana de Deus.
"E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores" Efésios 4:11

Da mesma maneira que os evangelistas, doutores ou mestres são dons dados por Deus, obviamente as atribuições de um pastor "ungido" são diferentes destes outros dons, embora a maioria dos pastores não faça nem ideia disso.

O que eles devem então fazer como atributo principal, pregar?

Não, um pastor deve pastorear... Aliás é preciso que se saiba que um pastor não é necessariamente  um pregador e o inverso também é verdadeiro, um pregador não é necessariamente um pastor. Existem excelentes pastores que são péssimos pregadores. Importante que se diga, existem também homens que se denominam pastores, por vezes com muitos títulos extras tais como: Reverendo, (digno de ser reverenciado) conferencistas, doutores (homens com notório saber sobre determinado assunto) , bispos e até apóstolos; esses no entanto não fazem nenhuma visita de pastoreio a uma família do rebanho em um ano. Será que isso é realmente a atitude de um servo, um pastor verdadeiramente vocacionado? Imaginem o trabalho dos apóstolos, fugindo de perseguições, entrando e saindo das cadeias, andando sem carro, (Nem busão ou metrô tinha, que dureza!) ainda visitavam, ensinavam, curavam pessoas, exerciam muitos dons simultaneamente e o mais interessante é que aparentemente tinham tempo até para trabalhar! E já que falei de trabalho é bom que se esclareça, Paulo trabalhava e sustentava outros que seguiam na obra com ele. Aliás, essa é uma parte da Bíblia que poucos pastores profissionais pregarão:
"Não cobicei a prata nem o ouro nem as roupas de ninguém.
Vocês mesmos sabem que estas minhas mãos supriram minhas necessidades e as de meus companheiros.
Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: ‘Há maior felicidade em dar do que em receber’
"

Pregação sobre essa passagem provavelmente você também não vai ouvir: 
"Pois vocês mesmos sabem como devem seguir o nosso exemplo, porque não vivemos ociosamente quando estivemos entre vocês,
nem comemos coisa alguma à custa de ninguém. Pelo contrário, trabalhamos arduamente e com fadiga, dia e noite, para não sermos pesados a nenhum de vocês,
não por que não tivéssemos tal direito, mas para que nos tornássemos um modelo para ser imitado por vocês.
Quando ainda estávamos com vocês, nós lhes ordenamos isto: se alguém não quiser trabalhar, também não coma". 2 Tessalonicenses 3:7-10


Não estou contudo dizendo que não possam haver irmãos exercendo esse dom em tempo integral e recebendo um sustento, uma ajuda por estar trabalhando na obra, porém biblicamente não existe a "profissão" de pastor. Junto de Paulo haviam irmãos que não trabalhavam e ele os sustentava. Uma congregação, irmãos podem sustentar um pastor desde que isso não lhes seja pesado. Conheci um pastor de uma congregação pequena com poucos recursos que revoltava se pelo fato de ter que trabalhar pois os irmãos não tinham rendimentos suficientes para sustentar a ele, seus vários filhos e esposa.

Voltando um pouco para não perder o foco; trabalhar não era empecilho para que aqueles servos estivessem em comunhão e pastoreando e exercendo seus dons com o rebanho do Senhor.

Pois vocês mesmos sabem como devem seguir o nosso exemplo, porque não vivemos ociosamente quando estivemos entre vocês,
nem comemos coisa alguma à custa de ninguém. Pelo contrário, trabalhamos arduamente e com fadiga, dia e noite, para não sermos pesados a nenhum de vocês,
não por que não tivéssemos tal direito, mas para que nos tornássemos um modelo para ser imitado por vocês.
Quando ainda estávamos com vocês, nós lhes ordenamos isto: se alguém não quiser trabalhar, também não coma.

