terça-feira, 3 de julho de 2018

Tomar bebidas alcoólicas é pecado?



Tomar, beber bebidas alcoólicas é pecado?

Não, não é pecado, pecado é errar na dosagem, beber demais. A Bíblia adverte contra os excessos. Ao tratar de um assunto como esse deve se basear na Bíblia e não em conceitos pessoais que transforma abstêmios em santos e os que não são em pecadores.

As bebidas alcoólicas sempre estiveram presentes na vida dos homens desde os primórdios, incluindo no Antigo e Novo Testamento.

Jesus bebia vinho com os discípulos e pecadores e era acusado por isto, não diferentemente de muitos fariseus modernos:

"E aconteceu que, estando sentado à mesa em casa deste, também estavam sentados à mesa com Jesus e seus discípulos muitos publicanos e pecadores, porque eram muitos e o tinham seguido. "E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores?

"O Filho do Homem veio comendo e bebendo mas vocês dizem: Vejam! Um homem glutão dado ao vinho,amigo de cobradores de impostos e pecadores!" Lc 7:34

Que tipo de bebida era? Água? Suco de uva não fermentado como alguns querem nos fazer acreditar "a força" torcendo as escrituras só para reforçar suas frágeis ideias puritanas?

Não, o vinho fazia parte das mesas e o suco de uvas não fermentado não poderia ser produzido o ano todo. A uva era um produto sazonal e haja visto que apenas algumas horas depois de ser esmagada, o suco, mosto começa conversão dos açucares em álcool se não houver pasteurização. (O processo esse inventado somente no século XIX por Louis Pasteur) Alguns dias depois dependendo da quantidade e força das leveduras você já tem um produto com relativa quantidade de álcool.

O que eu quero dizer é que era impossível ter suco de uva, (ou vinho novo) sem álcool o ano todo. Quem já fez vinho  (eu) sabe do que eu estou falando.

Não quero entrar nas particularidades da fermentação de vinho pois é um assunto extenso é não é esse o objetivo, quero dizer que é praticamente impossível parar a fermentação de um suco/mosto sem a adição de produtos químicos ou técnicas modernas, portanto se naquela época existiam alguns tipos de vinho em fase de mosto e que não continham álcool, era  tão pouco que seria quase desprezível sua quantidade.
Cabe dizer aqui que até mesmo o vinho da santa ceia tinha álcool; por que Paulo recomendou que esperassem uns pelos outros antes de comer e beber?

"De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a ceia do Senhor.
Porque, comendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome e outro embriaga-se."
I Co 11

Que tipo de vinho era este que os irmãos estavam tomando na ceia e embriagando se, suco de uva? Claro que não!

Ai vem alguém e me diz o seguinte: "Vinho pode porque está na Bíblia, mas cerveja e outras bebidas não porque a Bíblia não relata nada".

Quem pensa assim não compreende  que o pecado não está  na bebida em si e sim em quem faz mal uso dela, em errar no consumo.

O que você pensaria se eu lhe dissesse que provavelmente a cerveja era mais consumida do que próprio vinho na época de Jesus? Ficaria surpreso? Pois saiba que era bem mais barato produzir cerveja na Judéia do que o vinho devido a fartura de grãos  mais abundantes que a uva. Mas não vou abordar esse assunto agora.

O fato é que independentemente de qual bebida seja,  ela pode sim nos levar ao pecado e a fazer coisas que não faríamos se estivéssemos longe dela; brigas, acidentes de transito, vidas destruídas pelo alcoolismo e tantas outras fatalidades ocorrem porque pessoas sem domínio próprio começam a beber, mas daí a afirmar que beber um pouco onde mantém se o domínio é pecado existe uma diferença muito grande.

O exagero é pecado, seja de qual tipo for, comida, bebida, sexo, trabalho, tudo que é exagerado pode nos levar a pecar. Ter domínio próprio é essencial para uma vida digna segundo a vontade de Deus

Gl 5:22 "Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, 23 mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.
I CO 6:12  "Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada me domine."

Lutero, Wesley, e até o próprio Spurgeon tão aclamado hoje em dia, tomavam bebidas alcoólicas e Spurgeon com o agravante de fumar charutos!
Não vou nem entrar profundamente no ponto falando sobre o reformador Lutero, que bebia cerveja até os últimos dias de vida e cuja a esposa era uma dona de cervejaria; a historia toda seria longa demais mas seria bom muitos saberem que ele discutia teologia a mesa com cerveja. 
Resumindo; este tipo de pensamento abstêmio, puritano é algo moderno, contemporâneo, os cristãos antigos não pensavam assim.
O que mudou então; a Bíblia ou o homem? O homem é claro, ele se afastou da Bíblia. Basicamente e claramente os crentes atuais em sua maioria buscam compensar suas falhas promovendo atitudes externas e visíveis, privando se de certas coisas que a eles não faz falta. (leia meu artigo eu não bebo cerveja)

Entenda que obviamente não estou defendendo bebidas, beberrões e bêbados e muito menos recomendo que alguém saia bebendo, enchendo a cara, jamais, nunca aconselharia ou diria tal coisa porque sei que existirão pessoas que não terão controle de si mesmas. Muito pelo contrário, se eu posso dar um conselho é: Não beba, nunca beba! 
Entretanto cabe a cada um decidir até onde pode ir e se é capaz de dominar se a si mesmo sem errar no excesso. Você tem consciência de até onde pode ir, não é a Bíblia que limita isso.

Se alguém não tem problemas de saúde, com o alcoolismo, consegue dominar-se sabendo a hora de parar, não trouxer prejuízo a si próprio ou a outros influenciando os mais fracos que não tem a mesma consciência fazendo os tropeçar; não vejo nada, (biblicamente falando) em que o fato de se consumir um pouco de bebida com moderação seja pecado. 

Se você não gosta ou não liga para bebidas, que bom, isso é o melhor para você, para sua saúde! 
Porém por outro lado se você não bebe porque se julga um "puritano" e é contra a bebida por um costume moderno, o que vc não pode fazer é bater em seu peito achando se mais santo por não beber do que aquele que bebe moderadamente, agindo como os fariseus advertidos por Jesus faziam; "coando o mosquito e engolindo o camelo!"
Enfim, beber ou não beber é uma questão pessoal que cada um deve optar segunda sua consciência.


Que Deus nos abençoe e nos dê domínio próprio sempre!

Devo dar o dízimo?















"Esse é um estudo contra o dizimo"? Não, esse é um estudo explicando o que foi o dizimo, sua origem, aplicação e o uso muitas vezes indevido nos dias de hoje.

 É o dízimo para os dias de hoje?  Ou:  “Devo dar ou “devolver” o dízimo”?
Depende; Você é judeu, vive na Antiga Aliança, sustenta um templo com levitas em tempo integral, pobres e viúvas diretamente com seus recursos? Se é esse seu caso, deve sim, porém pensando bem; isso é impossível porque o templo não existe mais!

