quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Preparando se para frutificar













Muito tem se falado na Igreja sobre necessidade de uma vida frutífera que alcança o mundo; da figueira e seus frutos, de como devemos frutificar sendo partes integrantes de Cristo.

Porém eu acredito que existe uma inversão na ordem das coisas, não haverá semeadura com posterior colheita se não houver antes um verdadeiro avivamento e um crescimento.

Como pode uma planta seca ou quase morta dar frutos?

Aquele que está quase morto, que precisa ser reanimado, reavivado, não consegue respirar o suficiente para manter se vivo, como pode frutificar?

Deve haver sim uma frutificação como galhos arraigados em Cristo, porém é necessário antes reviver, reanimar se para que o mundo externo possa usufruir, alcançar algo que pode começar somente através do Espírito Santo, da compreensão da Palavra de Deus e comunhão com Cristo.

Conheço, conheci pessoas que estavam tristes por não frutificarem, não darem os frutos que Jesus espera, pessoas com o desejo genuíno de servir, fazer, colher, porém não reconheceram em si mesmas que lhes faltava um avivamento e crescimento para poderem dar frutos. Pessoas assíduas nas atividades da congregação que pensavam erroneamente que por irem ao templo, escola dominical, palestras e envolverem se na obra; logo dariam frutos. Elas não compreenderam que a igreja não ensina, a igreja aprende!
Isso mesmo, a igreja aprende, é edificada, cresce em maturidade através do Espírito que fala pela Palavra por pessoas ao quais apenas Jesus separou para essa obra:   

"E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;
Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo" Efésios 4:11-13


E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;
Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,

Efésios 4:11-13
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;
Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,

Efésios 4:11-13
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;
Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,

Efésios 4:11-
Nenhuma igreja cresce sem que haja membros avivados, preparados pelo Espírito Santo (não confundir com animados) pois para frutificar antes é preciso estar vivo, com a seiva vital  fluindo a nos ramos e antes disso ainda, ter o porte adequado para que se sustente os frutos. 

Nenhuma igreja cresce sem compreender os conceitos básicos do Evangelho; sua essência. ("verdade em amor cuja a cabeça é Cristo")
Exigir trabalho para alguém que não consegue sequer amar ou perdoar o próximo, é tirar desta pessoa uma obra sem valor em si mesma. "A fé sem obras é morta" mas a obra sem amor é o que?

Irmãos com ira ou ressentimento de outros irmãos fazendo a obra de Deus...Faz sentido pra vc?

Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,

Efésios 4:15
Para frutificar é necessário ainda que a planta seca seja cuidada adequadamente com amor e zelo; capacitada pelo Agricultor. 
Uma planta semi morta, sem cuidados ou não crescida o suficientemente; que não esteja capacitada pela natureza a dar frutos jamais fará isso; “Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento".1Co3:16

Usando uma frase que eu disse tempos atrás volto a repetir; Não é possível uma igreja local alcançar o mundo perdido sendo ela própria perdida em si mesma.
É necessário crescimento e discernimento espiritual para compreendermos, aceitarmos e realizarmos o chamado de Deus para nós e o mundo.
 
Concluindo, nenhuma planta que não tenha sido cuidada, regada, adubada e tenha crescido é apta a frutificar. Por outro lado, nada pode impedir uma planta crescida e saudável dar os frutos a seu tempo, isso é um fato.

O primeiro passo para os que buscam ou tem o desejo de dar frutos para o Reino de Deus é avivar se e crescer em Cristo, os frutos serão a consequência do agir do Espírito em nossas vidas!

 

Paz e Bem, Deus abençoe a todos!

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Nelson Filho

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Para onde iremos?











“E disse Pedro; Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.” João 6:68

Em um tempo onde a maior parte das pessoas fogem dos verdadeiros ensinamentos de Jesus eu me pergunto;

“Para onde eu irei se somente tu tens a palavra da verdade?”

Em João 6 , Pedro fez semelhante pergunta a Jesus depois de um duro discurso  que apenas Jesus entendia, nenhum dos que estavam com ele compreendeu como alguém poderia comer a sua carne e beber o seu sangue, ou como ele podia ser o pão que  sacia a fome.

Humanamente falando, as palavras são duras principalmente para corações materiais e sem fé; “60 Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?”

No versículo logo adiante; “66 Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele.”

Diante de ensinamentos  realmente  desafiadores; a multidão prova sua falta de fé e abandona completamente Jesus e seu ministério, eles rejeitaram totalmente Sua verdade espiritual.

A fé implica em seguir Jesus mesmo quando não entendemos seus desígnios para nossa vida. Naquele momento nenhum dos discípulos entendeu completamente o ensino simbólico de Jesus sobre carne, sangue e pão mas mesmo assim continuaram com ele.

Aos discípulos essa compreensão simbólica só viria ser esclarecida após sua ressurreição.
Pedro agiu como um exemplo do que deveria ser um cristão; ele não questionou o ensinamento mesmo não tendo compreendido o que Jesus havia dito,  também não ficou perguntando e pedindo respostas, “por quê  Jesus? ” entendeu  que  aquilo era suficiente para aquele momento.

