quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Coisas ruins acontecem

 






 

 

“...para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos.” (Mt 5:45)

**Quando algo ruim acontece, é comum ouvirmos: “É a vontade de Deus.” **

No entanto, não acredito que a vontade de Deus seja causar catástrofes, assassinatos, a morte de inocentes, doenças, ou o sofrimento de crianças e de pessoas que buscam o bem para suas famílias. Quando esses eventos ocorrem, isso não reflete a vontade de Deus. Ele jamais desejaria que algo terrível acontecesse àqueles que Ele ama, nem mesmo aos ímpios (Ez 33:11). Assassinatos, crimes, catástrofes naturais e governantes perversos que provocam guerras insanas nem sempre são o resultado do pecado de uma nação inteira; muitas vezes, são consequências das ações individuais de uma pessoa. Em contextos nacionais, esses males afetam justos e injustos — todos sofrem. E, individualmente, doenças, assassinatos de crianças e a miséria também acontecem.

**Por que isso ocorre?**

Essa questão não tem uma resposta simples. Mas, se tentarmos esboçar uma explicação, podemos encontrar alívio em momentos de tristeza e angústia (luto, doença, decepção, miséria, etc.) e superar nossas dúvidas através da fé.

A vontade de Deus para Seus filhos é a perfeição de nosso caráter e a nossa felicidade plena e abundante (Jr 29:11). Contudo, nossa natureza caída, somada a um mundo corrompido e dilacerado pelo pecado há séculos, não permite um caminho fácil para esse grande destino enquanto vivermos aqui.

Dessa forma, Deus permite que aflições nos atinjam, seja como indivíduos, seja como nação, como consequência de nossos erros, ignorância, e às vezes das atitudes de outras pessoas. Por exemplo: nenhum povo deseja um governante ruim, mas muitos escolhem mal, resultando em sofrimento para todos, inclusive para os que pertencem à “nação de Deus” (Igreja). Veja o caso recente dos cristãos perseguidos na América Central, ou a miséria em países potencialmente ricos, causada por grupos corruptos que se alimentam do sofrimento do povo. Isso mostra que ninguém está isento de sofrimento, perseguição, fome ou dor.

Deus não tem uma pátria física neste mundo (apesar de muitos afirmarem que seu país pertence a Jesus). Sua única bandeira é Jesus, e Sua nação é Sua Igreja invisível, composta por todos os Seus filhos espalhados pela Terra. Portanto, não há garantia de que Ele poupará uma nação de uma catástrofe.

**O que fazer, para superar as incertezas e os obstáculos do caminho?**

É importante que cada uma que crê nEle saiba que Deus age, socorre e conforta cada um individualmente. Ele conhece todas as pedras e armadilhas do caminho e guia aqueles que O buscam, mesmo nas trevas mais profundas. Muitos, confiando em sua limitada inteligência, tentam prever o futuro e encontrar o melhor caminho, mas sem a luz de Deus, acabam perdidos. Em vez de se deixarem guiar pelo Criador, confiam em suas próprias forças. Se alguém deseja refrigério, luz e certeza, deve seguir a Deus, pois Ele nos vê em todas as situações e pode nos conduzir, iluminando nossa mente onde falta entendimento (Sl 23). Para Deus, não há escuridão que resista, nem barreira que impeça Seus planos. Temos duas escolhas: confiar no homem ou confiar em Deus.

Se, em meio à aflição, optarmos por confiar nos homens, estaremos por nossa conta. Mas, se decidirmos olhar para Deus em meio à dor e às lágrimas, e perguntar-lhE: "Pai você sente e vê minha aflição?"  Ele virá, e dirá: “Sim, Eu conheço a sua dor.”

Jesus não reina em um lugar físico, mas Ele deseja reinar dentro de você e enxugará suas lágrimas antes que um novo dia comece.

**Paz e bem. Que Deus abençoe a todos!**

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Nelson Filho


sábado, 20 de agosto de 2022

Deus ama os café-com-leite!

 









Alguns são café, outros leite, e outros ainda são café-com-leite, mas Deus ama a todos! Quem tem mais de 40 anos provavelmente se lembra das brincadeiras de rua, onde interagia com outras crianças, geralmente mais novas, que não tinham condições plenas de participar das brincadeiras. Essas crianças eram admitidas na condição de "café-com-leite", ou seja, sem muita importância.