Verdade, o templo de Israel não existe mais, muito menos "a casa do tesouro" e nem mesmo o judeus atuais dizimam, aliás, diga se de passagem; se quem deveria levar os dízimos eram o povo de Israel e talvez vc não saiba, os mesmos não o fazem hoje em dia, então muito menos deveriam fazer os crentes atuais...Bom, não existe mais nada disso então por que dizimar?? Os judeus atuais; muitos deles fazem boas obras, doações em dinheiro na sinagoga, ações sociais e caridade com esses recursos que seriam empregados como forma de dízimo, porém não dizimam como forma de lei, mas esta lei está sendo "imposta" na Igreja de Cristo. Estranho né? Não, nada estranho, apenas esperado dos que "contam fábulas" (Tito) para atingir seu objetivos humanos e que eles lançam na conta de Deus...

Alguns como um conhecido pastor de uma também conhecida igreja reformada dirá:

"É importante dizer que a prática do dizimo é anterior à lei cerimonial (Gn 14.20; 28.18-22). Abraão, quatrocentos anos antes de a lei ser instituída, entregou o dizimo a Melquisedeque" 

 Abraão deu o dízimo a Melquisedeque antes da lei, antes do templo." Sim, é verdade mas o que esse senhor, ou esses que dizem isso não sabem, (ou mesmo sabendo farão questão de ignorar) é que ele deu o dízimo baseado em fatos que ele aprendeu empiricamente no paganismo da época. 

Não foi na Igreja ou na lei de Moisés que Abraão aprendeu a dizimar porque não existia Igreja  e muito menos o templo judaico havia sido construído. Os templos que existiam eram aos deuses pagãos e a lei  não fora dada por Deus ainda; então onde ele aprendeu isso, por que teve essa atitude?

"É importante dizer que a prática do dizimo é anterior à lei cerimonial (Gn 14.20; 28.18-22). Abraão, quatrocentos anos antes de a lei ser instituída, entregou o dizimo a Melquisedeque, um tipo de Cristo (Gn 14.20; Hb 7.1-10). O dizimo foi incluído na lei, pois foi a maneira de Deus prover o sustento da tribo de Levi, aqueles que trabalhavam no ministério (Lv 27.30-33; Nm 18.21-32; Dt 14.22-29,18.1-8)"

O dízimo embora tenha sido praticado voluntariamente pelos patriarcas antes da lei cerimonial , sendo Abraão o primeiro a fazê lo, acredita se que  ele o fez segundo os costumes pagãos cananitas. "Por que acredita se" e não se tem certeza? Por qual motivo  levou o a fazer isso não é claro, mas sabe se que estes eram os costumes da região pagã onde ele vivia. Provavelmente ele fez isso porque era costume dizimar e agradar aos deuses pagãos (Moloque, Baal, Nana, Sin entre outros deuses). As ofertas eram víveres e produtos agrícolas de um modo geral, nada de ouro, prata, pedras preciosas, dinheiro, bitcoins, criptomoedas, boletos, maquininha de cartão, ou debito em conta. Houve uma época (do desconhecimento) que eu dei dizimo até em dólares na igreja, penso que nesse tempo eu era uma pessoa "muito querida" pelo pastor.

Quando tentamos agradar a Deus com ofertas, dízimos, dinheiro, coisas materiais, estamos fazendo EXATAMENTE a mesma coisa que os pagãos faziam. Nossa (falha) fidelidade a Deus NÃO SE MEDE pelo que damos a Deus, mas por um coração convertido que se derrama perante Ele com amor, constância e perseverança, não importando a circunstancia e sempre crendo que Ele é o Senhor.     

 A origem do dizimo de Abraão, não foi de seu salário, própria renda, venda de bens ou propriedades mas uma porcentagem do espólio de inimigos, esses dízimos vieram dos despojos de guerra.

Concluindo, entendamos que; Abraão não tendo referências de uma "religião verdadeira" a não ser as quais ele conhecia, (paganismo) fez o mesmo ao sacerdote rei/Melquisedeque, mesmo sem Deus jamais ter ordenado, ou onde está escrito na Bíblia que Deus ordenou a Abraão dizimar? 

Agora, por que Abraão o fez especificamente a Melquisedeque? Abrão  deu dízimos dos despojos como um ato de gratidão pela vitória e não por nenhuma circunstancia diferente. Nessa época era costume os reis serem em muitos casos sacerdotes também (como no caso de Melquisedeque) e assim querendo agradar ao Verdadeiro e único  Deus, ele o fez espontaneamente ao sacerdote.

E por fim, NÃO existem, repito; não existem evidências de que ele fazia isso constantemente, então se Abraão é o padrão, o parâmetro para justificar o dízimo, então também esse dizimo deve ser dado apenas UMA ÚNICA VEZ.

Bem mais tarde  foi instituído em forma de lei no Antigo Testamento, aí sim como lei dada por Deus  para o serviço no templo. Porém essa lei tinha uma função específica e dada ao povo de Israel que deveria dar 10% de suas colheitas ou de tudo que produzissem para a manutenção do templo; levitas, sacerdotes, pobres e viúvas. Esses dízimos e eram  apenas produtos agrícolas, animais, produtos da terra, não tinha nada de dinheiro ouro, etc...Muito posteriormente a tradição judaica (não a Bíblia) transformou o dízimo em dinheiro para ajustar as coisas, (pois nem todos são agricultores, criadores, trabalhadores rurais) e naquela época também não eram, os que viviam do comercio compravam viveres para levar ao templo.

"foi a maneira de Deus prover o sustento da tribo de Levi, aqueles que trabalhavam no ministério (Lv 27.30-33; Nm 18.21-32; Dt 14.22-29,18.1-8). Os mesmos princípios de sustento dos sacerdotes e levitas no Antigo Testamento são usados para o sustento dos obreiros de Deus no Novo Testamento: "" Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais? […]. Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tiram o seu sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho (1Co 9.11,13,14)"

Se o pastor moderno, bispo, padre,  reverendo, líder, seja lá que cargo tenha,  é um remanescente do antigo templo, por que quem trabalha no templo, no som, músicos, serventes de limpeza, portaria e todos (ou a grande maioria)  que prestam serviço não recebem nada? São apenas conclamados ou exortados a fazer por amor a obra? O único obreiro digno de salário é o pastor líder de igreja??? Esses são mais "levitas que os outros levitas"? 

 Essa função de dizimar no cristianismo para sustentar a igreja como um templo acabou, hoje somos a Igreja que não vive mais na lei do AT , não existe mais um templo judaico do AT. Outra, não existia igreja na lei, existia templo (como já foi explicado); não existia Igreja. ("I" maiúsculo, corpo de Cristo) A revelação da Igreja foi dada a Paulo no Novo Testamento.

