sábado, 29 de dezembro de 2018

Um amor sem limites









Começo essa pequena reflexão com uma pergunta em mente: Se tivéssemos que usar única palavra para qualificar a essência de Deus, qual seria essa palavra?
Misericordioso, verdadeiro, fiel,  justo, benigno, poderoso? Todas estas qualidades e muitas outras mais fazem parte dos atributos de Deus, porém a essência de seu Ser está no AMOR.

Não consigo pensar em outra palavra ou qualidade que o defina.

Na Bíblia toda existem dezenas de versículos que falam do amor de Deus, se fosse me ater a todos eles daria um livro. 
Então eu quero falar do que julgo ser a tônica, a síntese de todos eles, o Evangelho em um único versículo:

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu único Filho, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Jo 3:16

Eis o amor de Deus, oferecido ao mundo através do sacrifício de seu único Filho, aquele que sem pecado propiciou nos a salvação! 

Vejamos a profundidade deste texto; Deus amou o mundo "de tal maneira", tão profundamente, com tamanha força, com um amor tão imenso e intenso que presenteou todos os homens ainda que imerecedores com o sacrifício expiatório de Jesus. Ou Deus derramava sua ira sobre a raça humana quer merecia a morte ou derramava seu amor, escolheu a segunda opção e nos deu Jesus.

Jesus é o personificado de Deus, dado a um mundo que não o queria, que lhe era hostil, pervertido e nem por sombra lhe amava. Sua vinda não foi uma relação de troca, de duas vias, de retribuição, foi simplesmente, amor!

Num mundo vil, desprezível com toda sorte de deformidades e maldade, Deus enviou seu filho encarnado. Enviou nos não para que passasse alguns minutos entre nós, mas que vivesse uma vida inteira sofrendo todos os males que são próprios da vida humana. Enviou seu filho para que no final fosse zombado, humilhado, abandonado sozinho numa cruz, no madeiro, morrendo uma morte que não lhe pertencia, por um mundo que não o merecia.

Eu como pai, confesso que tenho dificuldades de compreender essa capacidade de amar de Deus, por isso é que sou homem, apenas uma criatura que necessita de seu amor transformador.
Nossa compreensão sobre esse amor de Deus é limitada; que pai ou mãe daria seu filho em tais circunstâncias?

Antes de Jesus não tínhamos a compreensão exata do que era o amor incondicional de Deus. Por mais que os textos do Antigo Testamento relatem o Seu amor, foi em Jesus que verdadeiramente o amor do Pai foi nos revelado.

O Cordeiro de Deus que incansavelmente tira o pecado do mundo, que morre a nossa morte, que se dá em substituição por nós ainda que sejamos maus, é a expressão máxima do amor de Deus. 
Não conhecíamos esse amor até então, não sabíamos o que realmente era o amor verdadeiro. 
Um amor que não se baseia em nossos modos agradáveis, cordiais e em nossa bondade apenas humana, mas um amor que consegue ser transmitido até para um inimigo que nos odeia fazendo com que ele seja uma pessoa amada!

Difícil compreender este aspecto? Não, compreender até que é fácil, difícil é faze lo, replicar esse amor (pelo menos para nós humanos).

O que mais eu posso dizer para tentar explicar o inexplicável a não ser  falar deste amor com admiração e comoção??

Quero terminar com uma palavra para você, pra mim e para todos nós; não se preocupe se você é um pecador, se você está no mundo, pois esse amor de Deus em forma de Jesus é para o mundo. 
Isso nos inclui e nos dá a possibilidade de receber esse maravilhoso amor em forma de presente. 
Estar no mundo onde o amor foi derramado, nos dá a confiança plena de que mesmo não sendo bons e merecedores, Deus nos ama tanto a ponto de prover nos tamanha possibilidade de salvação. 
Não precisamos ser bons para recebermos esse amor, basta estarmos no mundo.

Saiba que esse amor não tem prazo de validade, não tem limites, não tem condições, independe de sua bondade ou boas ações. Esse amor está disponível em forma de Jesus a todos os que querem, que o aceitam. Isso nos é oferecido gratuitamente, sem troca, sem cobrança, sem imposição.

Esse amor é transformador, rejuvenescedor, vivificante e poderoso, transforma os tristes em alegres, os inimigos em amigos, mortos em vivos, velhos em jovens e criaturas em filhos!

Se você ainda não aceitou o amor em forma de Jesus, faça o agora, convide o para entrar em seu coração, para que faça morada dentro de você e que te revele o amor do Pai, não perca tempo e prove toda a imensidão do amor de Deus por você!