Simplesmente ele compreendeu que mesmo não entendendo, não havia escolha fora de Jesus, qualquer escolha ou caminho não faria sua vida mais fácil ou traria respostas mais adequadas a aquelas já fornecidas por Jesus.

Quando somos confrontados com a escolha entre o que gostaríamos que fosse verdade e o que é  realmente verdade, devemos nos ater à essa segunda, mesmo que seja desconfortável e que não nos satisfaça.
A verdade deveria nos satisfazer apenas pela sua essência e não pelo que ela representa de bom ou ruim em nossas vidas em determinado momento.
As respostas que temos recebido (ou não recebido) de Deus não são suficientes ou nós não somos suficientemente maduros para entender que estas respostas são as melhores para aquela situação que vivenciamos?
Para onde iremos se somente Deus tem a Palavra da Verdade?

Morada - Para onde Eu irei
https://www.youtube.com/watch?time_continue=28&v=0RjojWKqsFY

 

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Nelson Filho



quinta-feira, 11 de abril de 2019

Uma Igreja para o mundo








Eu tenho dito inúmeras vezes (segundo o sentido da palavra original no grego) que a Igreja é um chamado "para fora",  um movimento sinérgico de membros do corpo para a transformação do mundo. Uma igreja que não produza uma resposta a sociedade ou comunidade onde ela está inserida, não tem a proposta ou visão evangelistica para qual ela foi chamada.
Claro, nem todos aceitarão, nem todos se converterão, nem todos concordarão com a pregação e até mesmo com a proposta de amor gratuito, no entanto mesmo assim o motivo ou a razão de ser de uma igreja; é propor ao mundo uma resposta a suas aflições e questionamentos.
Ninguém que se achegou até Jesus saiu sem uma resposta, embora seja bem verdade que muitos não tenham gostado do que ouviram. Nesse sentido, a igreja é o porta voz de Jesus e seu Evangelho na terra, apta (ou pelo menos deveria estar) a levar sua mensagem.

Basicamente o que eu tenho visto tantas e tantas vezes é uma igreja voltada apenas para si, para seus próprios membros, que não produz uma transformação que visa alcançar nem mesmo seus membros internos, quanto o mais  pessoas fora de suas portas e paredes. Igrejas sem visão do reino que não tem o menor interesse em expandir o alcance do evangelho ao mundo, patinando em seus próprios problemas.

Algumas pessoas infelizmente não compreenderam que o chamado de Deus e que a função da igreja é nos fazer crescer, nos fortalecer em meio aos pecados, aflições, desanimo e tantas tribulações que muitos passam, de nos fortalecermos mutuamente.

“Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos, e sejais longânimos para com todos.” 1 Tess. 5:14

De fato; muito nos preocupa a saúde de alguns irmãos com quem temos afinidades, suas aflições, sua falta de emprego, seus problemas com as drogas, no casamento, suas privações. É licito tais preocupações e cuidados, porém infelizmente existem tantos outros a nossa volta que passam pelos mesmos problemas e nada recebem, nem um abraço ou um "Deus te abençoe". Pode ser um vizinho, um parente, um conhecido distante ou até mesmo um irmão da igreja com o qual não temos muita comunhão, ou de "outra igreja que não seja a nossa". (todas igrejas são nossas se  somos membros de um mesmo corpo)

Estas pessoas estão a nossa volta muitas vezes esperando um abraço, uma palavra, uma oração de consolo no entanto são como que invisíveis aos nossos olhos. Fora de nosso circulo íntimo, não recebem nossa atenção devida.

Meu questionamento é: Isso é realmente o amor de Deus em nós?

Nós, ainda como veículos do amor de Deus, não estamos sendo seletivos quando amamos apenas que são de nosso grupo ou igreja, esquecendo um mundo todo carente e em sofrimentos?


No versículo acima, o apóstolo Paulo nos chama a consolar aqueles que estão desanimados que porventura também possam estar fracos e consequentemente amargurados. Obviamente as caminhadas e lutas tendem a serem mais pesadas quando estamos sozinhos, por isso o apóstolo exorta os irmãos de um modo geral (não apenas o pastor, mas todos) a estar caminhando junto a aqueles que têm necessidades.  Somos todos nós sacerdotes uns dos outros, devendo sempre apoiar, servir, interceder, orar e ministrar uns aos outros. No NT todo cristão é um “diákonos” ou seja; todo crente é um ministro de Deus, de igual responsabilidade perante o serviço.

Mesmo que não hajam fatos relatados, eu gosto de pensar que as palavras de Paulo transformavam as pessoas daquela igreja, crentes que saiam pelas portas de Tessalônica atingindo evangelisticamente outros gregos que não eram convertidos. Uma igreja onde as pessoas se apóiam não pode guardar apenas para si o testemunho do que Deus fez em suas vidas. Pessoas encorajadas e motivadas são excelentes instrumentos de pregação e propagação do Evangelho

Na outra parte do versículo; admoesteis os insubmissos. Penso que realmente seria um grande espanto ver um irmão ou um pastor admoestar outros sem que isso gerasse um grande conflito. Infelizmente as pessoas não estão “preparadas” para serem admoestadas. Duro já é o trabalho do pastor em “administrar” sem admoestar os insubmissos, imagine isso vindo da boca de outro irmão...