Muitas igrejas (instituição ou locais estruturais, prédios) pedem o dízimo como se isso fosse uma recomendação bíblica, entretanto é necessário entender que o templo ou o serviço levita não existem mais. Se existem templos hoje em dia, (e muitos, de várias denominações) estes NÃO foram ordenados por Deus, logo, não existe também essa obrigação de dizimar para mantê-los ativos. Essa estrutura, "igreja," templo esse local físico de reunião é uma invenção humana que começou nos primeiros séculos com a Igreja Católica. Sim, isso é uma adaptação católica do judaísmo, pois os cristãos antigos se reuniam em casas, campos, espaços abertos, ou seja;  em qualquer lugar fora de estruturas oficiais para cultuar a Deus, logo; NÃO EXISTE uma única recomendação, ordenança conselho da parte de Jesus ou dos apóstolos para que se construa um templo e o mantenha para reuniões. Aliás, muitos cristãos evangélicos/protestantes, críticos de católicos não gostam desta igreja porque tem  seus santos (copiados/baseados nos deuses helênicos gregos ou romanos), então, por que aceitam esse modelo cristão/evangélico atual também copiados deles? Se eu responder muita gente (pastores) não gostarão, então pense um pouco e tire suas próprias conclusões... Então, esse modelo atual católico foi seguido e adotado pelos protestantes, endossado pelos evangélicos modernos. Templos, igrejas físicas não são ordenanças de Deus para os cristãos atuais; as suntuosas catedrais ou templos evangélicos, construídos com dinheiro dos dízimos; serei mais um vez redundante; templos e igrejas físicas denominacionais não são ordenanças ou recomendações para os dias atuais.

Então o que foi estabelecido biblicamente como diretrizes  para os dias atuais? 

No inicio da Igreja Paulo estava levando o  cristianismo a outros povos e esse cristianismo não exigia a circuncisão desses novos cristãos.  Isso levou os presbíteros de Jerusalém se reunirem  para fazer valer a circuncisão obrigatória. (At 15)
A Igreja  do Novo Testamento não tinha diretrizes definidas, ou seja, não sabiam se ainda guardariam a lei mosaica com o peso que ela tinha e com as ordenanças do Antigo Testamento. O Concílio de Jerusalém deixou claro que não havia encargo algum a ser imposto aos gentios, além daquelas quatro áreas mencionadas: abstinência da carne sufocada, do sangue, do sacrifício aos ídolos e da prostituição:
 
“Eis porque, pessoalmente, julgo que não se devam molestar aqueles que, dentre os gentios, se convertem a Deus. Mas se lhes escreva que se abstenham do que está contaminado pelos ídolos, das uniões ilegítimas, das carnes sufocadas e do sangue. Com efeito, desde antigas gerações tem Moisés em cada cidade seus pregadores, que o leem nas sinagogas todos os sábados.» (Atos 15:19-21)

E a conclusão final foi:
"Os apóstolos e os anciãos, vossos irmãos, aos irmãos dentre os gentios que moram em Antioquia, na Síria e na Cilícia, saudações! Tendo sabido que alguns dos nossos, sem mandato de nossa parte, saindo até vós, perturbaram-vos, transtornando vossas almas com suas palavras, pareceu-nos bem, chegados a pleno acordo, escolher alguns representantes e enviá-los a vós junto com nossos diletos Barnabé e Paulo, homens que expuseram suas vidas pelo nome de nosso Senhor, Jesus Cristo. Nós vos enviamos, pois, Judas e Silas, eles também transmitindo, de viva voz, esta mesma mensagem. De fato, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor nenhum outro peso além destas coisas necessárias: que vos abstenhais das carnes imoladas aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas, e das uniões ilegítimas. Fareis bem preservando-vos destas coisas. Passai bem." (Atos 15:23-29)

Agora em pleno século 21 querem te fazer crer que o dízimo é uma ordenança atual, para manter um modelo estrutural de igreja física que Deus não criou, que se você não dizimar é um rebelde, infiel e avarento...
 
Infelizmente alguns líderes, pastores e denominações pelas contingências e dificuldades econômicas atuais ou até mesmo por ganância, colocam o dízimo como algo obrigatório fazendo sentir se culpados e amedrontando com maldições inexistentes os crentes que não dizimam.

O que eles não entenderam ainda (ou fingem que não entendem) é que muitas, muitas pessoas já tiveram essa compreensão que o dízimo não é para os dias de hoje. Eles "não" entenderam isso ainda! Ficam torcendo a Bíblia para justificar o injustificável ao invés de trabalhar na conscientização das mentes em favor das ofertas voluntárias.
Oferta voluntária, espontânea é amor pela obra, movido por um coração agradecido. O dízimo é força, imposição e submissão a lei, não é amor, também não é de modo algum fidelidade como alguns  dizem, não existe outra maneira de dizer isto.

Não existe um único versículo no Novo Testamento  que prove que o dízimo é para os dias de hoje. Nenhum versículo  que estabeleça uma quantia especifica em forma de lei para os cristãos paguem esse valor em forma de mandamento. Qualquer tentativa de fazê-lo, é ultrapassar e distorcer a o que a Palavra de Deus diz. Também qualquer igreja, pastor ou denominação, qualquer uma que diga que você está pecando ao não dar o dízimo, está distorcendo a Palavra de Deus. Ou não tem conhecimento bíblico, ou é movido por interesses próprios.
Os exemplos dados no NT da viúva  ou em que  Jesus manda dar o dizimo em Mateus 23 ("Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas,“) é  dito num contexto especifico onde Jesus vivia, ou seja; no judaísmo. A obra de Jesus ainda não estava consumada, a Igreja revelada só começa mais adiante. Recomendo que leia atentamente o livro todo de Atos, esclarecerá muitas dúvidas.

"Logo, os que estão no ministério hoje, na vigência da nova aliança, devem viver do ministério."

Parcialmente verdade ou depende... Paulo trabalhava:

" trabalhávamos dia e noite com esforço e fadiga, a fim de não sermos pesados a nenhum de vós; (2 Tess 3:8) depois ele continua; . 9 Não porque não tivéssemos autoridade, mas para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes.

Que exemplo estes pastores estão dando?

Os que realmente compreenderam isso, trabalham fora da igreja, tem empresas ou outros meios de sustento para não pesar aos irmão, mas são poucos.

Alguém dirá: "Mas se não damos o dízimo, como fica o sustento das igrejas locais (não confunda com templo) e dos que trabalham nela"?
Bem, como disse o apóstolo Paulo (em 1Co 9 ) todo obreiro que trabalha, se empenha na obra de Deus  é digno de seu salário e os pastores (com dons pastorais, não líder de denominação) realmente envolvidos nesse trabalho, estão autorizados a receber proventos para manter sua família. Vou um pouco mais além, e repetindo ao que disse anteriormente; se o pastor tem direito de receber o dizimo porque é um "levita", (sim muitos atualmente se comparam aos levitas da tribo de Levi) então; o músico, o porteiro, a faxineira, o operador de som, também tem esse direito, ou só o pastor é encarado como obreiro?? Se ele é levita/sacerdote os outros também são. "Ah, mas os outros fazem trabalho voluntário, por amor a obra", dirão alguns pastores! 

