sábado, 25 de abril de 2020

Infectados pela verdade




"31Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos.32E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará“.(João 8:31- 32).



Existe apenas uma verdade quando se trata de um determinado assunto, apesar de alguns acharem que ela seja fruto de um ponto de vista, ela independe de nossos olhos ou percepção pois não é subjetiva.
A verdade é aquilo que existe de real, concreto, palpável ao contrário da mentira. Não é uma ciência, não é transitória pois não muda nunca, mas ao contrário; permanece como verdade mesmo quando não cremos nela.

A verdade tem o poder libertador da mentira e está acessível a todo que a  busca.
Muitas pessoas em diferentes esferas de atuação humana transformam mentiras em verdades, sejam pessoais ou em seus campos de atividade, enganando se a si própria ou a outros.

A Bíblia diz que a verdade é a Palavra de Deus, que foi revelada em Jesus Cristo. Ela contém as verdades (agora no plural) que precisamos conhecer para vivermos uma vida adequada, justa e feliz.
Ela é  o medicamento perfeito para os que vivem dias ansiosos, tristes e deprimidos, para os que buscam descanso e consolo em meio a tanta tribulação e sofrimento. Essa Verdade não promete facilidades mas promete companhia diante das dificuldades.
Jesus, a verdade, trás uma promessa de que estará conosco todos os dias de nossas vidas, trabalhando  por nós para dissipar todo medo e desesperança que são próprios dos tempos ruins.

Você pode descansar nos braços de Jesus neste momento? Crê que ele está junto a ti dissipando tudo de ruim que está batalhando pela sua mente?

“Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais.”Jer.29:11

Existe uma promessa de que Deus fará sempre o melhor para nós, não importando o quanto sejamos maus, indignos, imerecedores, pois Ele através do sacrifício de  Jesus nos fez  dignos de viver uma vida abundante ao seu lado.

Creia em Jesus, na salvação de sua vida, tenha esperança no seu cuidado e consolo, viva a verdade de seu amor, deixe para trás tudo o que não é verdade, teorias, promessas vazias e apegue se a ele.

Que sejamos então “infectados” por essa esperança viva, essa verdade libertadora e com isso contagiemos a todos os que querem, buscam e precisam de consolo e paz.

Deus abençoe a todos!

Nelson Filho

quarta-feira, 15 de abril de 2020

A decisão correta








“E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.” (Tiago 1:5)

Como tomar decisões corretas e planejar em meio à indefinições?

É uma época de incertezas e muitos estão planejando estratégias de como passar por esse período, bem como a melhor atitude a ser tomada no presente.

Planejamento exige decisões cruciais das quais dependem nosso sucesso ou fracasso. Sem dúvida tomar qualquer decisão e fazer um planejamento neste momento de crise mundial  é muito complicado pois envolve questões sensíveis como saúde e sobrevivência financeira/alimentar. 
Por um lado você tem argumentos das autoridades e especialistas (politizados em seus discursos)  indicando uma atitude, de outro lado você tem uma contra argumentação gerando mais incertezas do que você naturalmente já tem.
O grande problema é que é muito difícil tomar qualquer decisão racional quando estamos apreensivos quanto ao futuro. O natural nesses momentos é que acompanhemos o pensamento de outras pessoas e tomemos nossas decisões baseados em fatores que não correspondem a nossa realidade.
Numa época de desinformação, fake news,  polarização política de ações “que visam resguardar" a sociedade; tomar decisões baseadas em fatos irreais podem nos levar ao erro. 
 Da mesma maneira não devemos tomar decisões por medo, intuição ou instinto pois estes não são bons conselheiros. Por fim; trilhar o caminho que outros escolheram pode não ser a melhor escolha para você.

Então o que fazer?

Orar pela decisão a ser tomada é a melhor iniciativa e caminho a seguir. Buscar a Deus em oração para a decisão naquele momento específico, sem planos a longo prazo para um futuro que somente a Ele pertence. “ O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor.”( Pv16:1)

Se a paz abundar seu coração, siga por aquele caminho sem medo de estar enganado, mas com confiança que a resposta veio do Senhor.

Reconhecer que Deus está em sua decisão, com toda a certeza será o melhor caminho a ser trilhado.

Que Deus abençoe nosso entendimento e decisões neste momento difícil que estamos passando. 


Nelson Filho



Tempo de redescobrir






O que a pandemia Covid-19  está nos alertando e questionando?


A marca mais evidente de nossa época é o individualismo. Na verdade, o individualismo está presente em nossa sociedade desde a proposta feita a Adão e Eva pela serpente astuta: “É assim que Deus disse: Não comereis der toda árvore do jardim? (…) É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal” (Gn 3.1-5).
A Bíblia, no entanto, ensina que os dois principais mandamentos são: amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos. Mas, se não amamos a Deus, como poderemos amar ao próximo? Se desconsiderarmos que Deus atua eficazmente em nossa vida, como poderemos imaginar que o próximo poderá nos ser útil numa vida em sociedade? A tendência portanto, é viver juntos – mesmo assim, as redes sociais, os edifícios de luxo e outras modernidades afastam uns dos outros,  “juntos mas totalmente separados”. O que interessa para Deus é a proximidade de propósito e a unidade de vida.
Quantas vezes você já foi capaz de dizer “eu preciso de você!”. Qual foi a última vez que você disse isso para sua esposa, seu esposo, seus filhos, um irmão ou uma irmã na igreja?
 A quem você recorre nos momentos em que precisa de consolo?
Deus determinou que cuidássemos uns dos outros. Vemos, amplamente, por toda a Bíblia, instruções acerca do cuidado mútuo.
Nós nos consideramos tão autossuficientes, que não vemos no outro um ponto de apoio e refúgio nos momentos de necessidade. Elevamos o “eu” como detentor de razões e soluções. Tornamo-nos individualistas. Achamos que podemos sempre resolver nossos problemas com nossos próprios meios, como se fosse possível renunciar a ajuda das pessoas que estão ao nosso redor.