2 Tessalonicenses 3:7-10
Para um pastor te visitar nos dias atuais, pode ser muito demorado mesmo com todas as facilidades da vida moderna, é um contra senso para alguém que deveria cuidar do rebanho de Deus. Conheci certa vez um pastor que atendia apenas em seu gabinete com hora marcada. Minha tia a beira da morte com um câncer terminal gostaria de uma vista deste ou outro pastor mas não houve agenda. Infelizmente não foi possível ela receber uma visita pastoral, ainda em sua casa, nós a visitamos e ela nos contou de seu sonho com um "homem reluzente de branco", oramos juntos, terminamos a visita e no dia seguinte ela foi ter com Ele. Por motivos que somente ela acreditava, era importante ter a visita de um pastor formal e uma oração. Nessa época eu não tinha essa visão de ministério que tenho hoje mas acabei fazendo o trabalho que fui compreender somente tempos depois.


Então; essencialmente para ser um pastor, tem que pastorear, biblicamente falando; não é a função do pastor autocraticamente  dirigir ou administrar uma congregação. Muitas vezes nem ensinar, pois estes que ensinam deverão ser os mestres ou presbíteros, anciões e se pastor; desde que com dons de mestre.

Uma pequena reflexão; uma igreja de 300 membros onde se multiplica exponencialmente esse número através das famílias representadas por trás de cada membro, pode ter apenas um pastor atendendo, aconselhando, cuidando das feridas, tirando carrapicho, passando óleo em todos? Aquele que prega no púlpito é realmente um pastor no sentido bíblico ou é um cargo? Se a resposta for "é um cargo", qual é a real unção e dom que ele exerce?

Um pastor não é um cargo, não é uma profissão de carteira profissional assinada, também não é um título de honra dado por mãos humanas, como dito antes, um pastor antes de tudo é aquele que cuida e dá sua vida pelo rebanho. ( Bem, pelo menos biblicamente deveria ser) Aquele que fica pregando no púlpito na maior parte das vezes é o pregador, a não ser que ele assuma as atribuições de seu dom e pastoreie, poderá ser também o pastor. Para ser um pastor também é necessário que ele seja assim reconhecido por suas ovelhas, então um pastor de outro rebanho pode não ser reconhecido como um pastor por todas as ovelhas nesse atual sistema clerical, quando na verdade não importa onde tal homem esteja, se ele tem esse dom, se exerce esse dom, ele será pastor em qualquer lugar.

Qual é a  autoridade ou de onde vem permissão especial para que apenas alguns poucos seres especiais possam ocupar o ministério pastoral ou da pregação Palavra de Deus? Vem do próprio Deus ou dos homens? Paulo ensina  que quando os crentes estão reunidos cada um deve ter a liberdade de participar conforme o Senhor permite pelo seu Espírito:
"Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados." 1 Coríntios 14:26-31

Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.

1 Coríntios 14:26
Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.

1 Coríntios 14:26
Então; quanto a questão da "sagrada" unção; Qual é o valor da imposição de mãos impetrando a unção de um pastor ou um grupo de pseudo pastores, ladrões, pilantras e enganadores? Acho que eu fui longe demais, né? Vou reformular a pergunta, qual é o valor da imposição de mãos de homens comuns que nada tem a ver com os apóstolos? Nenhuma. A imposição de mãos, a cobertura espiritual a “unção” de um homem ou um grupo de homens (sabe se lá de que índole) tornando outros homens em apóstolos, pastores bispos, duques, jacarés ou ilusionistas; é meramente uma formalidade que nada tem a ver com o que a Bíblia diz.
 "A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro." 1 Timóteo 5:22
Muito diferente do que parece, não se está advertindo sobre uma ação física e sim sobre uma ação de conceitos, cuidados e critérios para quem impetra as mãos sobre outrem. Aqueles que sem critério concedem bênçãos, apoio ou unção a outros, seja com ou sem as mãos são participantes e cúmplices dos mesmos pecados caso eles existam. A imposição de mãos e a unção não tem poder si mesma, tem valor zero, e pode até mesmo contaminar quem o faz,  não existe uma transferência de poder miraculoso, não transforma ninguém em sacerdote. Os dons são dados exclusivamente por Deus de acordo com sua Palavra, então a unção vem dEle e independe da vontade ou unção humana. Outra questão para refletir, todos esses pastores que temos por ai, são mesmo chamados por Deus?

Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei: Tito 1:5

A ordem direta de Paulo foi que Tito estabelecesse presbíteros, são eles que devem zelar pelo rebanho colocar ordem na congregação.

“Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade.
Pois, se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus? 1 Timóteo 3:4,5

Porém os apóstolos não estão mais vivos então quem levanta hoje um pastor ou presbítero é a vontade de Deus e não do homem. Esse poder é delegado pela assembleia que reconhece nestes irmãos seu trabalho e disposição para a obra, e em comum acordo ("se dois ou três concordassem na terra a respeito de algo aquilo seria estabelecido no céu") estabelece se assim a direção da assembléia por estes agora presbíteros. Obviamente estes irmãos não são de forma alguma estabelecidos ou comissionado por outros pastores, eleições, seminários ou denominações, mas apenas por Deus e confirmado em concordância pela assembléia da igreja e para a direção da igreja.

Estando claro a principio que  os presbíteros ou anciãos são os que devem zelar pela igreja, ( a menos que Deus especificamente chame), são cargos instituídos onde não se faz necessário o dom mas atributos morais irrepreensíveis como os relatados em Tito 1:6-9. Estes presbíteros poderão também ter dons de evangelismo, pastoral ou mestres mas não necessariamente. Em suma, o presbitério e anciões são coisas independentes do chamado pastoral, evangelístico ou de mestre. Os pastores não são os responsáveis pela administração ou outras atividades autocráticas na igreja. Não são, esse não é o modelo bíblico.

"Não toqueis nos meus ungidos."
Tendo explanado um pouco sobre dons e cargos, voltamos a questão inicial onde entende se que a unção de pastores hoje é subjetiva no sentido em que aquele que é ungido para tal, cumpre apenas um ritual simbólico que muitas vezes não tem a relação direta com o dom do chamado de Deus. Ele, o pastor não tem um poder sobrenatural devido a sua unção, ele não é um profeta, não tem poder de lançar ou ameaçar com maldição a outros que o desagradem, embora infelizmente alguns até o façam.

Infelizmente usa se atualmente os dons que Deus porventura concedeu para fazer distinção e rebaixamento dos crentes sem os dons citados em Efésios. Eles são leigos e clérigos. Vc já leu essas palavras na Bíblia? Não? Pois é, mas no nosso "mundo real" elas existem para fazerem distinção daqueles que comandam, que detém o poder...
Já leu no no boletim de sua igreja os nomes de quem compõe a liderança?  Provavelmente já. Os nomes vem precedidos de um cargo, título ou um dom? Ou está escrito lá, liderança: Deus, Jesus e Espírito Santo? Não? Pois é, infelizmente não está...

Para vc compreender melhor, os clérigos inicialmente eram membros da Igreja Católica Romana, são os bispos, padres, arcebispos, cardeais, papa. Os leigos são todos os que seguem o cristianismo romano, as pessoas que frequentam as missas e que não possuem cargos algum. Espere, na sua igreja evangélica, reformada protestante, ou sei lá qual; também tem um pastor que comanda sozinho monocraticamente a congregação? São divididos entre leigos e clérigos? Não reconhece o sacerdócio universal de todos os crentes sem separá-los entre ministros e membros? Ah; saiba então que esse modelo é exatamente o mesmo da igreja católica (que muitos pastores hipócritas combatem). Faça um teste, se vc tiver embasamento bíblico; quando o pastor estiver pregando algo que vc julga antibíblico; educadamente e ordeiramente peça a palavra conteste o que está errado, se ele não te expulsar (ou coisa pior) talvez sua igreja tenha uma chance de estar no caminho certo.