É assim na sua igreja irmão? A faxineira recebe uma diária para limpar a igreja na segunda feira ou ela faz por amor a obra? Bem, isso é um assunto para outra postagem, não vou seguir nesse ponto agora, mas pense nisso toda vez que algum pastor se denominar "levita" ou sacerdote, analise se é apenas ele ou são todos que trabalham na igreja que estão recebendo salário; se é apenas o pastor que recebe ou se os outros são todos voluntários e fazem por amor a obra.

 Aqueles que usam Mateus 23.23 para dizer que Jesus sancionou o dízimo antes da inauguração da nova aliança, mas que depois de sua morte essa sanção não é mais válida, esquecem-se de que junto como dizimo Jesus menciona também outros preceitos da mesma lei (a justiça, a misericórdia e a fé): Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dizimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas! (Mt 23.23).

Jesus disse isso no contexto do judaísmo, vivendo no judaísmo. Ele falava a um povo de dura cerviz que precisava a cada momento ser alertado de seus deveres como povo escolhido por Deus. Não se deve  confundir preceitos morais com preceitos cerimoniais, essa comparação é absolutamente esdrúxula. O que Jesus disse que nada adiantava cumprir um preceito cerimonial e esquecer os preceitos morais, de nada adianta seu dizimo se vc não se converter, ele não te leva para o céu nem te torna bom. O preceito moral esta gravado no ser humano. Ninguém precisa de lei para saber que matar está errado.  

Voltando ao pastor ou líder da igreja atuais; já que ele quer manter a estrutura humana, (a denominação que Deus não ordenou) sim ele até pode pedir ofertas, mas sem constranger ninguém ou ultrapassar  os limites do que a Bíblia diz, não deve torcer os textos do AT aplicar o que fora dito no judaísmo/Israel para a Igreja atual.
Certa vez eu ouvi um pastor usando o texto de Marcos 5 dizer que o dono da manada de porcos que se perdeu no precipício, (porcos cujos demônios entraram por permissão do Senhor Jesus) não era "dizimista fiel " por isso ele perdeu toda a porcada...O que dizer sobre isso?

Atrelar a fidelidade a Deus ao dizimo, é como excluir o sacrifício de Jesus, somos salvos pela Graça, por Jesus independentemente se contribuímos ou não,  não somos fieis a Deus, Ele é fiel conosco.

No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a sua renda, reservando-a para que não seja preciso fazer coletas quando eu chegar. 1 Coríntios 16:2

Todo cristão consciente dá sua oferta de coração, sem constrangimento, imposição da lei ou ameaça de maldição porém ele não serve para sustentar um TEMPLO físico.

 I Co 16:2  o apóstolo Paulo diz "que no primeiro dia de cada semana  cada um separe uma uma quantia de acordo com sua renda".
Dar não como a lei do Antigo Testamento mandava, mas de acordo com suas posses e com alegria. Tudo o que você der de coração sem ganância é válido e isso pode ser muito mais do que apenas 10% da lei, também pode ser bem menos, depende de sua situação financeira. O crente verdadeiro tem mente que tudo o que ele tem pertence a Deus, e não apenas os 10% que ele deveria dar.
Tirar de um assalariado mínimo, que paga aluguel, mal come e com filhos pequenos, 10% de seu salário é desumano. Outra coisa; é estapafúrdio dizer que Deus precisa de nosso dinheiro para Sua obra. Uma coisa tem que ficar bem clara: Se Deus enviar alguém para uma obra, fazer algo, Ele mesmo sustentará. Acontece que os homens querem fazer coisas que Deus não mandou, (construir igrejas é apenas uma delas) aí eles precisam tirar o dinheiro de algum lugar...Não pode, aqueles que fazem isso, que exploram os pobres necessitados terão muitas contas a ajustar com Deus.
Quando estive a frente do trabalho, nada poderia me deixar mais desconcertado do que meu pastor superior pedir que eu fizesse uma oração ou apelo por dízimos e ofertas. Porém eu sempre resisti a esse apelo e nunca mencionei pedidos com a palavra “dízimo” a Igreja. Sempre entendi (depois que abri os olhos) que eram ofertas voluntárias que ajudaria nos desafios da igreja. Desafios estes que muitas vezes não são os desafios que Deus propôs, mas desafios que o homem inventa, criados fora da vontade de Deus, constituídos em seus estatutos doutrinários. Quando Deus tem um trabalho Ele mesmo cuida dos recursos. Se Deus precisasse da ajuda de alguém para manter sua obra, Ele não seria DEUS. Agora, para manter uma obra que ELE não pediu, essa precisa da ajuda dos homens; dízimos, ofertas, ofertas alçadas,  trizimo, votos e tudo mais que a imaginação humana consegue alcançar.
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E o que os homens fazem com os recursos que pedem por força de ameaça? Cuidam mal do dinheiro ou injustamente! Usam em formas de benesses e favores para os lideres  de sua cúpulas mas não em favor das viúvas e dos realmente necessitados, inclusive seus membros.
  -Pastor; o que vocês fazem com os dízimos?
  -Pagamos, contas, mantemos a igreja em ordem, despesas gerais, salário do pastor, enfim usamos na obra de Deus...
  -E para os irmãos, vocês não fazem uso de parte desse dinheiro?
  -Claro que usamos irmão, compramos alimentos e montamos cestas básicas para ajudar todos os que necessitam, não apenas o irmãos, mas os pobres que também nos procuram.
  -Ah entendi.... que bom saber pastor, então em vez de dar dízimo, vou começar a comprar cestas básicas e doa-las na igreja, quanto mais cestas básicas, menos pessoas com fome!
  -Não irmão, continue com seus dízimos, deixe que nós administremos essa questão da cesta básica, além do mais, dízimo é dízimo e cesta básica não é dinheiro.
  - Mas o dízimo é só dinheiro? Não era alimentos, frutos da terra, animais?
  -Hoje é só dinheiro meu irmão, pois precisamos dele para manter a obra.
  -E eu posso doar meu dízimo a aquela viúva vizinha da igreja que tem três filhos pequenos?
  -Melhor não e não se preocupe com isso irmão, deixe que a igreja cuide disso...

-Pastor, sabe aquela escola da denominação, posso colocar meu filho nela para estudar de graça e ter um ensino melhor, haja visto que ela foi construída usando parte de meus dizimo?

-Infelizmente não irmão, de graça lá é apenas para filhos de pastores, filhos de membros oficiais também podem conseguir bons descontos.

É mais ou menos assim que acontece, com o diferencial da liderança ter mais privilégios que os "crentes normais." 

 Fora os alimentos ofertados aos pobres, dificilmente aparece uma alma boa da diretoria da igreja para pagar um aluguel, uma conta de luz, um gás de um irmão ou de um necessitado... Tudo que se faz de bom é por conta de doações, do que sobra nas casas dos irmãos membros da igreja, arrecada se e doa se ao pobres. Existem exceções? Sim, mas são poucas.