O fato é que a igreja tem falhado em cumprir seu papel no que diz respeito a amparar, consolar, admoestar, animar os que necessitam dentro de suas portas, como então ganhar o mundo para Cristo?

Bem, pressupondo que a igreja tem vários graus de maturidade e consequentemente falhas (ou o apóstolo Paulo, não teria citado; “paciência”),  é necessário que tenhamos então a tal paciência e trabalhemos com ela.

Creio que a igreja para cumprir seu papel como luz do mundo precisa antes de tudo crescer em maturidade entendendo os desafios e necessidades dos mais fracos e também necessitados. Se não houver o discernimento do chamado, algo mais acima do que o desejo de nosso próprio umbigo; de nosso bem estar acima de tudo, a igreja local jamais será um elemento de transformação de vidas. Essa transformação começa dentro dela com os irmãos e vai porta afora atingindo o mundo perdido.

Aos que conseguem entender o chamado (e tem coragem), cabe primeiro ministrar aos  irmãos envolvendo se de tal forma com todos na disseminação do amor, carinho, cuidado, apoio e principalmente no ensino reflexivo da Palavra. 
Se conseguirmos, poderemos desta maneira modificar nossa igreja de modo que ela possa alcançar não apenas aqueles que se sentem desamparados, mas também aqueles que estão fora das portas da congregação.

Não é possível uma igreja local alcançar o mundo perdido sendo ela própria perdida em si mesma.

É necessário crescimento e discernimento espiritual para compreendermos, aceitarmos e realizarmos o chamado de Deus para nós e o mundo.


Que possamos diante de um mundo escuro e tenebroso sermos o sal e luz do mundo em nossas casas, congregações, em nossas comunidades e assim sendo fazermos a diferença que irá trazer a mudança nas vidas das pessoas; sejam estes irmãos ou desconhecidos necessitados de Jesus.

Que Deus nos abençoe e nos encha de Graça para que possamos ser instrumentos de seu amor.

sábado, 5 de janeiro de 2019

Em busca do contentamento






“De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro,
pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar;
por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos.”(1Tim 6:8)

  Parece bem pouco a querer do mundo, certo? Realmente, do ponto de vista social atual, parece pouco mesmo. Vejo pessoas o tempo todo buscando a felicidade que não se pode encontrar; infelizes com suas vidas, casamentos, empregos, relacionamentos, famílias, carros, bens materiais; buscando coisas que não tem e desprezando as que tem. 
Recentemente com a morte de meu pai, pude constatar de uma vez por todas que eu tenho mais coisas do que eu preciso. Constatei também que em certos aspectos, negligenciei relacionamentos pessoais mais do que deveria em favor de uma vida que eu queria viver, sem me importar com o resto.

Percebo que essa busca de viver a vida atrás de coisas, buscando não frustrar expectativas, só trás mais descontentamento e infelicidade.Vejo isso diariamente nas entrelinhas das mensagens que eu leio. O problema nem está no que as pessoas tem, porque por mais que elas tenham nunca estarão satisfeitas. O problema não está no trabalho, relacionamentos, casamentos, na falta de saúde, o problema está em nós mesmos. 

Nosso instinto de leva nos a tentar substituir tudo que achamos que não trás alegria, contentamento. “Só tenho um milhão na conta, quero três!  Meu trabalho não é bom, trocarei de trabalho. Meu carro não é legal vou trocar de carro. Minha mulher está velha, vou trocar por uma mais nova”, e por ai vai, parece brincadeira, né? Mas é verdade...

Diante deste fato percebe se que ao coração humano é impossível satisfazer com bens, condições e relacionamentos temporais, não importando; independeste de qual seja a quantidade e qualidade deles. 
Concluo que se existe então uma cura para o descontentamento, ele está na sua mente, em como você interpreta o mundo ao seu redor e o que você já possui. 

Qual a necessidade em buscar obter objetos e relacionamentos incessantemente mesmo quando já estamos fartos? 

O  teólogo alemão Alois Wiesinger tem uma frase perfeita pra isso: "O coração em meio a todas as necessidades externas, só é realmente rico quando não quer apenas nada que não tem, mas tem o que o eleva acima do que não tem".
Compreender que já possuímos o suficiente nos dá a oportunidade de desfrutar o desejo de não ter.

O mundo, aliás, Satanás nos bombardeia com todo seu poder de persuasão  dizendo: “Você precisa e merece mais em sua vida!” E na maioria das vezes acreditamos nessa mentira.
O que merecemos mesmo é a morte, porém pela misericórdia e bondade de Deus; temos a Salvação em Jesus e promessa solene que não seremos desamparados. No entanto compreensão espiritual deste cuidado de Deus por nossas vidas não será compreendido até que entendamos que a vida não se resume apenas a esse presente tempo, e sim que ela se estende até a eternidade.

Até mesmo se existe o sofrimento real, não um puro descontentamento material, a compreensão das benesses eternas, torna tudo o que passamos muito pequeno, Paulo enfrentou assim o sofrimento:
“Porque considero que os sofrimentos do tempo presente não valem a pena comparar com a glória que nos será revelada” (Rm 8:18) 

 Não tenho a presunção, a pretensão ou ousadia de dizer a ninguém como deve viver sua vida, mas se eu posso lhe dizer algo, ou melhor, desejar; desejo lhe que encontre dentro de si mesmo, em tudo que tens e em Deus, (aquele que lhe provê sabedoria, promessas e misericórdias) a felicidade e contentamento para que possa viver bem a sua vida.