Infelizmente também, "o orgulho" enganou e cegou o homem...As próprias palavras “pastor, evangelista, mestre, doutor" do modo que são usadas hoje, ou seja, como um título, tem o intuito de separar os pseudos lideres dos leigos e conferir lhes poder além dos demais homens cristãos, coisa que não existia nos tempos da igreja primitiva. Naquela época não existia "leigo e clérigo", nos dias atuais isso é uma herança da igreja católica adotada pelos evangélicos reformados e posteriormente por quase todas as denominações religiosas institucionais.

Incrivelmente embora poucos saibam (e os que sabem atualmente pouco estão ligando) Lutero era contra esse modelo, se visitasse uma igreja moderna  provavelmente ficaria decepcionado. Muito de tudo que ele tentou construir ou mudar se perdeu, ele disse:

“Todos os cristãos são em verdade de estado eclesiástico e entre eles não há distinção, se não somente por causa do ministério, como Paulo diz que todos somos um corpo, mas que cada membro tem sua função própria com a qual serve aos demais. Isso resulta do fato de que temos um só batismo, um Evangelho, uma fé e somos cristãos iguais, visto que o batismo, o Evangelho e a fé por si sós tornam eclesiástico ao povo cristão”.

Concluindo, a humana unção pastoral de um homem não lhe dá super poderes nem os torna patriarcas da velha aliança. Não os torna apóstolos também. Isso é invencionismo de homens orgulhosos. Igrejas tidas como tradicionais combatem veementemente o apostolado dos dias atuais porém mantém seu modelo eclesiástico baseado no catolicismo romano que Lutero combateu, estas igrejas esqueceram se de Mateus 7:4:
Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?  Mateus 7:4

 É o típico caso do "esfarrapado falando do maltrapilho".

E as muitas outras esquecem se desta passagem;
“E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles.
Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples.
Quanto à vossa obediência, é ela conhecida de todos. Comprazo-me, pois, em vós; e quero que sejais sábios no bem, mas simples no mal.” Romanos16:17-19

A intenção desta meditação não é ferir a imagem de homens verdadeiramente de Deus. Esse texto não cabe a eles que levam os dons dados por Deus a sério; a intenção é mostrar que muitos dos que se julgam pastores tem se aproveitado do rebanho de Deus visando através do medo, ameaças, maldições e falsas promessas, obter vantagens financeiras, regalias e poder acima de todos os outros cristãos.

"E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita. 2 Pedro 2:1-3"

O cargo, dom pastoral, ministerial ou qualquer outro dom ou cargo não torna um homem, intocável, invulnerável mediador do bem e do mal, administrador, retentor de bênçãos espirituais e lançador de maldição a quem não os obedece.
Invariavelmente quando alguém os questiona ou contraria seus ensinamentos ouve se esse versículo com o intuito de amedrontar; "Não toqueis nos meus ungidos"
Embora muitos pastores usem esses artifícios para prender e ameaçar crentes em suas igrejas, isso nada tem de bíblico além de uma imensa distorção do real chamado de Deus.
Não permita que falsos pastores te intimidem com o “não toquei em meus ungidos” para evitar que você exponha a verdade bíblica ou aponte lhe os erros segundo a Palavra de Deus.
Reagir a esses falsos ensinamentos, isso sim é que ter unção e discernimento da verdade.

 

Paz e Bem, Deus abençoe a todos!

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Nelson Filho

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Preparando se para frutificar













Muito tem se falado na Igreja sobre necessidade de uma vida frutífera que alcança o mundo; da figueira e seus frutos, de como devemos frutificar sendo partes integrantes de Cristo.

Porém eu acredito que existe uma inversão na ordem das coisas, não haverá semeadura com posterior colheita se não houver antes um verdadeiro avivamento e um crescimento.

Como pode uma planta seca ou quase morta dar frutos?