O dízimo como é pregado hoje em dia serve apenas para sustentar a estrutura que alguns cristãos trouxeram do judaísmo, que são os templos. Esses templos muitas vezes  suntuosos, pertencem a denominações de igrejas que mantém e constroem faculdades e colégios caríssimos, no entanto no Novo testamento as ofertas voluntárias eram em benefício dos irmãos, pobres, viúvas; o dinheiro não era para sustentar  e construir uma rede de templos, escolas particulares, etc . 

"Quanto à administração que se faz a favor dos santos, não necessito escrever-vos;....Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.  E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra; Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça; Para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se deem graças a Deus. Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também é abundante em muitas graças, que se dão a Deus.(2 Cor 9: 1-12)

Faça uma pesquisa no estatuto de sua igreja e veja a quem pertence todos os valores recolhidos e como são usados esses bens. Algumas denominações dizem assim em seu estatuto: "Os dízimos, ofertas, bens materiais móveis e imóveis conseguidos através de contribuições voluntárias pertencem a igreja tal."  Pertence a "igreja tal"? Não é isso que a Bíblia diz...

 Tudo bem, o dinheiro já foi recolhido mesmo, então tá, pertence para ser usado como? Construir faculdades que cobram mensalidades caríssimas, escolas templos enormes e confortáveis?  É assim que a Bíblia diz que deve ser usado esse dinheiro? Onde ficam os santos?Uma vez eu perguntei para um pastor ligado a essas universidades de alta mensalidade se eu poderia colocar meu filho sendo membro da igreja e a resposta foi: "Não irmão a bolsa é apenas para os filhos dos pastores."  Ou seja o sacerdotes, são mais crentes do que os outros, durma com um barulho destes. 

Voltando, e os santos de Deus, crentes em Jesus, qual amparo eles recebem; cestas básicas, dinheiro para gás, medicamentos, custos do dia a dia se precisarem? O dinheiro das coletas é repartido com os necessitados de sua igreja ou vai para alguma "obra de Deus" (Obra que Ele não pediu.) ou para os os santos?? 

Opa, então vejamos; universidades caríssimas, templo luxuoso, centro de eventos, é "santo"? Banco de igreja novo, ar condicionado, banheiro com pedras de mármore, altar feito com madeira de lei; é "santo" Sistemas de som e mídias que custam centenas de milhares de reais são "santos"?  

Sempre que li este texto do NT pensei que santos fossem os crentes separados, que significava contribuir com as necessidades das pessoas, não com as estruturas, mas parece que não é assim que a maior parte das igrejas entendem.

Houve uma distorção até mesmo do que agrada a Deus; como se alguém que dizimasse pela força da lei e da fidelidade a um estatuto cerimonial ultrapassado pelo pacto de Cristo, pudesse agradar a Deus, mais até do que aquele que faz a vontade de Cristo.

Para aqueles tentam legitimar o dízimo para nossa Graça em Cristo convertendo a em lei, Tiago adverte que:  todo aquele erra numa parte da lei erra nela toda (Tg 2:10).   "Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos." (Tg 2:10). 

Se temos que dar o dízimo por força da lei então teremos que guardar sábado, restringirmos nossa alimentação não comendo certos alimentos e fazermos tudo o que a lei mandava.

Mas para evitar qualquer mal entendido, não estou dizendo que vc não deva contribuir com a ESTRUTURA HUMANA em que vc se reúne com seus irmãos, se você assim deseja (embora reunir se em qualquer casa surta o mesmo efeito para Deus). Se vc se reúne em algum lugar e ouve a Palavra de Deus, é justo e faz sentido que vc ajude nas despesas. Porém sem cair nessa balela que muitos pastores pregam, e principalmente entender que as pessoas; seu bem estar estão num patamar superior a qualquer necessidade de contribuir para o conforto ou luxo para um espaço físico chamado templo. As pessoas as verdadeiras necessidades dos santos vem em primeiro lugar. Comprar medicamentos, gás, comida para um necessitado é infinitamente mais importante do que doar na igreja. Se vc tem recursos financeiros fica um alerta, (principalmente  aos que tem escorpião no bolso e que acham que por não estarem na lei estão livres de contribuir) um coração convertido SEMPRE será generoso segundo suas posses. O importante é  contribuir sempre com amor e voluntariamente, sem pressão, sem medo de maldição ou de estar sendo infiel a Deus ou aos irmãos mais necessitados. Aquele que tem amor ao próximo e a obra de Deus contribuirá espontaneamente com os desafios de sua igreja/congregação local e ou com aqueles irmãos que passam por necessidades.  Seu amor e coração estará com as necessidades onde ela surgir.  Poderá dar e será livre para doar muito mais do que apenas uma porcentagem pré determinada de 10%. Um coração convertido não precisa de ninguém tentando convence-los dízimar segundo a lei dada a Israel. A citação de textos do Antigo Testamento ameaçando com pragas e maldições é apenas um meio de coação ignorância da Bíblia. Essas pessoa que pregam isso na ignorância ainda não entenderam que Deus não precisa de nós para nada: "Onde estava tu Jó qdo lancei os alicerces do mundo"!

Hoje vivemos na Graça e ela nos garante a liberdade de sermos generosos sem termos de cumprir rudimentos que não foram destinados a nós. Pense nisso!

Que Deus abençoe a todos!

https://www.instagram.com/nelson_j_filho/

 

Nelson Filho

domingo, 20 de maio de 2018

Deus muda Seus planos?















Conversando com minha mãe a respeito de que ela cria na possibilidade de Deus  salvar a quem Ele não planejou, (minha mãe se preocupa e até chora muito por isso) então lembrei me de um texto onde o rei Ezequias orou e sua morte certa se estendeu em vida por mais 15 anos depois de uma oração:

"Naqueles dias Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; e veio a ele o profeta Isaías, filho de Amós, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás. Então virou Ezequias o seu rosto para a parede, e orou ao Senhor. E disse: Ah! Senhor, peço-te, lembra-te agora, de que andei diante de ti em verdade, e com coração perfeito, e fiz o que era reto aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo. Então veio a palavra do Senhor a Isaías, dizendo: Vai, e dize a Ezequias: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos" (Isaias 38:1-5).

Notem no texto que a morte de Ezequias já estava decretada, era apenas uma questão de tempo; de Ezequias colocar sua casa em ordem para que Deus o levasse. O rei então orou e clamou a Deus e a coisa mais improvável  e surpreendente aconteceu, Deus lhe deu mais  15 anos de vida!

Independente do que eu aprendi com a teologia a respeito do conceito em que Deus é imutável, gosto sempre de pensar  na possibilidade de que nossas orações podem mudar o destino que Deus escolheu para nós.
“Como assim?”
Bem, estabelecer um conceito teológico (humano) fechado e colocar Deus dentro dele, é como tentar coloca-Lo em uma caixa e lhe dizer; “O Senhor não pode fazer determinada coisa porque a teologia diz que não pode.” 
Esse pensamento é no mínimo estapafúrdio...
Quem somos nós para entendermos 100% a mente e planos de Deus? Nossas mentes racionais são demasiadamente medíocres e pequenas em compreensão para entendermos onde Ele quer nos levar e nenhuma teologia pode explicar isso.