Que Deus, rico em toda sabedoria nos abençoe com paz e felicidade plena!

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Paz e Bem, Deus abençoe a todos!

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Nelson Filho

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Meu consolo na Tua palavra







"Este é o meu consolo no meu sofrimento: A tua promessa dá-me vida. " (Salmos 119:50)

Qual geralmente tem sido nosso consolo no sofrimento? 

A quem ou o que temos buscado?

Pessoas, prazeres que não satisfazem, promessas vazias de homens imperfeitos?

O salmista aqui dá a dica; o consolo que ele tem está na promessa de Deus, expressa em Sua palavra. A palavra que dá vida, que vivifica quando estamos mortos, moídos pelas tribulações.

Ele nos mostra a possibilidade de nos fazermos vivos novamente quando bebemos da fonte que jorra da palavra de Deus, porque a sua palavra é a verdade de Deus.

Tiago diz:

“Por sua decisão ele nos gerou pela palavra da verdade, para que sejamos como que os primeiros frutos de tudo o que ele criou.” Tiago 1:16-18

Nenhuma verdade pode ser mais vivificante do que aquela em que confiamos ser a única que tem o poder de transmitir a mensagem correta. Doenças só se curam quando remédios corretos são administrados.

Essa verdade não é a verdade que o mundo prega, ou uma coisa inventada por homens, mas a verdade em forma de fruto, que germina em nossos corações e produz em nossas mentes a transformação necessária para que possamos compreender e aceitar os desígnios de Deus. 
Com as mentes transformadas pela Sua poderosa palavra, estaremos assim preparados para responder adequadamente as tribulações que nos assolam.


Que Deus o autor de toda promessa, possa vivifica lo com a verdade!

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quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Tempo de amar









**Reflexão sobre o tempo**

Escrevi esta reflexão em outra circunstância em 2011, mas agora a republico com um título que faz mais sentido para mim neste momento, em que perdi meu pai. É curioso como, ao relê-la, parece uma antevisão do que estava por vir. Gostaria de compartilhar com todos e pedir que aproveitem da melhor forma possível essa dádiva que o Senhor nos proporciona: o tempo!

"Senhor, ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios... sacia-nos de madrugada com a tua benignidade para que nos alegremos todos os dias da nossa vida" (Salmos 90:12).

O tempo é o bem mais valioso que temos.

Quando chegamos a uma certa idade, começamos a dar mais valor a esse precioso e limitado recurso através do qual a nossa vida flui. Esse elemento conduz nossas vidas como um barco que navega pelo rio do tempo.

O tempo vale mais do que dinheiro, ouro ou prata; mais do que qualquer riqueza conhecida. Quantos milionários não dariam tudo o que têm por mais um suspiro de vida? Lembro-me de um filme em que um homem muito rico comprava o tempo de vida das pessoas e acrescentava ao seu próprio. A trama parecia coerente, e, se isso fosse possível, certamente haveria compradores e vendedores que não dão valor a essa bênção de Deus.

Ainda temos tempo?
Sim, ainda temos o dia de hoje, o dia em que nos levantamos de nossas camas e agradecemos ao Senhor pelo sol e pela chuva que caem sobre nossas cabeças. Temos o dia de hoje para agradecer pela vida e pelas misericórdias derramadas.

Temos o dia de hoje também para amar as pessoas e dizer-lhes que nem tudo está perdido. Temos o dia de hoje para dizer às pessoas que existe um Deus no controle de todas as coisas, um Deus benigno que as ama sob qualquer circunstância.

Não desperdice seu bem mais precioso com ódio, inveja ou ressentimentos. Ao invés disso, use seu tempo amando quem quer que seja, adicionando à sua vida os princípios universais do bem, como bondade, integridade e amor incondicional.
Se você e eu fizermos isso, talvez, nos últimos instantes de nossas vidas, possamos olhar para trás sem arrependimentos pelas coisas boas que poderíamos ter feito e não fizemos.

Que Deus nos abençoe a todos e derrame amor em nossos corações!

Nelson Filho

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sábado, 29 de dezembro de 2018

Um amor sem limites









Começo essa pequena reflexão com uma pergunta em mente: Se tivéssemos que usar única palavra para qualificar a essência de Deus, qual seria essa palavra?
Misericordioso, verdadeiro, fiel,  justo, benigno, poderoso? Todas estas qualidades e muitas outras mais fazem parte dos atributos de Deus, porém a essência de seu Ser está no AMOR.

Não consigo pensar em outra palavra ou qualidade que o defina.

Na Bíblia toda existem dezenas de versículos que falam do amor de Deus, se fosse me ater a todos eles daria um livro. 
Então eu quero falar do que julgo ser a tônica, a síntese de todos eles, o Evangelho em um único versículo:

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu único Filho, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Jo 3:16

Eis o amor de Deus, oferecido ao mundo através do sacrifício de seu único Filho, aquele que sem pecado propiciou nos a salvação! 