Aquele que está quase morto, que precisa ser reanimado, reavivado, não consegue respirar o suficiente para manter se vivo, como pode frutificar?

Deve haver sim uma frutificação como galhos arraigados em Cristo, porém é necessário antes reviver, reanimar se para que o mundo externo possa usufruir, alcançar algo que pode começar somente através do Espírito Santo, da compreensão da Palavra de Deus e comunhão com Cristo.

Conheço, conheci pessoas que estavam tristes por não frutificarem, não darem os frutos que Jesus espera, pessoas com o desejo genuíno de servir, fazer, colher, porém não reconheceram em si mesmas que lhes faltava um avivamento e crescimento para poderem dar frutos. Pessoas assíduas nas atividades da congregação que pensavam erroneamente que por irem ao templo, escola dominical, palestras e envolverem se na obra; logo dariam frutos. Elas não compreenderam que a igreja não ensina, a igreja aprende!
Isso mesmo, a igreja aprende, é edificada, cresce em maturidade através do Espírito que fala pela Palavra por pessoas ao quais apenas Jesus separou para essa obra:   

"E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;
Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo" Efésios 4:11-13


E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;
Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,

Efésios 4:11-13
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;
Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,

Efésios 4:11-13
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;
Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,

Efésios 4:11-
Nenhuma igreja cresce sem que haja membros avivados, preparados pelo Espírito Santo (não confundir com animados) pois para frutificar antes é preciso estar vivo, com a seiva vital  fluindo a nos ramos e antes disso ainda, ter o porte adequado para que se sustente os frutos. 

Nenhuma igreja cresce sem compreender os conceitos básicos do Evangelho; sua essência. ("verdade em amor cuja a cabeça é Cristo")
Exigir trabalho para alguém que não consegue sequer amar ou perdoar o próximo, é tirar desta pessoa uma obra sem valor em si mesma. "A fé sem obras é morta" mas a obra sem amor é o que?

Irmãos com ira ou ressentimento de outros irmãos fazendo a obra de Deus...Faz sentido pra vc?

Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,

Efésios 4:15
Para frutificar é necessário ainda que a planta seca seja cuidada adequadamente com amor e zelo; capacitada pelo Agricultor. 
Uma planta semi morta, sem cuidados ou não crescida o suficientemente; que não esteja capacitada pela natureza a dar frutos jamais fará isso; “Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento".1Co3:16

Usando uma frase que eu disse tempos atrás volto a repetir; Não é possível uma igreja local alcançar o mundo perdido sendo ela própria perdida em si mesma.
É necessário crescimento e discernimento espiritual para compreendermos, aceitarmos e realizarmos o chamado de Deus para nós e o mundo.
 
Concluindo, nenhuma planta que não tenha sido cuidada, regada, adubada e tenha crescido é apta a frutificar. Por outro lado, nada pode impedir uma planta crescida e saudável dar os frutos a seu tempo, isso é um fato.

O primeiro passo para os que buscam ou tem o desejo de dar frutos para o Reino de Deus é avivar se e crescer em Cristo, os frutos serão a consequência do agir do Espírito em nossas vidas!

 

Paz e Bem, Deus abençoe a todos!

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Nelson Filho

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Para onde iremos?











“E disse Pedro; Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.” João 6:68

Em um tempo onde a maior parte das pessoas fogem dos verdadeiros ensinamentos de Jesus eu me pergunto;

“Para onde eu irei se somente tu tens a palavra da verdade?”

Em João 6 , Pedro fez semelhante pergunta a Jesus depois de um duro discurso  que apenas Jesus entendia, nenhum dos que estavam com ele compreendeu como alguém poderia comer a sua carne e beber o seu sangue, ou como ele podia ser o pão que  sacia a fome.

Humanamente falando, as palavras são duras principalmente para corações materiais e sem fé; “60 Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?”

No versículo logo adiante; “66 Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele.”

Diante de ensinamentos  realmente  desafiadores; a multidão prova sua falta de fé e abandona completamente Jesus e seu ministério, eles rejeitaram totalmente Sua verdade espiritual.