O que a pandemia Covid-19  está nos alertando e questionando?

Precisamos aprender e crescer junto aos outros  se quisermos fazer a vontade de Deus.
Não fique esperando que outros tomem atitude, mas busque antes se relacionar com o próximo, pois como sociedade e igreja precisamos uns dos outros. 
Ninguém pode saber tudo e estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Muitos dizem que não gostam de se envolver porque não suportam "gente falsa e mentirosa". Eu também não gosto disso, mas não posso me apoiar nessa desculpa e deixar de me relacionar.
Vivemos em uma época de mudanças tecnológicas e do avanço na comunicação por meio da internet. As pessoas nunca tiveram tanto acesso à informação como hoje mas ao mesmo tempo, elas nunca se sentiram tão sozinhas e perdidas.
Por quê? Porque os tempos podem mudar, o acesso à informação pode melhorar a rotina, mas os nossos conflitos internos serão sempre os mesmos.
Passamos por lutas, perdas e dificuldades, devemos então entender que o que irá nos ajudar a superar tais desafios é o nosso relacionamento com Deus e com as pessoas. 

A questão do bom relacionamento entre os seres humanos é algo que sempre preocupou a Deus.
Encontramos em sua Palavra inúmeros preceitos regulamentadores das relações entre as pessoas. Basta lembrar que os quatro primeiros dos dez mandamentos se referem à relação do homem com Deus e os outros seis mandamentos se referem à relação do homem com seu semelhante. (Deut. 5:7:21).

John MacArthur Jr. enumerou algumas atitudes, que são apontadas na Bíblia e que devem fazer parte de nosso dia a dia na igreja:

1. Confessarmos nossos pecados uns aos outros (Tg 5.16).
2. Edificarmos uns aos outros (1Ts 5.11; Rm 14.19).
3. Levarmos as cargas uns dos outros (Gl 6.2).
4. Orarmos uns pelos outros (Tg 5.16).
5. Sermos benevolentes uns para com os outros (Ef 4.32).
6. Sujeitarmo-nos uns aos outros (Ef 5.21).
7. Sermos hospitaleiros uns com os outros (1Pe 4.9).
8. Servirmos uns aos outros (Gl 5.13; 1Pe 4.10).
9. Consolarmos uns aos outros (1Ts 4.18; 5.11).
10. Corrigirmos uns aos outros (Gl 6.1).
11. Perdoarmos uns aos outros (2Co 2.7; Ef 4.32; Cl 3.13).
12. Admoestarmos uns aos outros (Rm 15.14; Cl 3.16).
13. Instruirmos uns aos outros (Cl 3.16).
14. Exortarmos uns aos outros (Hb 3.13; 10.25).
15. Amar uns aos outros (Rm 13.8; 1Ts 3.12; 4.9; 1Pe 1.22; 1Jo 3.11,23;4.7,11).


Precisamos redescobrir o quanto precisamos um dos outros e de Deus

CONCLUSÃO
O nosso sucesso e possibilidade de crescimento como discípulos de Jesus Cristo, no lar, na igreja, trabalho, escola e na vida de modo geral, dependerá de termos um bom relacionamento interpessoal. O cristão deve manter um bom relacionamento não apenas com os seus, mas também com os de fora. Uma boa família ou boa igreja é aquela em que seus membros sabem desenvolver relacionamentos sadios. As ideias expostas podem ajudar-nos se estivermos dispostos a procurar entendê-las e praticá-las. Peçamos ao Senhor que nos ajude nesse sentido.
O Amor é uma relação dinâmica e sociável. O Amor é uma relação ativa e de sacrifício.
O Amor é uma relação abrangente.



José Roberto Sylvestre


quinta-feira, 26 de março de 2020

“Onde está Deus enquanto eu sofro?”











 “Onde está Deus enquanto eu sofro?”

Essa pergunta poderia ser também: "Onde está Deus em meio aos meus problemas" ou por que Deus não me ajuda", não me dá solução e por ai vai... São variantes da mesma questão principal: Não conseguirmos ver a ação de Deus em nossas vidas.

Se você se fez alguma destas perguntas provavelmente deve crer que Deus existe mas não agiu em seu favor quando precisou ou ainda precisa, ou questiona a si mesmo se Ele realmente existe.

 A verdade é uma só, crer em Deus não é uma garantia de que não teremos problemas e o inverso também é verdadeiro, não crer nEle também não é garantia de termos dificuldades pela descrença.

“Então porque acreditarei em Deus se Ele não me livra de problemas?”

Vou responder por mim mesmo; eu creio em Deus porque sei que Ele está comigo em meio as minhas dificuldades.

Existe a propagação de uma falsa ideia que diz que Deus te livrará de TODOS os seus problemas, isso é uma meia verdade porque Deus te livrará somente se e quando Ele assim o quiser. Deus é soberano, ninguém O obriga a agir. A única verdade incontestável é que ele Ele estará com você não importa quantos problemas tenha.

Nossa tendência humana, egoísta, alimentada por um falso evangelho material, quer sempre crer em um deus poderoso mas escravo, que nos serve em nossas necessidades. Quando isso não ocorre, nos rebelamos e duvidamos de Sua bondade.

“Se Deus é bom por que sofremos ou por que Ele não age?"

Quero dizer que crer nEle não garante saúde,  tranquilidade, segurança, prosperidade, solução imediata de problemas, em contrapartida garante cuidado, amor, compreensão mesmo nas piores situações. Como disse anteriormente, Ele é soberano e age de acordo com Sua vontade que é sempre boa, embora muitas vezes não compreendamos naquele momento de tribulação.