Vejamos a profundidade deste texto; Deus amou o mundo "de tal maneira", tão profundamente, com tamanha força, com um amor tão imenso e intenso que presenteou todos os homens ainda que imerecedores com o sacrifício expiatório de Jesus. Ou Deus derramava sua ira sobre a raça humana quer merecia a morte ou derramava seu amor, escolheu a segunda opção e nos deu Jesus.

Jesus é o personificado de Deus, dado a um mundo que não o queria, que lhe era hostil, pervertido e nem por sombra lhe amava. Sua vinda não foi uma relação de troca, de duas vias, de retribuição, foi simplesmente, amor!

Num mundo vil, desprezível com toda sorte de deformidades e maldade, Deus enviou seu filho encarnado. Enviou nos não para que passasse alguns minutos entre nós, mas que vivesse uma vida inteira sofrendo todos os males que são próprios da vida humana. Enviou seu filho para que no final fosse zombado, humilhado, abandonado sozinho numa cruz, no madeiro, morrendo uma morte que não lhe pertencia, por um mundo que não o merecia.

Eu como pai, confesso que tenho dificuldades de compreender essa capacidade de amar de Deus, por isso é que sou homem, apenas uma criatura que necessita de seu amor transformador.
Nossa compreensão sobre esse amor de Deus é limitada; que pai ou mãe daria seu filho em tais circunstâncias?

Antes de Jesus não tínhamos a compreensão exata do que era o amor incondicional de Deus. Por mais que os textos do Antigo Testamento relatem o Seu amor, foi em Jesus que verdadeiramente o amor do Pai foi nos revelado.

O Cordeiro de Deus que incansavelmente tira o pecado do mundo, que morre a nossa morte, que se dá em substituição por nós ainda que sejamos maus, é a expressão máxima do amor de Deus. 
Não conhecíamos esse amor até então, não sabíamos o que realmente era o amor verdadeiro. 
Um amor que não se baseia em nossos modos agradáveis, cordiais e em nossa bondade apenas humana, mas um amor que consegue ser transmitido até para um inimigo que nos odeia fazendo com que ele seja uma pessoa amada!

Difícil compreender este aspecto? Não, compreender até que é fácil, difícil é faze lo, replicar esse amor (pelo menos para nós humanos).

O que mais eu posso dizer para tentar explicar o inexplicável a não ser  falar deste amor com admiração e comoção??

Quero terminar com uma palavra para você, pra mim e para todos nós; não se preocupe se você é um pecador, se você está no mundo, pois esse amor de Deus em forma de Jesus é para o mundo. 
Isso nos inclui e nos dá a possibilidade de receber esse maravilhoso amor em forma de presente. 
Estar no mundo onde o amor foi derramado, nos dá a confiança plena de que mesmo não sendo bons e merecedores, Deus nos ama tanto a ponto de prover nos tamanha possibilidade de salvação. 
Não precisamos ser bons para recebermos esse amor, basta estarmos no mundo.

Saiba que esse amor não tem prazo de validade, não tem limites, não tem condições, independe de sua bondade ou boas ações. Esse amor está disponível em forma de Jesus a todos os que querem, que o aceitam. Isso nos é oferecido gratuitamente, sem troca, sem cobrança, sem imposição.

Esse amor é transformador, rejuvenescedor, vivificante e poderoso, transforma os tristes em alegres, os inimigos em amigos, mortos em vivos, velhos em jovens e criaturas em filhos!

Se você ainda não aceitou o amor em forma de Jesus, faça o agora, convide o para entrar em seu coração, para que faça morada dentro de você e que te revele o amor do Pai, não perca tempo e prove toda a imensidão do amor de Deus por você!

Que o Deus de infinito amor lhe proporcione vida em abundância através de Jesus!


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quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

O Pão que desceu do céu



Meu objetivo com este texto é falar àqueles que já são crentes e que não entendem bem suas privações e necessidades. Gostaria de dizer que existe um meio de você fortalecer-se para os dias ruins e saciar-se espiritualmente. Este meio é proporcionado por Jesus de forma clara através de sua Palavra e do conhecimento de sua Pessoa.

“31 Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Do céu deu-lhes pão a comer.
32 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés que vos deu o pão do céu, mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.
33 Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.
34 Disseram-lhe, pois, Senhor, dá-nos sempre desse pão.
35 Declarou-lhes Jesus, Eu sou o pão da vida, aquele que vem a mim de modo algum terá fome e quem crê em mim jamais terá sede.” JOÃO 6

Nenhum milagre pode ser tão grande quanto a vida, Jesus apresenta-se como o milagre que mantém a vida, como o pão que desceu do céu. Precisamos entender o que Jesus estava dizendo àqueles homens de coração duro. Sua afirmação era que Deus forneceu aos seus antepassados o pão que os manteve vivos durante a jornada no deserto. Somente Deus poderia mantê-los vivos nas mais terríveis condições e salvá-los da fome com o pão que lhes fora dado em forma de maná.

Mas o que era o pão que Jesus apresentava diante daqueles homens?

O pão, desde aquela época, era um alimento vital para a sobrevivência humana, desde a Ásia ao Oriente Médio e à África. Embora alguns povos o preparem de formas diferentes, ele tem sido reconhecido há milênios como alimento capaz de nutrir e manter a vida do ser humano.