A fé implica em seguir Jesus mesmo quando não entendemos seus desígnios para nossa vida. Naquele momento nenhum dos discípulos entendeu completamente o ensino simbólico de Jesus sobre carne, sangue e pão mas mesmo assim continuaram com ele.

Aos discípulos essa compreensão simbólica só viria ser esclarecida após sua ressurreição.
Pedro agiu como um exemplo do que deveria ser um cristão; ele não questionou o ensinamento mesmo não tendo compreendido o que Jesus havia dito,  também não ficou perguntando e pedindo respostas, “por quê  Jesus? ” entendeu  que  aquilo era suficiente para aquele momento.

Simplesmente ele compreendeu que mesmo não entendendo, não havia escolha fora de Jesus, qualquer escolha ou caminho não faria sua vida mais fácil ou traria respostas mais adequadas a aquelas já fornecidas por Jesus.

Quando somos confrontados com a escolha entre o que gostaríamos que fosse verdade e o que é  realmente verdade, devemos nos ater à essa segunda, mesmo que seja desconfortável e que não nos satisfaça.
A verdade deveria nos satisfazer apenas pela sua essência e não pelo que ela representa de bom ou ruim em nossas vidas em determinado momento.
As respostas que temos recebido (ou não recebido) de Deus não são suficientes ou nós não somos suficientemente maduros para entender que estas respostas são as melhores para aquela situação que vivenciamos?
Para onde iremos se somente Deus tem a Palavra da Verdade?

Morada - Para onde Eu irei
https://www.youtube.com/watch?time_continue=28&v=0RjojWKqsFY

 

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Nelson Filho



quinta-feira, 11 de abril de 2019

Uma Igreja para o mundo








Eu tenho dito inúmeras vezes (segundo o sentido da palavra original no grego) que a Igreja é um chamado "para fora",  um movimento sinérgico de membros do corpo para a transformação do mundo. Uma igreja que não produza uma resposta a sociedade ou comunidade onde ela está inserida, não tem a proposta ou visão evangelistica para qual ela foi chamada.
Claro, nem todos aceitarão, nem todos se converterão, nem todos concordarão com a pregação e até mesmo com a proposta de amor gratuito, no entanto mesmo assim o motivo ou a razão de ser de uma igreja; é propor ao mundo uma resposta a suas aflições e questionamentos.
Ninguém que se achegou até Jesus saiu sem uma resposta, embora seja bem verdade que muitos não tenham gostado do que ouviram. Nesse sentido, a igreja é o porta voz de Jesus e seu Evangelho na terra, apta (ou pelo menos deveria estar) a levar sua mensagem.

Basicamente o que eu tenho visto tantas e tantas vezes é uma igreja voltada apenas para si, para seus próprios membros, que não produz uma transformação que visa alcançar nem mesmo seus membros internos, quanto o mais  pessoas fora de suas portas e paredes. Igrejas sem visão do reino que não tem o menor interesse em expandir o alcance do evangelho ao mundo, patinando em seus próprios problemas.

Algumas pessoas infelizmente não compreenderam que o chamado de Deus e que a função da igreja é nos fazer crescer, nos fortalecer em meio aos pecados, aflições, desanimo e tantas tribulações que muitos passam, de nos fortalecermos mutuamente.

“Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos, e sejais longânimos para com todos.” 1 Tess. 5:14

De fato; muito nos preocupa a saúde de alguns irmãos com quem temos afinidades, suas aflições, sua falta de emprego, seus problemas com as drogas, no casamento, suas privações. É licito tais preocupações e cuidados, porém infelizmente existem tantos outros a nossa volta que passam pelos mesmos problemas e nada recebem, nem um abraço ou um "Deus te abençoe". Pode ser um vizinho, um parente, um conhecido distante ou até mesmo um irmão da igreja com o qual não temos muita comunhão, ou de "outra igreja que não seja a nossa". (todas igrejas são nossas se  somos membros de um mesmo corpo)

Estas pessoas estão a nossa volta muitas vezes esperando um abraço, uma palavra, uma oração de consolo no entanto são como que invisíveis aos nossos olhos. Fora de nosso circulo íntimo, não recebem nossa atenção devida.