O sofrimento pode não ser um mal em si, o mal maior é crer que Deus nos abandonou diante dos problemas. Ele pode nos livrar das piores situações mas muitas vezes não nos livra por razões que somente Ele conhece.
Satanás utiliza se da nossa incredulidade de que Deus está no controle em nossos momentos ruins para fazer nos crer que Ele é injusto, mau e o pior, duvidar de Seu amor.
Muitos estão atrás do “deus” que dá , que faz, que abençoa, que cura, mas poucos estão querendo o Deus que ama, cuida, corrige, disciplina e faz crescer.

Num mundo egoísta onde só nós importamos, onde somos praticamente deuses de nós mesmos, crer em um Deus que não te dá o que você precisa (ou acha que precisa) é uma coisa muito chata e idiota.
Por isso crescem os números dos que se dizem ateus, desigrejados, decepcionados com o evangelho (material) pregados em certas igrejas. 

Deixa eu te perguntar: Se você soubesse que Deus te daria tudo que você pedisse qual seria o motivo para você ter fé?

Por acaso você precisaria de fé, não bastaria apenas pedir?

Claro que não, nossa fé é provada de varias maneiras, não só no ato de persistentemente pedir e esperar, mas também com provações e tribulações contrárias a nossa vontade que nos dão motivos para crescer um pouco mais. Quando eu peço, exercito minha fé e confiança em Deus, que Ele existe e é galardoador dos que os buscam (Hb 11:6)

Não compreender os motivos de nossos sofrimentos hoje, nos dá a oportunidade depositar nossa fé no Único que sabe os acontecimentos futuros, Deus. Crescemos quando depositamos nossa esperança na bondade e cuidados de Deus mesmo que não pareça que Ele está conosco.

Não devemos no basear pelas circunstâncias da vida, mas na crença que o amor de Deus é maior que tudo, até mesmo que a nossa falta de fé. Se passamos por desgostos e provações;  nEle  coloquemos nossos olhos e saibamos que a resposta virá no tempo certo, enquanto isso aproveitemos a oportunidade de amadurecer e crescer como Ele espera.

Respondendo objetivamente a questão inicial; "Onde Deus estava em meu sofrimento"?
Ele estava, está e estará com você, juntinho dizendo: "Eis que estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos" (Mt28:20)

Puxe uma cadeira e convide Jesus para sentar se ao seu lado, Ele é o melhor ouvinte de todos. Pode ser que você não obtenha a resposta imediata que precisa, mas com certeza Ele derramará paz em teu coração, você sairá mais fortalecido e apto a superar as intempéries da vida.


Creia!


Que Deus abençoe a todos nós!


Nelson Filho
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segunda-feira, 23 de março de 2020

Reflexão do fim do mundo







“Porque haverá então grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá.Se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém sobreviveria; mas, por causa dos eleitos, aqueles dias serão abreviados.” Mt 24:21

Muitos tem profetizado o fim dos tempos nesta pandemia e outros se apresentado como portadores de uma saída curativa através da fé onde Deus curará o mundo todo, ou que “a fé poupará todos os que crêem”, mas o que é verdade diante de tantos acontecimentos? O quarto selo foi realmente aberto?

As palavras proferidas pelo Senhor Jesus falam para mais de uma época, para o passado e para hoje, porém quero me concentrar no que dizem apenas para nós hoje, elas são bem claras e dizem que “nunca houve desde o principio”  e  “por causa dos eleitos os dias seriam abreviados porque senão ninguém sobreviveria”. Mesmo sendo muito grave nossa atual situação em relação essa pandemia, não consigo ver relação com esse versículo.
Muitas pessoas estão se curando do coronavirus / COVID19 embora a imprensa só dê ênfase em números de quem contraí a doença e morre, pouco se fala dos números de pessoas que se recuperaram, pois a mídia com algumas exceções vive de noticias ruins. 
Voltando no tempo e na história, houveram doenças piores que essa; a peste negra onde quase metade da Europa foi dizimada; na época estima-se entre 100 e 200 milhões. Mais recentemente a gripe espanhola, estimada em mais de 50 milhões de mortos em volta do globo. Então se nessa crise de saúde mundial os números são verdadeiros e 95% ou mais se recupera, não é essa a referência que Jesus faz. Não podemos distorcer os fatos atuais para fazer caber projeções do apocalipse. Pelo menos neste exato momento ninguém sabe se é o começo do fim do mundo, ninguém. Você vê ou ouve teorias e teorias sobre o que deve se ou não fazer, também observa que nenhum líder mundial sabe exatamente como lidar com essa crise, cada hora dizendo uma coisa, mudando a todo momento, mas existe uma certeza: Do futuro cuidará Deus, essa é grande certeza que temos!

Mas então, como lidar sensatamente com estes acontecimentos?

Creio que  diante de tantos males, que além das perdas de preciosas vidas humanas, de uma provável crise financeira social mundial que virá em decorrência disto, temos uma oportunidade para crescermos espiritualmente em maturidade, amor, compaixão e benignidade.
Não dá para evitar nem a dor e nem o sofrimento em tempo algum, seja com essa pandemia ou sem ela pois eventos catastróficos alheios a nossa vontade sempre existirão, não se engane, é bíblico, as coisas não ficarão melhores mesmo que essa pandemia passe, por isso temos que nos preparar espiritualmente, quando tudo passar o mundo não será o mesmo.

O que acontecendo extremamente grave, não é apenas uma “gripezinha”....Não, de modo algum não é uma “gripezinha,” é uma doença grave e exige um enfrentamento com muita responsabilidade para cumprirmos todos os protocolos estipulados pelas autoridades, exige também coragem, pé no chão e fé para superamos tudo que vem por aí.