Que o Deus de infinito amor lhe proporcione vida em abundância através de Jesus!


 .

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

O Pão que desceu do céu



Meu objetivo com este texto é falar àqueles que já são crentes e que não entendem bem suas privações e necessidades. Gostaria de dizer que existe um meio de você fortalecer-se para os dias ruins e saciar-se espiritualmente. Este meio é proporcionado por Jesus de forma clara através de sua Palavra e do conhecimento de sua Pessoa.

“31 Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Do céu deu-lhes pão a comer.
32 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés que vos deu o pão do céu, mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.
33 Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.
34 Disseram-lhe, pois, Senhor, dá-nos sempre desse pão.
35 Declarou-lhes Jesus, Eu sou o pão da vida, aquele que vem a mim de modo algum terá fome e quem crê em mim jamais terá sede.” JOÃO 6

Nenhum milagre pode ser tão grande quanto a vida, Jesus apresenta-se como o milagre que mantém a vida, como o pão que desceu do céu. Precisamos entender o que Jesus estava dizendo àqueles homens de coração duro. Sua afirmação era que Deus forneceu aos seus antepassados o pão que os manteve vivos durante a jornada no deserto. Somente Deus poderia mantê-los vivos nas mais terríveis condições e salvá-los da fome com o pão que lhes fora dado em forma de maná.

Mas o que era o pão que Jesus apresentava diante daqueles homens?

O pão, desde aquela época, era um alimento vital para a sobrevivência humana, desde a Ásia ao Oriente Médio e à África. Embora alguns povos o preparem de formas diferentes, ele tem sido reconhecido há milênios como alimento capaz de nutrir e manter a vida do ser humano.

Por consequência, o que Jesus fez em primeiro lugar foi demonstrar àqueles homens a essência de seu propósito perfeito, o de manter aquilo que eles conheciam por vida e, em segundo lugar, dar a vida.

Obviamente eles não entenderam o sentido espiritual do que Jesus revelava, não podiam compreender como aquele homem seria o pão do céu e poderia dar-lhes vida física ou espiritual. Jesus havia feito duas afirmações conclusivas, que Ele dava a vida e que Ele mantinha a vida.

A revelação de Jesus, afirmando que poderia dar e manter vida ao mundo, foi de difícil compreensão para aquele povo. Se você ler todo o capítulo de João 6 verá homens discutindo entre si as afirmações de Jesus, palavras que mexeram profundamente com o íntimo de cada um. Travavam uma luta interior para não aceitar tais declarações, que tinham grande peso e exigiam mudanças. Infelizmente eles não estavam preparados para receber as boas novas e aplicá-las em benefício próprio. Surge então a questão, por que não conseguiram entender tal significado, mesmo tendo conhecimento prévio sobre Deus e sobre a vinda do Messias?

E por que não puderam reconhecer em Jesus o Filho de Deus?

Creio que estavam recebendo de seus líderes apenas promessas vazias, nada sólido, nenhum alimento com nutrientes suficientes para o desenvolvimento espiritual. Não puderam reconhecê-lo.

Não puderam acreditar que aquele homem era o mesmo de quem os profetas falaram e que aprenderam desde crianças, agora diante deles, afirmando autoridade sobre a vida e a morte e reivindicando seu lugar como Filho de Deus. Aqueles homens não reconheceram o milagre, não reconheceram o Pão da Vida. Tinham a perspectiva errada de quem deveria ser o Messias.

E o que acontece hoje em dia?

Tenho visto pessoas entrando nas igrejas a cada dia com um pedido de socorro na garganta, com fome de Jesus e sede da Palavra. Entretanto, o que elas têm recebido de seus pastores? Promessas vazias de um alimento que nunca chega. Promessas são boas para alimentar a fé enquanto se espera, mas quando a fome é grande essas promessas que nunca se concretizam apenas enganam por algum tempo.

“Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais têm, pela prática, as faculdades exercitadas para discernir tanto o bem como o mal.” Hb 5:14

Essas pessoas que chegam às igrejas têm fome do Pão da Vida, têm necessidade de alimentos sólidos que possam nutrir seu crescimento espiritual. Também precisam saciar o vazio em seus estômagos espirituais. Chegam à casa de Deus cheias de esperança em ouvir uma mensagem vinda dos céus e recebem apenas um copo de água com açúcar. Ficam animadas naquele momento, mas quando chegam em casa a fome já voltou.