Por consequência, o que Jesus fez em primeiro lugar foi demonstrar àqueles homens a essência de seu propósito perfeito, o de manter aquilo que eles conheciam por vida e, em segundo lugar, dar a vida.

Obviamente eles não entenderam o sentido espiritual do que Jesus revelava, não podiam compreender como aquele homem seria o pão do céu e poderia dar-lhes vida física ou espiritual. Jesus havia feito duas afirmações conclusivas, que Ele dava a vida e que Ele mantinha a vida.

A revelação de Jesus, afirmando que poderia dar e manter vida ao mundo, foi de difícil compreensão para aquele povo. Se você ler todo o capítulo de João 6 verá homens discutindo entre si as afirmações de Jesus, palavras que mexeram profundamente com o íntimo de cada um. Travavam uma luta interior para não aceitar tais declarações, que tinham grande peso e exigiam mudanças. Infelizmente eles não estavam preparados para receber as boas novas e aplicá-las em benefício próprio. Surge então a questão, por que não conseguiram entender tal significado, mesmo tendo conhecimento prévio sobre Deus e sobre a vinda do Messias?

E por que não puderam reconhecer em Jesus o Filho de Deus?

Creio que estavam recebendo de seus líderes apenas promessas vazias, nada sólido, nenhum alimento com nutrientes suficientes para o desenvolvimento espiritual. Não puderam reconhecê-lo.

Não puderam acreditar que aquele homem era o mesmo de quem os profetas falaram e que aprenderam desde crianças, agora diante deles, afirmando autoridade sobre a vida e a morte e reivindicando seu lugar como Filho de Deus. Aqueles homens não reconheceram o milagre, não reconheceram o Pão da Vida. Tinham a perspectiva errada de quem deveria ser o Messias.

E o que acontece hoje em dia?

Tenho visto pessoas entrando nas igrejas a cada dia com um pedido de socorro na garganta, com fome de Jesus e sede da Palavra. Entretanto, o que elas têm recebido de seus pastores? Promessas vazias de um alimento que nunca chega. Promessas são boas para alimentar a fé enquanto se espera, mas quando a fome é grande essas promessas que nunca se concretizam apenas enganam por algum tempo.

“Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais têm, pela prática, as faculdades exercitadas para discernir tanto o bem como o mal.” Hb 5:14

Essas pessoas que chegam às igrejas têm fome do Pão da Vida, têm necessidade de alimentos sólidos que possam nutrir seu crescimento espiritual. Também precisam saciar o vazio em seus estômagos espirituais. Chegam à casa de Deus cheias de esperança em ouvir uma mensagem vinda dos céus e recebem apenas um copo de água com açúcar. Ficam animadas naquele momento, mas quando chegam em casa a fome já voltou.

Esperam pela próxima oportunidade de se encontrar com o Senhor, na esperança de receber o alimento de que tanto precisam. O que geralmente acontece é que acabam frustradas tantas vezes com promessas vazias que logo o diabo fará uso do que não lhes foi oferecido, enfraquecendo-as ainda mais, até que desistam da vida cristã. Nunca souberam que Jesus se apresentou como o Pão da Vida, capaz de saciar completamente a mais profunda necessidade humana, não ouviram que Ele poderia aliviar sua sede espiritual ao ponto de não precisarem recorrer a mediadores da fé que vendem bênçãos a preços elevados.

Entregaram-se a falsos mestres que não conhecem verdadeiramente a essência do Evangelho, com seu poder infinito de transformação. Essas pessoas não conhecem e não conhecerão o sabor agradável dos deleites do trono do Senhor Jesus.

É triste, esses crentes não sabem disso porque nunca lhes foi dito, nunca lhes foi oferecido. Buscam a Deus mas não se alimentam de manjares espirituais, porque elas próprias servem de alimento a lobos que devoram sua gordura e se nutrem de sua carne até restarem apenas ossos.

Anos atrás dois rapazes vieram pedir-me oração por sua vida material, profissional e financeira. De pronto fiz a oração para que Deus lhes desse vitória nessas áreas. Contudo, quando terminei senti-me pesado. Isso me fez refletir e entender que eu não deveria ter feito aquela oração. Não porque não merecessem, mas porque precisavam de outra coisa, de um horizonte que somente Jesus poderia oferecer, não aquele que julgavam ser importante. Esses rapazes não estavam errados em suas necessidades, estavam apenas como os judeus da época de Jesus, com a perspectiva errada.

Quem lhes forneceu essas perspectivas se estão dentro da igreja?

O mundo, que agora está, pelo menos em parte, dentro da igreja. Temos trazido o mundo e suas concupiscências para dentro da igreja e esse movimento está mudando a perspectiva do Evangelho. Um supercarro, uma excelente casa, dinheiro, roupas caras, viagens, restaurantes, tudo que agrada à carne.

Mas e as consequências disso?

Depende do que eu busco e sou. Posso ser um hipócrita ganancioso interessado apenas em bênçãos materiais e, se for assim, bem feito para mim quando chegar o dia do acerto de contas.

Entretanto, na maior parte dos casos, as pessoas são enganadas por falsas promessas e apresentadas a um deus que não existe, gerando decepção que as afasta da possibilidade de viver uma vida plena.