Nesse momento em que muitos de nós conscientes da gravidade extrema que passamos, em que estamos em grande parte do tempo em quarentena dentro de nossas casas, saindo apenas o necessário para comprar alimentos e necessidades básicas, aproveitemos o tempo para aprender e crescer nesse ambiente de confinamento, transformando nossos lares em um santuário pessoal onde mudaremos nossos corações e mentes.

É uma oportunidade de olhar para cima, para Deus e para dentro de nós e se nesse momento não encontrarmos Jesus, que haja conversão para que salvos pelo Seu amor e cheios de Sua graça, possamos então olhar para o próximo que sofre e que o amemos como Jesus nos pediu, ou seja, como a nós mesmos.
Chegou a hora de orar pela conversão do mundo, interceder, clamar por todos os povos línguas e raças; sejam italianos, espanhóis, alemães, franceses, indianos, japoneses, norte americanos e latinos, inclua se países africanos, norte coreanos que não sabemos como estão passando, enfim; todos os povos que seria difícil nominar nesse momento, povos de todos os continentes, independente de sua política ou crença religiosa, o ser humano precisa encontrar se com Jesus, não pela religião mas pela fé verdadeira que traz a redenção.

“Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças; E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.”Fp 4:6-7


Deus está falando com você e comigo.

O que Ele está lhe dizendo?

Realmente eu não sei o que Ele está lhe dizendo porque Ele diz coisas diferentes para você e pra mim.

Mas eu posso lhe dar um conselho sem medo de errar; ore pela salvação dos homens em Cristo Jesus, clame, peça não só por você, mas pelo  próximo e pelo que está longe, dos que temos noticias e dos que não temos, pelo governante sensato para que ele continue com sua sensatez e pelo insensato para que ele volte a lucidez e seja sábio.

Creio que Deus está mudando vidas de pessoas que não tinham tempo para buscá-Lo.

Creio que Deus quer mudar você eu.

Não se preocupe se Ele não mudar o mundo depois disto tudo, basta que Ele mude o seu mundo, aquele que está dentro de seu coração.

Que Deus derrame sua misericórdia sobre todos nós!


Nelson Filho

quarta-feira, 18 de março de 2020

Para quem você abrirá a porta?





  "Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo." Ap.3:20


Ninguém quer morrer, isso é um fato....Ou será que alguém que me lê agora gostaria de morrer?
O que deixa todos preocupados com o vírus COVID19 é que ele pode matar qualquer um a qualquer momento e existem poucas maneiras eficazes de escapar dele.

A morte pode levar qualquer pessoa seja de ataque cardíaco, AVC, câncer, cólera, febre amarela, dengue, atropelado ou em acidentes de carro, enfim de maneiras mais variadas. Ninguém se preocupa muito com isso quando vê estas noticias na TV porque a fração de cada tipo de morte é muito pequena se comparada com o que está acontecendo nesta epidemia. Esse vírus é demasiadamente contagioso, não temos imunidade natural a ele que nos coloca todos em um estado de insegurança tal, onde ninguém está 100% seguro.

Como eu já havia escrito anteriormente levando uma palavra de esperança e reflexão contra o pânico instalado no mundo, agora sinto me impelido e na obrigação de fazer um alerta.
Não é o tipo de reflexão que eu costumo trazer a este humilde blog, não mesmo, eu gostaria de falar de bênçãos maravilhosas, do poder de Deus, bondade, misericórdia, palavras que trazem esperança, mas hoje eu não posso, não consigo dizer nada menos do que está nesta reflexão de confrontamento. 

Não que o que diga logo a seguir não seja uma bênção para muitos pois falo de vida eterna, mas o que eu digo e proponho exige comprometimento pois se alguém, uma pessoa crê realmente em Deus, em Jesus, as implicações disto devem ser seguidas à risca.

Em uma conversa com um amigo ele me disse uma coisa bastante interessante e verdadeira, algo que falou diretamente ao meu coração: "Deus está derramando sua misericórdia nestes últimos tempos antes do final".

Também creio nisso, que o Senhor está provendo uma oportunidade para muitos durante essa epidemia, a pergunta é; Quantos irão aproveitar essa oportunidade?

Não sei realmente, Deus o sabe, porém surge aí uma outra questão; qual é o grande motivo do temor humano neste momento, o medo da morte? Se a resposta é sim, talvez seja a hora de revermos nosso posicionamento e crença em Jesus.

Cremos nele, Jesus como único e suficiente salvador?
Cremos em seu sacrifício na cruz?
Estamos dispostos a segui-lo?
Queremos ter uma vida eterna a seu lado ou apenas uma vida física findável nesta  terra? 

Tudo aqui passa e muito rápido, porém Jesus nos oferece uma possibilidade de vida ilimitada ao seu lado, basta para isso crermos nEle e em seu sacrifício a favor de nós.

Você tem “olho mágico” na porta de sua casa? Se não tiver não tem problema, apenas abra uma pequena fresta e veja quem está batendo antes de atender. 

Por que eu digo isso?

Digo isso por que morte está batendo à porta da humanidade, não apenas a morte física mas a morte eterna que conduz a perdição está batendo à porta hoje, na verdade sempre esteve embora talvez você nunca tivesse prestado muito a atenção. Por outro lado, Jesus também está igualmente batendo à porta, querendo dar vida em abundância e eterna.

Para quem você abrirá a porta?

Que você possa fazer a melhor escolha de sua vida, pois ela será eterna.