Meu questionamento é: Isso é realmente o amor de Deus em nós?

Nós, ainda como veículos do amor de Deus, não estamos sendo seletivos quando amamos apenas que são de nosso grupo ou igreja, esquecendo um mundo todo carente e em sofrimentos?


No versículo acima, o apóstolo Paulo nos chama a consolar aqueles que estão desanimados que porventura também possam estar fracos e consequentemente amargurados. Obviamente as caminhadas e lutas tendem a serem mais pesadas quando estamos sozinhos, por isso o apóstolo exorta os irmãos de um modo geral (não apenas o pastor, mas todos) a estar caminhando junto a aqueles que têm necessidades.  Somos todos nós sacerdotes uns dos outros, devendo sempre apoiar, servir, interceder, orar e ministrar uns aos outros. No NT todo cristão é um “diákonos” ou seja; todo crente é um ministro de Deus, de igual responsabilidade perante o serviço.

Mesmo que não hajam fatos relatados, eu gosto de pensar que as palavras de Paulo transformavam as pessoas daquela igreja, crentes que saiam pelas portas de Tessalônica atingindo evangelisticamente outros gregos que não eram convertidos. Uma igreja onde as pessoas se apóiam não pode guardar apenas para si o testemunho do que Deus fez em suas vidas. Pessoas encorajadas e motivadas são excelentes instrumentos de pregação e propagação do Evangelho

Na outra parte do versículo; admoesteis os insubmissos. Penso que realmente seria um grande espanto ver um irmão ou um pastor admoestar outros sem que isso gerasse um grande conflito. Infelizmente as pessoas não estão “preparadas” para serem admoestadas. Duro já é o trabalho do pastor em “administrar” sem admoestar os insubmissos, imagine isso vindo da boca de outro irmão...

O fato é que a igreja tem falhado em cumprir seu papel no que diz respeito a amparar, consolar, admoestar, animar os que necessitam dentro de suas portas, como então ganhar o mundo para Cristo?

Bem, pressupondo que a igreja tem vários graus de maturidade e consequentemente falhas (ou o apóstolo Paulo, não teria citado; “paciência”),  é necessário que tenhamos então a tal paciência e trabalhemos com ela.

Creio que a igreja para cumprir seu papel como luz do mundo precisa antes de tudo crescer em maturidade entendendo os desafios e necessidades dos mais fracos e também necessitados. Se não houver o discernimento do chamado, algo mais acima do que o desejo de nosso próprio umbigo; de nosso bem estar acima de tudo, a igreja local jamais será um elemento de transformação de vidas. Essa transformação começa dentro dela com os irmãos e vai porta afora atingindo o mundo perdido.

Aos que conseguem entender o chamado (e tem coragem), cabe primeiro ministrar aos  irmãos envolvendo se de tal forma com todos na disseminação do amor, carinho, cuidado, apoio e principalmente no ensino reflexivo da Palavra. 
Se conseguirmos, poderemos desta maneira modificar nossa igreja de modo que ela possa alcançar não apenas aqueles que se sentem desamparados, mas também aqueles que estão fora das portas da congregação.

Não é possível uma igreja local alcançar o mundo perdido sendo ela própria perdida em si mesma.

É necessário crescimento e discernimento espiritual para compreendermos, aceitarmos e realizarmos o chamado de Deus para nós e o mundo.


Que possamos diante de um mundo escuro e tenebroso sermos o sal e luz do mundo em nossas casas, congregações, em nossas comunidades e assim sendo fazermos a diferença que irá trazer a mudança nas vidas das pessoas; sejam estes irmãos ou desconhecidos necessitados de Jesus.