Deus havia decretado a morte de Ezequias e mesmo assim lhe deu mais 15 anos, houve no texto “uma mudança” na vontade sempre soberana de Deus gerada pela oração de Ezequias.

Poderia ficar conjecturando e dizer que isto está na Bíblia apenas para que servisse de exemplo para buscarmos Deus em oração, que Ele já sabia que Ezequias iria orar; que já estava tudo programado para Ezequias viver mais 15 anos, etc, etc....

Sim é fato, porém creio que Deus nos deu promessas para que as busquemos em oração. Ou então por que então Deus nos deu as promessas?  

Independentemente se está tudo definido, (pessoalmente creio que sim) vejo as promessas como uma oportunidade de buscarmos uma “mudança dos planos” de Deus em nosso favor ou a favor de nossos pedidos. 

Será que Deus não gostaria de  atender nossas orações baseadas em Suas promessas e mudar nossos destinos, inclusive o mais importante entre tantas outras coisas; dando salvação a outros por quais nós rogamos?
Pense nisso!

Que Deus nos abençoe!

sábado, 19 de maio de 2018

Por que nossas orações não são respondidas?





Sim é verdade, todos nós cristãos temos orações que não são respondidas, pelo menos de imediato ou no tempo em que gostaríamos.
Quem não gostaria de ter todas as suas orações e pedidos respondidos por Deus, e o melhor em nosso tempo?
Por mais que você se dedique incessantemente a buscar uma resposta a uma oração, por muitas vezes ela não chega. 
Quantas vezes após orar antes de dormir eu literalmente virei a noite “fritando na cama”  (virando de um lado para o outro) orando em pensamento e nada adiantou? Nesse caso até houve perseverança de minha parte, mas  não era o tempo de Deus para a resposta.
Se analisarmos friamente, de certa forma a oração não respondida nos aproxima de Deus em perseverança, nos fortalece a fé pois cada vez que buscamos a Deus, buscamos porque temos a esperança de que Ele nos atenderá.

Muitos dizem: “Eu não tenho fé”. Mas buscam a Deus em oração, a essas pessoas eu diria: Claro que você tem fé, se não tivesse não estaria buscando a Deus, e o melhor, ao Deus verdadeiro!
Sim porque a fé é inerente ao ser humano, é possível ter fé até um deus de barro, de papel, uma estátua muda e surda  que não pode nos ouvir.

O homem tem a busca de descobrir o sentido da vida, então aplica sua fé em forma de esperança em qualquer coisa que possa dar sentido a as suas indagações.
Quando aplicamos nossa mesmo que pequena fé no Grande Deus verdadeiro, o nosso mundo espiritual pessoal começa a ser modificado.

Então eu quero dizer na maioria das vezes o problema de nossas orações não serem atendidas, não está em nossa falta de fé mas de onde aplicamos nossa fé.
Por exemplo; Se eu aplicar a fé em minha resistência física em orar, estou colocando a fé na força de meu corpo ser perseverante, aguentar várias horas orando, e não aplicando a fé em Deus, nesse caso eu tenho fé em mim mesmo, ou fé na fé!
A perseverança em insistir na presença de Deus deve ser combinada com a certeza que existe uma comunicação com Ele, mesmo fique em silencio você tem a certeza de que Ele está te ouvindo.

Supondo então que agora  já não temos duvidas que possuamos pelo menos um pouco de fé e que ela esteja sendo  esteja sendo aplicada no Deus verdadeiro, e que possuímos alguma perseverança em permanecer  diante de Deus, quais seriam os outros impedimentos para que nossas orações não sejam atendidas?

Oramos pelas coisas erradas:
“Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis.
Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites”
.(Tg 4:2,3)

Interessante, primeiro Tiago diz que não pedimos e logo após ele diz que se pedimos, pedimos mal para gastarmos com nossos deleites.

É um fato, no geral pedimos muito mal: “Senhor me dá saúde, quero pular carnaval ano que vem!” Exagerei, né?
Essa é um pouco menos forçada: “Me faça ficar rico para ajudar os pobres!”
“Me transforme em um homem espiritual pois quero ser promovido no ministério!”
 Fico imaginando os tipos de orações que Deus deve ouvir todos os dias, ainda bem que Ele Deus, porque se fosse  homem como nós perderia a paciência rapidinho, principalmente se a pessoa for perseverante na oração, rsrsrsrsrs. Usei exemplos toscos, esdrúxulos, mas olhem; devem haver muitas pessoas fazendo tais pedidos.

Pedir mal, ou pedir coisas boas e licitas com a motivação errada impede que Deus atenda nossas orações. O pior é tentar esconder a intenção do coração a Deus quando se faz um pedido destes, como se Deus pudesse ser enganado ou não estivesse vendo nossas intenções.

Também é bastante claro  que muitas pessoas fazem pedidos que Deus não  atende porque estão sendo ensinadas erradas nessas igrejas pregadoras de prosperidade.
A pessoa “aprende” que Deus dá tudo o que pedimos, ou que tudo é licito pedir. Assistem encenações teatrais que não correspondem a realidade do que é ensinado no NT e acabam crendo que aquilo tudo é verdade.  Essas “igrejas” ensinam que Deus está ai para nos servir e não ao contrário, os fieis acabam entrando nessa de pode usar o poder da oração para satisfazer todos os seus desejos. Muitas  destas pessoas são simples, sem maldade,  acabam sendo manipuladas por esses lobos até o dia em que desistem do “evangelho” e do “deus” que não atendeu suas expectativas.

Devemos orar segundo a vontade de Deus, especificamente pelo que precisamos:
E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.
E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos.
(I Jo 5:14,15) Orar segundo a vontade de Deus é orar de acordo com ao que está expresso na Bíblia. Conhecer bem a Palavra e sua aplicação  é um grande passo para orar em conformidade com o desejo do Pai.

 Essa é uma parte que todo cristão tem que trabalhar, confesso que muitas vezes não tenho sabedoria suficiente para discernir se estou ou não orando de acordo com a vontade de Deus, mesmo que meu desejo seja licito, a tendência natural do ser humano  é sempre orar de acordo com sua vontade.

Reconhecer a resposta de Deus

Mesmo que  um pedido de oração seja legítimo,por motivos que dependem apenas de Deus ele poderá não ser atendido. Por exemplo: estou na igreja "A" e a igreja "B" precisa de mim  ajudando no trabalho, oro a Deus buscando respostas e nada acontece. Simplesmente pode ser que a vontade de Deus seja que eu permaneça onde estou pelos motivos que só Ele conheça hoje. Poderei mais adiante eu saber porque Deus me manteve ali na igreja "A" naquele momento. Nesse ponto entra a sabedoria de reconhecer com fé a não resposta como uma resposta da parte de Deus.