Nelson Filho


terça-feira, 17 de março de 2020

Incertezas à frente





“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.
Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares.
Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.” Salmos 46:1-3

Vivemos um tempo de uma assustadora pandemia de coronavírus, o COVID19. Pandemia esta que está abalando os alicerces do mundo, um verdadeiro caos a nossa volta trazendo medo, histeria coletiva em grupos de whatsapp com fake news e incertezas (naturais) para complicar tudo.
O mundo está literalmente parado, aeroportos e fronteiras fechadas, hospitais lotados, pessoas morrendo, e outras que ainda tem saúde; apavoradas, desorientadas e ansiosas  buscando incessantemente respostas que não chegam.
Muitos estão realmente desesperados e isso acontece porque são nesses momentos em que nos deparamos com uma situação de incertezas, percebemos não ter o controle de nada, incapazes; não podemos mudar a realidade, nossa ação ativa é muito pequena e limitada, nossa falta de controle sobre o que nos aflige nos assusta.
Entretanto existe algo que podemos fazer para mantermos nossa paz e enfrentarmos essa situação?
Medo beirando a histeria? Não, uma pessoa que crê em Deus não deve temer mas ao mesmo tempo deve ser “prudente como a serpente” não desprezando todo bom conselho das autoridades. Isso não se trata de falta de fé, mas de sensatez.

Então seguem algumas recomendações  para que possamos enfrentar essa crise.

Em primeiro lugar eu diria que devemos seguir rigorosamente a risca  todas as instruções que as autoridades sugerem e estabelecem, por mais que isso possa parecer insuficiente para alguns, para muitos outros cristãos mais “fundamentalistas” é um atestado de falta de fé, porém esta é a atitude proativa e diligente que podemos tomar neste momento. Não é falta de fé sermos prudentes, é sinal de sabedoria.

A segunda  coisa que eu gostaria de sugerir e que como eu disse antes, façamos o que nos é pedido e não temamos com a fé focada exclusivamente em Deus. O que está acontecendo nesse momento está fora de nosso controle, porém está debaixo da soberania de Deus, poderoso sobre todas as coisas que ocorrem neste mundo;

 “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazer?” (Dn 4.35).

Portanto estamos debaixo do controle de Deus, sob sua soberana vontade e autoridade. Nada está além de seu poder, controle e vontade. Obviamente como muitas coisas que ocorrem na vida do homem natural, não entendemos o “por quê” mas devemos firmemente olhar para Deus. Devemos também buscar paz e conforto para nossos corações deixando de lado questões irrelevantes ou motivos pelo qual a humanidade e nós mesmos estamos passando por isso. Essa paz em meio a insegurança encontramos apenas em Deus.

A terceira coisa que eu gostaria de dizer; esse é o momento e a oportunidade de revermos nossos conceitos, analisarmos se o caminho que estamos seguindo nos afasta de Deus ou se precisamos de uma conversão que nos coloque debaixo de suas asas de proteção e amor.
É o momento de nos entregarmos a Ele e clamarmos por sua proteção, cuidados e transformação.
É o momento de cura da alma e quebrantamento, de compreendermos nossa frágil e limitada existência como seres humanos.
É o momento de ouvirmos a Sua voz que fala através de acontecimentos que não compreendemos mas aos quais pela fé sabemos que Ele tem o controle total.
É o momento de uma profunda reflexão interna e de entrega incondicional com confiança no poder e amor de Deus. Fazendo isso vc fica menos suscetível ansiedade. 

Não busque informações e noticias em excesso, isso pode ser muito prejudicial se vc já tem um certo grau de ansiedade, informe se o suficiente até o ponto em que isso não te afete. Saia de grupos e mídias sociais que só tem esta temática. Aproveite seu tempo livre em casa para ler, ouvir musicas e fazer simples exercícios respiratórios, ore a Deus e peça lhe paz!

Para concluir, uma palavra de consolo; este é o momento de acreditarmos, de termos plena fé na bondade, nos cuidados, misericórdia e amor de Deus por nossas vidas, de cremos pela fé que; 22 A bondade do Senhor é a razão de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; (Lam 3:22)

Creia, não tema, não deixe que o pânico e o medo tomem conta de seu coração, não seja afetado por algo que está fora de seu controle:

“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.
Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares.
Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.” Salmos 46:1-3

Somente Deus pode nos dar paz e conforto nessa hora. Somente Ele tem esse poder e a resposta espiritual incompreensível que pode transbordar nossos corações com a paz que excede todo o entendimento humano. Tenha fé, ore e “Sede fortes e corajosos; Ele fortalecerá o vosso ser, vós todos os que confiam e esperam no Senhor!” Salmos 31:24 

Recapitulando; Obedeça as autoridades, pense no próximo, fuja da histeria e fake news, não entre em pânico, ore e busque a Deus. Por mais complicado que pareça; mantenha sua mente com confiança em Deus, a paz Ele te trará.


Deus abençoe a todos nós!

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domingo, 24 de novembro de 2019

Jesus me proibiu de pensar











 



Na verdade não foi bem uma proibição, (pois Deus não proíbe ninguém  de nada) foi um conselho mas eu prefiro dizer que foi uma proibição, minha mente de criança teimosa muitas vezes só entende a linguagem do Pai se for uma proibição...

Deixo você decidir então se isso foi uma proibição ou conselho e se ambas opções para você parecem insólitas; afirmo de antemão que é verdade. 

Penso que isso se deve ao fato de  que meus pensamentos transformados em maquinações são reflexos da minha carne, dos meus desejos humanos e egoístas que muitas vezes levam a mim e a outros a destruição, desejos esses que sempre nascem nesses pensamentos. 

Ele me proibiu de pensar porque a minha limitação humana finita e racional impede que eu O compreenda em Sua vontade que é sempre boa por mais que não pareça.
Ele me proibiu de pensar "porque os seus caminhos são mais altos que os meus caminhos e os seus pensamentos mais altos que os meus pensamentos".

Ele me proibiu de pensar mas me deu uma tremenda compensação, deixou que eu entregasse minha vida e confiasse plenamente nEle, e também me prometeu; "com alegria saireis, e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cântico diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas.”