Que Deus nos abençoe e nos encha de Graça para que possamos ser instrumentos de seu amor.

sábado, 5 de janeiro de 2019

Em busca do contentamento






“De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro,
pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar;
por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos.”(1Tim 6:8)

  Parece bem pouco a querer do mundo, certo? Realmente, do ponto de vista social atual, parece pouco mesmo. Vejo pessoas o tempo todo buscando a felicidade que não se pode encontrar; infelizes com suas vidas, casamentos, empregos, relacionamentos, famílias, carros, bens materiais; buscando coisas que não tem e desprezando as que tem. 
Recentemente com a morte de meu pai, pude constatar de uma vez por todas que eu tenho mais coisas do que eu preciso. Constatei também que em certos aspectos, negligenciei relacionamentos pessoais mais do que deveria em favor de uma vida que eu queria viver, sem me importar com o resto.

Percebo que essa busca de viver a vida atrás de coisas, buscando não frustrar expectativas, só trás mais descontentamento e infelicidade.Vejo isso diariamente nas entrelinhas das mensagens que eu leio. O problema nem está no que as pessoas tem, porque por mais que elas tenham nunca estarão satisfeitas. O problema não está no trabalho, relacionamentos, casamentos, na falta de saúde, o problema está em nós mesmos. 

Nosso instinto de leva nos a tentar substituir tudo que achamos que não trás alegria, contentamento. “Só tenho um milhão na conta, quero três!  Meu trabalho não é bom, trocarei de trabalho. Meu carro não é legal vou trocar de carro. Minha mulher está velha, vou trocar por uma mais nova”, e por ai vai, parece brincadeira, né? Mas é verdade...

Diante deste fato percebe se que ao coração humano é impossível satisfazer com bens, condições e relacionamentos temporais, não importando; independeste de qual seja a quantidade e qualidade deles. 
Concluo que se existe então uma cura para o descontentamento, ele está na sua mente, em como você interpreta o mundo ao seu redor e o que você já possui. 

Qual a necessidade em buscar obter objetos e relacionamentos incessantemente mesmo quando já estamos fartos? 

O  teólogo alemão Alois Wiesinger tem uma frase perfeita pra isso: "O coração em meio a todas as necessidades externas, só é realmente rico quando não quer apenas nada que não tem, mas tem o que o eleva acima do que não tem".
Compreender que já possuímos o suficiente nos dá a oportunidade de desfrutar o desejo de não ter.

O mundo, aliás, Satanás nos bombardeia com todo seu poder de persuasão  dizendo: “Você precisa e merece mais em sua vida!” E na maioria das vezes acreditamos nessa mentira.
O que merecemos mesmo é a morte, porém pela misericórdia e bondade de Deus; temos a Salvação em Jesus e promessa solene que não seremos desamparados. No entanto compreensão espiritual deste cuidado de Deus por nossas vidas não será compreendido até que entendamos que a vida não se resume apenas a esse presente tempo, e sim que ela se estende até a eternidade.

Até mesmo se existe o sofrimento real, não um puro descontentamento material, a compreensão das benesses eternas, torna tudo o que passamos muito pequeno, Paulo enfrentou assim o sofrimento:
“Porque considero que os sofrimentos do tempo presente não valem a pena comparar com a glória que nos será revelada” (Rm 8:18) 

 Não tenho a presunção, a pretensão ou ousadia de dizer a ninguém como deve viver sua vida, mas se eu posso lhe dizer algo, ou melhor, desejar; desejo lhe que encontre dentro de si mesmo, em tudo que tens e em Deus, (aquele que lhe provê sabedoria, promessas e misericórdias) a felicidade e contentamento para que possa viver bem a sua vida.

Que Deus, rico em toda sabedoria nos abençoe com paz e felicidade plena!

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Paz e Bem, Deus abençoe a todos!

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Nelson Filho