A oração não respondida nos leva a reflexão:

Em alguns casos a oração não respondida pode ser um dos meios que Deus utiliza para nos levar a reflexão do caminho que estamos trilhando. Não necessariamente significa pecado, mas pode significar que o caminho escolhido nos afasta do desejo que Deus tem para nós. Mais uma vez, mesmo que o desejo seja licito, se não foi o a caminho que Deus traçou  pode exigir uma reflexão de que ponto estamos em relação a vontade de Deus.



“A ele clamei com a minha boca, e ele foi exaltado pela minha língua. Se eu atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá;” ( Salmos 66:17-18)

Em outros casos uma purificação pode ser necessária, um pecado ser confessado e abandonado com uma comunhão restabelecida em duas vias, você ora e tem a certeza que Deus está ouvindo.



Nada é tão surpreendentemente bom quanto ter uma oração respondida e existem promessas maravilhosas na Bíblia do que Deus pode  concretizar se estamos com Ele em comunhão; se crescemos no conhecimento e sabedoria, sabemos como achegarmos a Ele e podemos orar com confiança que pedimos segundo Sua vontade.

É um processo que pode até parecer complicado, mas que torna se simples quando nos abrimos a Ele e clamamos por entendimento de Sua vontade e sem resistência nos colocamos em Suas mãos.



Que o Senhor nos dê entendimento e paz!

Nelson Filho

sexta-feira, 18 de maio de 2018

O centro da vontade de Deus (E a resposta que eu preciso)

Da maneira como eu vejo, essa “força de expressão” muitas vezes usadas por homens de Deus, realmente não indica um lugar físico tipo um alvo de arco e flecha que ilustra esta postagem. Também não é onde você chega caminhando, de carro ou está em lugar, uma convenção, grupo de oração, na igreja, ou seja, não é um lugar em que possa se estar em algumas ocasiões, um lugar que você alcança por fazer determinadas coisas na obra de Deus. 
Não,  não é assim que se encontra o centro da vontade de Deus, mas sim em um firme posicionamento e disposição especifico de obedecer a Deus.
Esse posicionamento após estabelecido se fortalecerá apenas se estiver em comunhão completa e constante com Ele. É preciso         dispor-se firmemente  a isso, sujeitar-se, entregar-se a Ele pela fé.

Acredito que seria mais fácil compreender se alguém te dissesse simplesmente: “Obedeça a Deus!”
Devido ao tom imperativo da frase, faz com que ela soe mais como um mandamento podendo surtir menos efeito direto ao ouvinte, haja visto que os mandamentos e chamados a obediência a Deus temos muitos exemplos, mas “estar no centro da vontade de Deus” não existe na Bíblia.
Deste modo e de maneira bem simples de compreender; o centro da vontade de Deus é qualquer lugar onde você cumpre a vontade de Deus em Jesus.

Em João 15  Jesus diz; “Vos sois meus amigos se fazeis o que eu mando”.
Tornamos nos amigos de Jesus se fazemos o que Ele manda, se cumprimos a Sua vontade.
Todo aquele que cumpre a vontade de Deus já  está “no centro” de Sua vontade, então nossa única preocupação quando procuramos o centro da vontade de Deus deve ser:  “Farei a vontade de Deus!”

Ótimo, compreendemos assim o que é estar dentro da vontade de Deus ou no centro de Sua vontade!
Nesse momento surge outra questão:  Qual é a vontade de Deus para nós?
Bom, poderíamos dividir essa resposta em três partes;

1- A vontade universal de Deus em que Ele deseja que todos os homens sejam salvos:
Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta:  Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” ( Jo 6:40 ).  Ou: “Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade”. ( 1Tm 2:4 )

Se você chegou até aqui e tem Jesus como seu Salvador pessoal, então  já faz parte da vontade de Deus no que se refere a salvação, Glória a Deus por isto! Por outro lado se não O tem ainda em sua vida; então você deve saber agora que Deus tem um desejo especial para que Jesus possa te purificar de todo o pecado e que você possa viver uma vida abundante nEle.

2- A vontade de Deus para os salvos:
“Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus”. ( 1Pe 4:2 ):

“Admoesto te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade; Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador. Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade”. ( 1Tm 2:4 ).

 E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”. ( Rm 12:2 ).

Sim, você é salvo e em linhas gerais; de um modo bastante simples na compreensão: Deus tem um plano especial para nós dentro de Sua vontade. Ele estabeleceu princípios e preceitos aos quais fazendo uso destes, nossa vida espiritual possa crescer em graça, sabedoria, entendimento pleno, conhecimento da verdade e com isso poder experimentar a boa agradável e perfeita vontade de Dele! 
                                                                                                                                            
Bom, com certeza você deve estar se/me perguntando; e qual é a vontade especifica de Deus para minha vida? 
Essa questão eu não posso te responder,  pois a vontade de Deus especifica é diferente  para todos os homens, da mesma maneira em que as respostas de Deus podem vir de formas variadas e diversas para diferentes pessoas, não existe fórmula mágica,  entretanto posso te dar alguns indícios de onde você conseguirá estas respostas;

Pergunte diretamente a Deus em oração, mas espere a resposta:
"Ouve, Senhor, a minha voz; eu clamo; compadece-te de mim e responde-me" "Meu coração disse para ti. Buscarei, pois, Senhor, a tua presença." (27:7-8).  “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento”. (Tiago 1.5-6)
Um pequeno detalhe; Quando você pergunta alguma coisa para Deus em oração, em seu quarto ou em qualquer lugar que seja, você simplesmente faz um monte de perguntas e fica um pouquinho em sua presença ? Ou acaba rápido a oração e sai logo de seu quarto? Embora não haja nenhuma garantia que Deus vá te responder enquanto você espera em Sua presença Santa, estar com Ele é prazeroso, abranda sua alma, te enche de paz e “abre” seu entendimento para que você busque o segundo meio de buscar as respostas para que você precisa:

Leia e estude  a Bíblia:
Leia mas sem tentar encontrar uma resposta em um versículo especifico, apenas leia, clamando ao Espírito que comunique a Sua verdade e lhe dê entendimento para compreender o que é necessário. Não deixe de aplicar aquilo que você aprende. Abrir aleatoriamente a Bíblia, não é uma boa maneira de obter respostas. O Novo Testamento é um excelente lugar para começar a buscar respostas as questões inquietantes que temos em nossas vidas.  Estude  diariamente meditando no que aquilo quer dizer no texto, tente transportar para sua vida; se você se encontra naquela situação e se diante do que está exposto existe alguma aplicação prática na sua vida.

Comunhão:
Em outro texto deste blog  Desigrejado mas servindo a Deus (Será?) eu relacionei a comunhão entre outras coisas como algo imprescindível para que nós crentes possamos crescer em graça, conhecimento, cultivarmos o amor e o serviço ao corpo. Eu não poderia deixar de dizer que Deus também nos fala através de irmãos e irmãs, homens e mulheres sérios, maduros na fé interessados nos bens dos irmãos. Deus proveu para sua Igreja homens prudentes, com sabedoria, discernimento e com o propósito  de edificar a vida de muitos irmãos.
Confessarmos nossos pecados, dividirmos nossas angustias, darmos graças juntamente com nossos irmãos, nos abre uma oportunidade de receber respostas que muitas vezes não conseguimos encontrar sozinhos.
Você vai em uma reunião onde um irmão te conta uma experiência ou vivencia que fala diretamente ao seu coração, mesmo que ele não saiba o que você  está passando. Isto é Deus agindo através da vida do outro.