 

Paz e Bem, Deus abençoe a todos!

https://www.instagram.com/nelson_j_filho/

Nelson Filho

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

"Não toqueis nos meus ungidos" (Somos todos ungidos)





Depois da trágica morte do jornalista Boechat, muitos evangélicos e sites tem atribuído o grave acidente que o mesmo sofreu e o levou a morte, ao fato do desentendimento que ele teve com um importante líder religioso no passado. 

Por que  muitos crentes pensam desta maneira?

É ensinado em muitas denominações evangélicas pentecostais, neopentescostais o significado de  “Não toqueis nos meus ungidos” (Salmos 105:15) como não toqueis nos meus pastores.
O "sacerdócio" especial dos pastores  acima de todos os outros homens, sejam ou não salvos.
Um absurdo, como se os pastores atuais fossem reis e sacerdotes do tempo da antiga aliança que não podem ser confrontados, tocados ou contrariados.
“Não toqueis nos meus ungidos” era uma referencia aos patriarcas, profetas, sacerdotes e reis que sempre foram ungidos, não se trata de uma referencia a classe eclesiástica que existe hoje embora muitos pastores o preguem desta maneira.

Mas o que seria então a unção dos pastores atuais; sua consagração ao pastorado não seria uma unção sacerdotal especial? Essa consagração não teria o mesmo valor de uma unção que daria o poder de ser intocável?

Antes, aproveitando a oportunidade e economizando um post; vou ligar os dois assuntos  com uma pequena explicação do que são os dons e cargos dados a igreja neotestamentária e o que é exatamente a pratica do pastorado.
Vejamos, primeiramente qual é a definição mais simples de um pastor?
Um pastor é uma pessoa, um homem que recebeu de Deus um dom para cuidar do rebanho do Senhor.  Isso é um pastor segundo a Bíblia.
Esse dom não foi impetrado por imposição de mãos, por ter feito um curso teológico, ou por ter muita sabedoria. Esse dom foi dado por Deus não pelo que ele fez, estudou ou porque outros disseram que ele tinha esse dom e assim confirmaram impondo lhe as mãos, esse dom foi dado pela vontade soberana de Deus.
"E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores" Efésios 4:11

Da mesma maneira que os evangelistas, doutores ou mestres são dons dados por Deus, obviamente as atribuições de um pastor "ungido" são diferentes destes outros dons, embora a maioria dos pastores não faça nem ideia disso.

O que eles devem então fazer como atributo principal, pregar?

Não, um pastor deve pastorear... Aliás é preciso que se saiba que um pastor não é necessariamente  um pregador e o inverso também é verdadeiro, um pregador não é necessariamente um pastor. Existem excelentes pastores que são péssimos pregadores. Importante que se diga, existem também homens que se denominam pastores, por vezes com muitos títulos extras tais como: Reverendo, (digno de ser reverenciado) conferencistas, doutores (homens com notório saber sobre determinado assunto) , bispos e até apóstolos; esses no entanto não fazem nenhuma visita de pastoreio a uma família do rebanho em um ano. Será que isso é realmente a atitude de um servo, um pastor verdadeiramente vocacionado? Imaginem o trabalho dos apóstolos, fugindo de perseguições, entrando e saindo das cadeias, andando sem carro, (Nem busão ou metrô tinha, que dureza!) ainda visitavam, ensinavam, curavam pessoas, exerciam muitos dons simultaneamente e o mais interessante é que aparentemente tinham tempo até para trabalhar! E já que falei de trabalho é bom que se esclareça, Paulo trabalhava e sustentava outros que seguiam na obra com ele. Aliás, essa é uma parte da Bíblia que poucos pastores profissionais pregarão:
"Não cobicei a prata nem o ouro nem as roupas de ninguém.
Vocês mesmos sabem que estas minhas mãos supriram minhas necessidades e as de meus companheiros.
Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: ‘Há maior felicidade em dar do que em receber’
"

Pregação sobre essa passagem provavelmente você também não vai ouvir: 
"Pois vocês mesmos sabem como devem seguir o nosso exemplo, porque não vivemos ociosamente quando estivemos entre vocês,
nem comemos coisa alguma à custa de ninguém. Pelo contrário, trabalhamos arduamente e com fadiga, dia e noite, para não sermos pesados a nenhum de vocês,
não por que não tivéssemos tal direito, mas para que nos tornássemos um modelo para ser imitado por vocês.
Quando ainda estávamos com vocês, nós lhes ordenamos isto: se alguém não quiser trabalhar, também não coma". 2 Tessalonicenses 3:7-10


Não estou contudo dizendo que não possam haver irmãos exercendo esse dom em tempo integral e recebendo um sustento, uma ajuda por estar trabalhando na obra, porém biblicamente não existe a "profissão" de pastor. Junto de Paulo haviam irmãos que não trabalhavam e ele os sustentava. Uma congregação, irmãos podem sustentar um pastor desde que isso não lhes seja pesado. Conheci um pastor de uma congregação pequena com poucos recursos que revoltava se pelo fato de ter que trabalhar pois os irmãos não tinham rendimentos suficientes para sustentar a ele, seus vários filhos e esposa.

Voltando um pouco para não perder o foco; trabalhar não era empecilho para que aqueles servos estivessem em comunhão e pastoreando e exercendo seus dons com o rebanho do Senhor.

Pois vocês mesmos sabem como devem seguir o nosso exemplo, porque não vivemos ociosamente quando estivemos entre vocês,
nem comemos coisa alguma à custa de ninguém. Pelo contrário, trabalhamos arduamente e com fadiga, dia e noite, para não sermos pesados a nenhum de vocês,
não por que não tivéssemos tal direito, mas para que nos tornássemos um modelo para ser imitado por vocês.
Quando ainda estávamos com vocês, nós lhes ordenamos isto: se alguém não quiser trabalhar, também não coma.

