Tudo começa com um “bom dia”!
“O coração ansioso deprime o homem, mas uma palavra bondosa o anima” (Provérbios 12:25).
O
filósofo Alasdair MacIntyre disse que "temos em nós conceitos de
moralidade, virtude, honra e bondade, mas já não temos um sistema que os
conecte". Tenho que concordar em parte; realmente, não temos um sistema
de conexão implícito em nossa alma. No entanto, ele pode ser
desenvolvido por nossa vontade e consciência, transformando nosso
caráter, desde que tomemos consciência disso.
Fazer a diferença
no mundo e ao próximo com o objetivo de receber uma recompensa futura
não é virtude, mas sim esperteza de quem busca pagamento por sua
atitude. A verdadeira virtude está em fazer o bem desinteressadamente.
Jesus
questionou: “Que mérito há em amar quem te ama?” O mérito está em amar
quem te odeia. Jesus, como Deus, conhece nossa incapacidade de amar
aqueles que muitas vezes se opõem até à nossa existência.
Porém,
se o problema fosse apenas amar os inimigos, teríamos uma desculpa: “Ele
é mau, ruim, não gosta de mim, me despreza, etc.”. As coisas realmente
pesam e o “nosso eu” se aflora quando não conseguimos sequer dar um
simples “bom dia” a uma pessoa que passa por nós; sejam funcionários da
nossa empresa ou colegas de trabalho. É uma atitude simples e gratuita,
mas que demonstra um desejo sincero de que aquele que passa tenha
realmente um bom dia.
Quantas vezes perguntamos “tudo bem?” e realmente prestamos atenção na resposta, iniciando um diálogo?
Isso
não deve ser uma atitude mecânica, ou apenas um traço de educação e
caráter, mas sim uma disposição enraizada em nossos corações; não um
hábito, mas uma preocupação genuína.
Quem faz coisas simples
assim com sinceridade também se preocupa com outros valores, atitudes e
interesses que podem ajudar outras pessoas. Se ainda não tem essa
preocupação, uma vez que comece e isso estiver arraigado em sua mente e
ser, você mudará e fará coisas muito maiores que abençoarão os menos
favorecidos e necessitados. Isso pode começar com um simples e sincero
“bom dia” e evoluir para outras atitudes muito maiores.
Muitos
diriam: “Tenho muitos problemas para me preocupar com os outros. Como
dar um bom dia com sinceridade se tenho tido dias péssimos?”
E eu pergunto: quem não tem? E afirmo: nossa sinceridade não depende de nossa realidade, mas do desejo que vem da alma.
O
fato é que o egoísmo e o “eu” não nos farão viver melhor e mais
felizes, nem por mais tempo. No entanto, a generosidade, bondade e
gentileza desinteressada invariavelmente nos farão viver muito melhor.
Como queremos viver?
Palavras são como espelhos, refletem o que há em nós. O que você quer ver no espelho?
Que Deus lhe abençoe ricamente!
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Nelson Filho
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