Eu consegui  respostas desta maneira, talvez Deus também possa te responder assim, não sei, é Ele quem decide a forma e o tempo da resposta. Pode ser rápida, ou demorada, o tempo de Deus não é nosso tempo.
A única certeza que eu tenho é que se você buscar de todo seu coração encontrará todas as respostas as suas indagações para uma vida plena e cheia de seu Espírito.

Que Deus abençoe todos nós !




quarta-feira, 16 de maio de 2018

Desigrejado mas servindo a Deus


O termo "desigrejado" possui duas conotações: a que parte das denominações e pastores que acreditam deter a verdade e rotulam pejorativamente aqueles que pensam diferente de sua denominação (que, segundo eles, está 100% correta segundo a Bíblia); e também a da própria pessoa que, orgulhosamente, se declara "desigrejada". Vamos analisar:

IGREJA BÍBLICA
“Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos num só lugar. De repente, veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados. Havia em Jerusalém judeus tementes a Deus, vindos de todas as nações do mundo. Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas. Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas e, juntos, participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos.” (Bíblia - Atos 2)

Na verdade, tanto os que se dizem desigrejados quanto os pastores que rotulam pessoas como desigrejadas, muitas vezes, não compreendem o verdadeiro significado de igreja, que é o conjunto de crentes, o corpo de Cristo, a assembleia dos salvos por Deus por meio de Jesus. A igreja não é apenas uma placa, denominação, prédio, instituição ou organização religiosa, onde se reúnem pessoas.

O significado e a compreensão de igreja se perderam com o passar do tempo. O termo foi associado apenas a um local físico, a uma denominação, quando, na verdade, a Igreja definitivamente não é sinônimo de denominação.

"Não vou à igreja porque ela está toda errada." Isso é uma verdade parcial. Muitas "igrejas" (prédios, denominações e assembleias) são verdadeiros clubes sociais, casas de câmbio, e até matadouros de ovelhas. Alguns pastores, que deveriam ser exemplos, são lobos em pele de cordeiro, adúlteros da Palavra e trapaceiros. Tudo isso é verdade, infelizmente. Mas também é verdade que ainda existem igrejas locais que pregam a Palavra de Deus, independentemente de serem uma denominação, instituição ou grupos que se reúnem em nome de Cristo para compartilhar a Palavra e a comunhão.

Porém, com o tempo, formou-se uma horda de cristãos nômades, que, mesmo sendo sérios em suas convicções, se autodenominam "desigrejados", rejeitando até mesmo as poucas igrejas sérias que ainda existem.

Se analisarmos o termo "igreja", a palavra "desigrejado" até poderia fazer algum sentido. Afinal, a palavra grega ekklesia é composta por dois radicais: ek, que significa "para fora", e klesia, que significa "chamados", ou seja, a igreja fora do templo. No entanto, ekklesia também significa "assembleia" ou "reunião". Dessa forma, igreja não pode ser caracterizada apenas como algo fora de um templo físico; para ser uma igreja, é necessário haver uma reunião de pessoas.

Igreja, então, é o ajuntamento de crentes em Jesus, reunidos em Seu nome, independentemente do local ou do nome dado a esse local, pois Jesus sacrificou-se pelas pessoas, não por um templo ou denominação.

Nesse contexto, o desigrejado é alguém que está fora da reunião, fora da assembleia, que não participa do ajuntamento dos santos, conhecido como igreja local — muitas vezes associada a um espaço físico com um nome denominacional. Muitos desigrejados (embora não todos) estão não apenas fora do templo, mas também fora do corpo de Cristo. Eles enxergam a igreja apenas como um local e não como uma assembleia, um ajuntamento de cristãos.

A igreja tem o sentido de corpo, não de templo. Se eu sou um crente, não posso ser "desigrejado", mesmo que não frequente um templo pois, nesse caso, eu estaria fora do corpo de Cristo.

Denominação - As críticas geralmente são dirigidas à "igreja instituição". De fato, os apóstolos não nos deixaram uma igreja institucionalizada, com templos, liturgias, governos próprios, grupos de louvor, entre outros. É verdade também que muitas igrejas locais falham em pontos básicos como corrupção, enriquecimento de líderes e escândalos. Isso pode levar à tendência de "desigrejar-se". Existe uma mistura de autossuficiência e independência em muitos que rejeitam a igreja institucional.

Vale refletir: me converti por meio de um trabalho de evangelismo Batista. Entrei num teatro onde eles cantavam, ouvi as músicas, li um folheto em casa, fiz uma oração e me entreguei a Jesus. Sem nenhum tipo de acompanhamento, fui para um grupo de cristãos que não sabiam que eram igreja. Não havia batismo, partilha do pão, e não se viam como membros do corpo de Cristo. Isso gerou muitas dúvidas em mim, que demoraram anos para serem resolvidas. Com o tempo, descobri que muitas pessoas, em geral, não sabem o que é ser igreja.

Posteriormente, já membro de uma igreja local, vi-me desiludido com a corrupção e as falhas sistemáticas dessa instituição. Lutei contra as falhas do sistema até entender que, por mais difícil que fosse estar em uma igreja local com todos os seus problemas, era ainda mais difícil não estar em lugar nenhum, sem irmãos para congregar.

É difícil congregar fora de uma igreja institucionalizada, a menos que se encontre pessoas dispostas a reunir-se em nome de Jesus. Essa compreensão de igreja, como corpo de Cristo, é fundamental.

É biblicamente é difícil ser um cristão que quer crescer espiritualmente sem fazer parte do corpo de Cristo. O chamado é para amar a Deus e ao próximo, e isso se manifesta na participação ativa no corpo de Cristo. Mesmo que a igreja local esteja longe do ideal bíblico, devemos buscar a comunhão e o serviço junto a outros irmãos. Se, por algum motivo, não for possível congregar em uma igreja institucional pelos motivos antes citados, basta reunir-se com outros em nome de Jesus, pois ali também estará a igreja.

 Jesus não morreu por templos ou denominações, mas pelas pessoas. A salvação não está condicionada à frequência em um templo, mas sim ao sacrifício de Jesus Cristo. Contudo, participar do corpo de Cristo e viver em comunhão com os irmãos é parte essencial da vida cristã.

Entenda; igreja pode ser você, sua família, amigos, convidados, estranhos que se reúnem em nome de Jesus para cultuar o único Deus verdadeiro!

Se vc aceitou Jesus  esses chamamentos pejorativos por parte de pastores ou instituições não devem te abalar. O que importa mesmo é o que Deus pensa a seu respeito, o que os outros pensam não vale de nada!


Nelson Filho