2 Tessalonicenses 3:7-10
Para um pastor te visitar nos dias atuais, pode ser muito demorado mesmo com todas as facilidades da vida moderna, é um contra senso para alguém que deveria cuidar do rebanho de Deus. Conheci certa vez um pastor que atendia apenas em seu gabinete com hora marcada. Minha tia a beira da morte com um câncer terminal gostaria de uma vista deste ou outro pastor mas não houve agenda. Infelizmente não foi possível ela receber uma visita pastoral, ainda em sua casa, nós a visitamos e ela nos contou de seu sonho com um "homem reluzente de branco", oramos juntos, terminamos a visita e no dia seguinte ela foi ter com Ele. Por motivos que somente ela acreditava, era importante ter a visita de um pastor formal e uma oração. Nessa época eu não tinha essa visão de ministério que tenho hoje mas acabei fazendo o trabalho que fui compreender somente tempos depois.


Então; essencialmente para ser um pastor, tem que pastorear, biblicamente falando; não é a função do pastor autocraticamente  dirigir ou administrar uma congregação. Muitas vezes nem ensinar, pois estes que ensinam deverão ser os mestres ou presbíteros, anciões e se pastor; desde que com dons de mestre.

Uma pequena reflexão; uma igreja de 300 membros onde se multiplica exponencialmente esse número através das famílias representadas por trás de cada membro, pode ter apenas um pastor atendendo, aconselhando, cuidando das feridas, tirando carrapicho, passando óleo em todos? Aquele que prega no púlpito é realmente um pastor no sentido bíblico ou é um cargo? Se a resposta for "é um cargo", qual é a real unção e dom que ele exerce?

Um pastor não é um cargo, não é uma profissão de carteira profissional assinada, também não é um título de honra dado por mãos humanas, como dito antes, um pastor antes de tudo é aquele que cuida e dá sua vida pelo rebanho. ( Bem, pelo menos biblicamente deveria ser) Aquele que fica pregando no púlpito na maior parte das vezes é o pregador, a não ser que ele assuma as atribuições de seu dom e pastoreie, poderá ser também o pastor. Para ser um pastor também é necessário que ele seja assim reconhecido por suas ovelhas, então um pastor de outro rebanho pode não ser reconhecido como um pastor por todas as ovelhas nesse atual sistema clerical, quando na verdade não importa onde tal homem esteja, se ele tem esse dom, se exerce esse dom, ele será pastor em qualquer lugar.

Qual é a  autoridade ou de onde vem permissão especial para que apenas alguns poucos seres especiais possam ocupar o ministério pastoral ou da pregação Palavra de Deus? Vem do próprio Deus ou dos homens? Paulo ensina  que quando os crentes estão reunidos cada um deve ter a liberdade de participar conforme o Senhor permite pelo seu Espírito:
"Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados." 1 Coríntios 14:26-31

Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.

1 Coríntios 14:26
Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.

1 Coríntios 14:26
Então; quanto a questão da "sagrada" unção; Qual é o valor da imposição de mãos impetrando a unção de um pastor ou um grupo de pseudo pastores, ladrões, pilantras e enganadores? Acho que eu fui longe demais, né? Vou reformular a pergunta, qual é o valor da imposição de mãos de homens comuns que nada tem a ver com os apóstolos? Nenhuma. A imposição de mãos, a cobertura espiritual a “unção” de um homem ou um grupo de homens (sabe se lá de que índole) tornando outros homens em apóstolos, pastores bispos, duques, jacarés ou ilusionistas; é meramente uma formalidade que nada tem a ver com o que a Bíblia diz.
 "A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro." 1 Timóteo 5:22
Muito diferente do que parece, não se está advertindo sobre uma ação física e sim sobre uma ação de conceitos, cuidados e critérios para quem impetra as mãos sobre outrem. Aqueles que sem critério concedem bênçãos, apoio ou unção a outros, seja com ou sem as mãos são participantes e cúmplices dos mesmos pecados caso eles existam. A imposição de mãos e a unção não tem poder si mesma, tem valor zero, e pode até mesmo contaminar quem o faz,  não existe uma transferência de poder miraculoso, não transforma ninguém em sacerdote. Os dons são dados exclusivamente por Deus de acordo com sua Palavra, então a unção vem dEle e independe da vontade ou unção humana. Outra questão para refletir, todos esses pastores que temos por ai, são mesmo chamados por Deus?

Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei: Tito 1:5

A ordem direta de Paulo foi que Tito estabelecesse presbíteros, são eles que devem zelar pelo rebanho colocar ordem na congregação.

“Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade.
Pois, se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus? 1 Timóteo 3:4,5

Porém os apóstolos não estão mais vivos então quem levanta hoje um pastor ou presbítero é a vontade de Deus e não do homem. Esse poder é delegado pela assembleia que reconhece nestes irmãos seu trabalho e disposição para a obra, e em comum acordo ("se dois ou três concordassem na terra a respeito de algo aquilo seria estabelecido no céu") estabelece se assim a direção da assembléia por estes agora presbíteros. Obviamente estes irmãos não são de forma alguma estabelecidos ou comissionado por outros pastores, eleições, seminários ou denominações, mas apenas por Deus e confirmado em concordância pela assembléia da igreja e para a direção da igreja.

Estando claro a principio que  os presbíteros ou anciãos são os que devem zelar pela igreja, ( a menos que Deus especificamente chame), são cargos instituídos onde não se faz necessário o dom mas atributos morais irrepreensíveis como os relatados em Tito 1:6-9. Estes presbíteros poderão também ter dons de evangelismo, pastoral ou mestres mas não necessariamente. Em suma, o presbitério e anciões são coisas independentes do chamado pastoral, evangelístico ou de mestre. Os pastores não são os responsáveis pela administração ou outras atividades autocráticas na igreja. Não são, esse não é o modelo bíblico.