Perspectiva errada do Evangelho, é uma frase que uso muito e há bastante tempo porque é o que mais observo. Essa falsa perspectiva causa muitos males, destacando dois, esfriar e desviar os crentes do verdadeiro objetivo, viver uma vida abundante em Cristo, alimentando-se do Pão da Vida que impede qualquer fome.

Quantas promessas, visões de bênçãos e maravilhas não se concretizam? Quantas palavras humanas lançadas por falsos profetas enganam os que precisam ouvir algo que realmente faça diferença?

Eles decepcionam e enganam por ganância, prometendo o que Deus não disse. Como Deus tratará disso é outro assunto. O que importa agora é o quanto tais mentiras são nocivas aos que estão carentes da verdadeira Palavra de Deus, carentes do Pão que dá vida.

Os que buscam regozijo e nutrição só encontrarão em Jesus, não há outra fonte. Tudo fora dEle e fora de suas palavras é tóxico e mata.

As tribulações não são totalmente ruins, elas dão ao homem sincero diante de Deus a possibilidade de enorme crescimento espiritual. O homem espiritual buscará coisas espirituais, imateriais. O homem material buscará sua matéria corruptível.

Os que estão com Deus pelo material não são Seus filhos, são homens que, como Judas, buscam trinta moedas. Os que se colocam em Seus braços certos de que nada merecem e que tudo é motivo de gratidão geralmente encontram Seu favor em qualquer circunstância.

Onde você quer estar quando sua vida terrena estiver terminando?

Alimentando-se do Pão da Vida, forte e lúcido, esperando o dia da glória, ou ainda velho em dias buscando alimentos que não sustentam?

O Pão que desceu do céu é uma realidade, não é fábula contada por um Galileu há dois mil anos. O Pão da Vida foi dado por Deus a todos nós para que tenhamos vida em abundância.

Não se deixe enganar pelas sutilezas do diabo que fazem duvidar do amor de Deus. Não se deixe enganar pelos que distorcem as palavras de Jesus. Entregue-se, alimente-se somente dEle, bebendo de sua fonte, praticando suas palavras e crendo que não há nada mais saudável e vivificante do que uma vida com Ele. O Pão da Vida é para mim, para você, para nós. Aceite esse alimento que Deus proporcionou e viva abundantemente.

Que Deus nos conceda a oportunidade de encontrar nossas vidas em Jesus, Aquele que nos sustentará até o fim dos séculos para honra e glória do Senhor.


Preparando se para a tempestade













Em um texto muito conhecido do Evangelho de Mateus, Jesus nos expõe a parábola dos construtores e os efeitos que as tempestades podem causar sobre suas construções: 
 
"24 Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. 25 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. 26 E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. 27 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.” Mt 7: 24-27

É verdade, nossas vidas sempre estão sujeitas a tempestades e águas torrenciais inesperadas... Essas podem vir em diversas formas; doenças, luto, problemas de relacionamento familiar, desemprego, necessidades materiais, etc.
Entretanto enquanto tudo vai bem em nossas vidas, parece que nossa casa tem bons fundamentos,  bons alicerces, vivemos seguramente como se a tempestade nunca fosse chegar e nos abater.
Recentemente o terrível tsunami  que arrasou a costa da Indonésia e tristemente matou centenas de pessoas, veio simplesmente sem aviso. Havia comida, bebida, diversão, banda de rock, sorriso nos lábios, brincadeiras das crianças e até culto religioso; a vida seguia normal para todos e ninguém soube com antecedência o que estava por vir. 
Não houve tempo por parte das autoridades darem o alarme porque nem eles mesmo sabiam que a erupção do vulcão Krakatoa, desencadearia tão horrenda tragédia. Ninguém esperava por isso, ninguém estava preparado para o que viria.

O que ocorre é que muitas vezes tempestades e calamidades abatem nossas casas no momento em que não estamos preparados, em que não esperamos que um mal caia sobre nossas vidas pois tudo até então, segue tranquilamente.
Mas e quando isso acontece o que fazemos? Desespera mo nos, corremos desorientados para a direita ou esquerda sem rumo, sem saber onde nos esconder ou quem virá em nosso auxílioBuscamos respostas urgentes em amigos, conselheiros, pastores e de certa maneira até mesmo em Deus e nada encontramos.

 Por que não encontramos? 

Não encontramos porque estávamos despreparados, não sabemos o que fazer e queremos uma resposta rápida que não conseguimos ouvir por estarmos desarraigados, desraizados, desalicerçados de seus fundamentos.

Eu não sei como eram os alicerces que Jesus se refere nesta mesma parábola relatada em Lucas (6.47-49 ), pois em Mateus ele dá ênfase ao terreno, no caso a rocha que é  ele próprio e em Lucas ele fala dos alicerces.  
O que eu sei sobre alicerces é que eles devem ser firmados em solo compactado e firme assim como a rocha, sei também que sustentam as casas e não se constroem do dia para noite. É preciso boa matéria prima, trabalho árduo, disposição e tempo para que sejam estabelecidos e assim possam ser utilizados na edificação da casa. 
Todavia, o tempo que irá demorar para a construção desta base só depende de quanto tempo de trabalho diário foi gasto. Da mesma maneira o tempo para firmar se em Jesus só depende do tempo e da qualidade de comunhão que temos com Ele.