O que essa criança fazia ou deixava de fazer não importava, nem modificava o andamento do jogo, e as outras crianças, que não estavam nessa condição, também não se importavam muito com elas.

Hoje, ou melhor, há muito tempo, o "café-com-leite" se instalou definitivamente no mundo, e até na igreja. As necessidades “dos pequenos”, das pessoas sem importância, dos que estão fora dos grupos, não importam; o que importa é apenas a brincadeira continuar. Afinal, a presença dessas pessoas, em qualquer meio social, não faz diferença.

Mas e Jesus? Como Ele via os “café-com-leite” (pessoas de todas as idades)? Na verdade, Ele afirmou que deles é o Reino dos céus, pois sabia que, ao reconhecer que essas pessoas ainda não têm condições de partilhar dos objetivos estabelecidos pela sociedade (instituições, agremiações, igrejas, etc.), eram puras e acolhidas por Ele.

Quando diferenciamos uma pessoa pela sua posição, cargo ou status social, estamos fazendo acepção de pessoas, o que é o oposto do que Jesus fez e recomenda. Não damos atenção às necessidades, pedidos e desejos dos mais simples e humildes simplesmente porque os encaramos como sem importância relativa.

E aí, estamos tratando nossas “crianças” (nosso próximo) como "café-com-leite" ou como Jesus ensinou?

Que Deus abençoe todos os seus amados "café-com-leite"!


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Nelson Filho.


segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Tudo começa com um “bom dia”!

 


 

 

 

 







Tudo começa com um “bom dia”!

“O coração ansioso deprime o homem, mas uma palavra bondosa o anima” (Provérbios 12:25).

O filósofo Alasdair MacIntyre disse que "temos em nós conceitos de moralidade, virtude, honra e bondade, mas já não temos um sistema que os conecte". Tenho que concordar em parte; realmente, não temos um sistema de conexão implícito em nossa alma. No entanto, ele pode ser desenvolvido por nossa vontade e consciência, transformando nosso caráter, desde que tomemos consciência disso.

Fazer a diferença no mundo e ao próximo com o objetivo de receber uma recompensa futura não é virtude, mas sim esperteza de quem busca pagamento por sua atitude. A verdadeira virtude está em fazer o bem desinteressadamente.

Jesus questionou: “Que mérito há em amar quem te ama?” O mérito está em amar quem te odeia. Jesus, como Deus, conhece nossa incapacidade de amar aqueles que muitas vezes se opõem até à nossa existência.

Porém, se o problema fosse apenas amar os inimigos, teríamos uma desculpa: “Ele é mau, ruim, não gosta de mim, me despreza, etc.”. As coisas realmente pesam e o “nosso eu” se aflora quando não conseguimos sequer dar um simples “bom dia” a uma pessoa que passa por nós; sejam funcionários da nossa empresa ou colegas de trabalho. É uma atitude simples e gratuita, mas que demonstra um desejo sincero de que aquele que passa tenha realmente um bom dia.

Quantas vezes perguntamos “tudo bem?” e realmente prestamos atenção na resposta, iniciando um diálogo?

Isso não deve ser uma atitude mecânica, ou apenas um traço de educação e caráter, mas sim uma disposição enraizada em nossos corações; não um hábito, mas uma preocupação genuína.

Quem faz coisas simples assim com sinceridade também se preocupa com outros valores, atitudes e interesses que podem ajudar outras pessoas. Se ainda não tem essa preocupação, uma vez que comece e isso estiver arraigado em sua mente e ser, você mudará e fará coisas muito maiores que abençoarão os menos favorecidos e necessitados. Isso pode começar com um simples e sincero “bom dia” e evoluir para outras atitudes muito maiores.

Muitos diriam: “Tenho muitos problemas para me preocupar com os outros. Como dar um bom dia com sinceridade se tenho tido dias péssimos?”

E eu pergunto: quem não tem? E afirmo: nossa sinceridade não depende de nossa realidade, mas do desejo que vem da alma.

O fato é que o egoísmo e o “eu” não nos farão viver melhor e mais felizes, nem por mais tempo. No entanto, a generosidade, bondade e gentileza desinteressada invariavelmente nos farão viver muito melhor.

Como queremos viver?

Palavras são como espelhos, refletem o que há em nós. O que você quer ver no espelho?

Que Deus lhe abençoe ricamente!

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Nelson Filho