"Não toqueis nos meus ungidos."
Tendo explanado um pouco sobre dons e cargos, voltamos a questão inicial onde entende se que a unção de pastores hoje é subjetiva no sentido em que aquele que é ungido para tal, cumpre apenas um ritual simbólico que muitas vezes não tem a relação direta com o dom do chamado de Deus. Ele, o pastor não tem um poder sobrenatural devido a sua unção, ele não é um profeta, não tem poder de lançar ou ameaçar com maldição a outros que o desagradem, embora infelizmente alguns até o façam.

Infelizmente usa se atualmente os dons que Deus porventura concedeu para fazer distinção e rebaixamento dos crentes sem os dons citados em Efésios. Eles são leigos e clérigos. Vc já leu essas palavras na Bíblia? Não? Pois é, mas no nosso "mundo real" elas existem para fazerem distinção daqueles que comandam, que detém o poder...
Já leu no no boletim de sua igreja os nomes de quem compõe a liderança?  Provavelmente já. Os nomes vem precedidos de um cargo, título ou um dom? Ou está escrito lá, liderança: Deus, Jesus e Espírito Santo? Não? Pois é, infelizmente não está...

Para vc compreender melhor, os clérigos inicialmente eram membros da Igreja Católica Romana, são os bispos, padres, arcebispos, cardeais, papa. Os leigos são todos os que seguem o cristianismo romano, as pessoas que frequentam as missas e que não possuem cargos algum. Espere, na sua igreja evangélica, reformada protestante, ou sei lá qual; também tem um pastor que comanda sozinho monocraticamente a congregação? São divididos entre leigos e clérigos? Não reconhece o sacerdócio universal de todos os crentes sem separá-los entre ministros e membros? Ah; saiba então que esse modelo é exatamente o mesmo da igreja católica (que muitos pastores hipócritas combatem). Faça um teste, se vc tiver embasamento bíblico; quando o pastor estiver pregando algo que vc julga antibíblico; educadamente e ordeiramente peça a palavra conteste o que está errado, se ele não te expulsar (ou coisa pior) talvez sua igreja tenha uma chance de estar no caminho certo.

Infelizmente também, "o orgulho" enganou e cegou o homem...As próprias palavras “pastor, evangelista, mestre, doutor" do modo que são usadas hoje, ou seja, como um título, tem o intuito de separar os pseudos lideres dos leigos e conferir lhes poder além dos demais homens cristãos, coisa que não existia nos tempos da igreja primitiva. Naquela época não existia "leigo e clérigo", nos dias atuais isso é uma herança da igreja católica adotada pelos evangélicos reformados e posteriormente por quase todas as denominações religiosas institucionais.

Incrivelmente embora poucos saibam (e os que sabem atualmente pouco estão ligando) Lutero era contra esse modelo, se visitasse uma igreja moderna  provavelmente ficaria decepcionado. Muito de tudo que ele tentou construir ou mudar se perdeu, ele disse:

“Todos os cristãos são em verdade de estado eclesiástico e entre eles não há distinção, se não somente por causa do ministério, como Paulo diz que todos somos um corpo, mas que cada membro tem sua função própria com a qual serve aos demais. Isso resulta do fato de que temos um só batismo, um Evangelho, uma fé e somos cristãos iguais, visto que o batismo, o Evangelho e a fé por si sós tornam eclesiástico ao povo cristão”.

Concluindo, a humana unção pastoral de um homem não lhe dá super poderes nem os torna patriarcas da velha aliança. Não os torna apóstolos também. Isso é invencionismo de homens orgulhosos. Igrejas tidas como tradicionais combatem veementemente o apostolado dos dias atuais porém mantém seu modelo eclesiástico baseado no catolicismo romano que Lutero combateu, estas igrejas esqueceram se de Mateus 7:4:
Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?  Mateus 7:4

 É o típico caso do "esfarrapado falando do maltrapilho".

E as muitas outras esquecem se desta passagem;
“E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles.
Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples.
Quanto à vossa obediência, é ela conhecida de todos. Comprazo-me, pois, em vós; e quero que sejais sábios no bem, mas simples no mal.” Romanos16:17-19

A intenção desta meditação não é ferir a imagem de homens verdadeiramente de Deus. Esse texto não cabe a eles que levam os dons dados por Deus a sério; a intenção é mostrar que muitos dos que se julgam pastores tem se aproveitado do rebanho de Deus visando através do medo, ameaças, maldições e falsas promessas, obter vantagens financeiras, regalias e poder acima de todos os outros cristãos.

"E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita. 2 Pedro 2:1-3"

O cargo, dom pastoral, ministerial ou qualquer outro dom ou cargo não torna um homem, intocável, invulnerável mediador do bem e do mal, administrador, retentor de bênçãos espirituais e lançador de maldição a quem não os obedece.
Invariavelmente quando alguém os questiona ou contraria seus ensinamentos ouve se esse versículo com o intuito de amedrontar; "Não toqueis nos meus ungidos"
Embora muitos pastores usem esses artifícios para prender e ameaçar crentes em suas igrejas, isso nada tem de bíblico além de uma imensa distorção do real chamado de Deus.
Não permita que falsos pastores te intimidem com o “não toquei em meus ungidos” para evitar que você exponha a verdade bíblica ou aponte lhe os erros segundo a Palavra de Deus.
Reagir a esses falsos ensinamentos, isso sim é que ter unção e discernimento da verdade.

 

Paz e Bem, Deus abençoe a todos!

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Nelson Filho