Aquele que se firma na rocha, que tem seus alicerces fundados em Deus, jamais será abalado!
Por maior que seja a tempestade que alguém esteja passando, ela não tem força suficiente para abalar aquele que está firmado em Cristo Jesus.

A palavra tem sido pregada, Jesus nos apresenta seu desejo e suas verdades, o conselho do Mestre de Obras de onde os fundamentos devem ser lançados.
Aqueles que têm ouvido e transformado as palavras de Jesus em alicerce através da pratica, jamais serão abatidos. Nenhuma tempestade, tsunami, terremoto será forte o suficiente para derruba los.
Muitos ouvem suas palavras, porém não as retém em seu coração, constroem sobre a areia.
 Não tomam posse dessas promessas fazendo com que sejam verdades, transformando as em força e segurança para os dias maus.
“Todo aquele que ouve suas palavras e as pratica será um homem prudente”. Forte para resistir qualquer tempestade, qualquer força natural ou sobrenatural que a vida lhe apresente.

Os que ouvem e praticam os ensinamentos de Jesus tornam se realizadores de sua vontade, homens interiores confiantes na força daquele que os chamou, homens que superarão tribulações, angustias confiados em Seu poder e fortaleza.

Não construa sua casa sobre a areia, construa seus alicerces e edifique sobre a verdadeira Rocha que é Cristo Jesus. Seja um praticante da Palavra,  prepare se para a tempestade pois ela pode chegar quando menos se espera, sem aviso, porém você não será pego despreparado.

Que o Senhor nos dê sabedoria, força e determinação para edificarmos nossas vidas sobre sua Rocha Forte!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Um homem não religioso










Vemos sérias advertências ao legalismo partindo de Jesus, principalmente aos escribas e fariseus que eram a “nata” da sociedade judaica  em seu tempo.
 Eram homens instruídos na lei de Moisés, religiosos, rigorosos em parte de suas doutrinas e com uma imagem de santidade de si mesmos que os faziam pensar que somente eles eram justos o suficiente.
Pela pratica de atos que consideravam absolutamente corretos e irrepreensíveis, colocavam os demais no rol dos pecadores. No entanto eram relapsos em sua doutrina, deixando de lado aspectos importantes do que Jesus pregava; faltava lhes amor ao próximo, bondade, justiça e principalmente verdade em suas praticas religiosas. Eram homens com uma espiritualidade rasa, hipócritas vivendo de uma esplendorosa aparência porém podres e carcomidos por dentro, tanto que levou Jesus a dizer:

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.”Mt 23:27

Duras palavras disse o mestre Jesus... E ele não parou por ai, mais adiante  ele disse:
Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?”Mt23:33

Vocês podem imaginar Jesus dizendo isso hoje com a consciência que temos de quem ele realmente é? Já pensaram em Jesus dizendo isso diretamente a você?
Que coisa terrível seria, não é mesmo?

Muitas pessoas nos dias atuais, vêem o fariseu como um personagem bíblico quase mítico, que vive na época de Jesus, um cara ruim e dissimulado que entregou Jesus a crucificação, um tipo de pessoa que ficou no passado e que não existe mais, certo?

É certo sim, muitas pessoas pensam na figura do fariseu apenas como um personagem do passado, porém é preciso saber que existem ainda hoje fariseus modernos circulando em nossas igrejas, fazendo tudo que desagrada a Deus em nome de uma pseudo santidade e uma rasa espiritualidade. Homens que encarnam a hipocrisia, a bondade por aparência, que mantém uma vida religiosa de fachada, que aos olhos de outros irmãos parecem justos, porém enganam se a si mesmo exatamente como faziam os fariseus.
Pessoas sem amor ao próximo que não demonstram ou não se preocupam com outros irmãos, suas dificuldades, suas lutas ou pior ainda; não se preocupam com o que Jesus pensa e diz a respeito deles. Pessoas que vivem em uma extrema hipocrisia, a mesma que Jesus condenou.

Você tem conhecido pessoas assim ? Acredita que existam fariseus modernos em nossas igrejas?
Que a advertência de Jesus nos sirva de alerta; que possamos compreender que aqueles que vivem de aparência engana se a si mesmo. Antes nada faça do que fazer algo apenas para parecer santo diante dos outros homens, pois duro julgamento recairá sob aqueles que se encontram nesta situação.

Que não nos preocupemos com a opinião de outros homens, antes preocupe mo nos com a opinião e o julgamento de Deus através de sua Palavra que é apta para isso:
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” Hb 4:12

Saibamos e conscientize mo nos que Deus não vê nossa aparência e sim nosso coração. Compreendamos que nossa sinceridade, amor e temor pelos Seus preceitos são as únicas coisas que realmente lhe interessam.
Nossa imagem de piedosos diante de outros homens é puro engano; enganamos nos quando fazemos algo que não provem do nosso coração, quando não somos movidos pelo amor ao próximo ou pelo amor de Sua obra.

Que Deus nos livre da religiosidade e nos dê profundidade em amor a todos os seus Estatutos!