Esperam pela próxima oportunidade de se encontrar com o Senhor, na esperança de receber o alimento de que tanto precisam. O que geralmente acontece é que acabam frustradas tantas vezes com promessas vazias que logo o diabo fará uso do que não lhes foi oferecido, enfraquecendo-as ainda mais, até que desistam da vida cristã. Nunca souberam que Jesus se apresentou como o Pão da Vida, capaz de saciar completamente a mais profunda necessidade humana, não ouviram que Ele poderia aliviar sua sede espiritual ao ponto de não precisarem recorrer a mediadores da fé que vendem bênçãos a preços elevados.

Entregaram-se a falsos mestres que não conhecem verdadeiramente a essência do Evangelho, com seu poder infinito de transformação. Essas pessoas não conhecem e não conhecerão o sabor agradável dos deleites do trono do Senhor Jesus.

É triste, esses crentes não sabem disso porque nunca lhes foi dito, nunca lhes foi oferecido. Buscam a Deus mas não se alimentam de manjares espirituais, porque elas próprias servem de alimento a lobos que devoram sua gordura e se nutrem de sua carne até restarem apenas ossos.

Anos atrás dois rapazes vieram pedir-me oração por sua vida material, profissional e financeira. De pronto fiz a oração para que Deus lhes desse vitória nessas áreas. Contudo, quando terminei senti-me pesado. Isso me fez refletir e entender que eu não deveria ter feito aquela oração. Não porque não merecessem, mas porque precisavam de outra coisa, de um horizonte que somente Jesus poderia oferecer, não aquele que julgavam ser importante. Esses rapazes não estavam errados em suas necessidades, estavam apenas como os judeus da época de Jesus, com a perspectiva errada.

Quem lhes forneceu essas perspectivas se estão dentro da igreja?

O mundo, que agora está, pelo menos em parte, dentro da igreja. Temos trazido o mundo e suas concupiscências para dentro da igreja e esse movimento está mudando a perspectiva do Evangelho. Um supercarro, uma excelente casa, dinheiro, roupas caras, viagens, restaurantes, tudo que agrada à carne.

Mas e as consequências disso?

Depende do que eu busco e sou. Posso ser um hipócrita ganancioso interessado apenas em bênçãos materiais e, se for assim, bem feito para mim quando chegar o dia do acerto de contas.

Entretanto, na maior parte dos casos, as pessoas são enganadas por falsas promessas e apresentadas a um deus que não existe, gerando decepção que as afasta da possibilidade de viver uma vida plena.

Perspectiva errada do Evangelho, é uma frase que uso muito e há bastante tempo porque é o que mais observo. Essa falsa perspectiva causa muitos males, destacando dois, esfriar e desviar os crentes do verdadeiro objetivo, viver uma vida abundante em Cristo, alimentando-se do Pão da Vida que impede qualquer fome.

Quantas promessas, visões de bênçãos e maravilhas não se concretizam? Quantas palavras humanas lançadas por falsos profetas enganam os que precisam ouvir algo que realmente faça diferença?

Eles decepcionam e enganam por ganância, prometendo o que Deus não disse. Como Deus tratará disso é outro assunto. O que importa agora é o quanto tais mentiras são nocivas aos que estão carentes da verdadeira Palavra de Deus, carentes do Pão que dá vida.

Os que buscam regozijo e nutrição só encontrarão em Jesus, não há outra fonte. Tudo fora dEle e fora de suas palavras é tóxico e mata.

As tribulações não são totalmente ruins, elas dão ao homem sincero diante de Deus a possibilidade de enorme crescimento espiritual. O homem espiritual buscará coisas espirituais, imateriais. O homem material buscará sua matéria corruptível.

Os que estão com Deus pelo material não são Seus filhos, são homens que, como Judas, buscam trinta moedas. Os que se colocam em Seus braços certos de que nada merecem e que tudo é motivo de gratidão geralmente encontram Seu favor em qualquer circunstância.

Onde você quer estar quando sua vida terrena estiver terminando?

Alimentando-se do Pão da Vida, forte e lúcido, esperando o dia da glória, ou ainda velho em dias buscando alimentos que não sustentam?

O Pão que desceu do céu é uma realidade, não é fábula contada por um Galileu há dois mil anos. O Pão da Vida foi dado por Deus a todos nós para que tenhamos vida em abundância.

Não se deixe enganar pelas sutilezas do diabo que fazem duvidar do amor de Deus. Não se deixe enganar pelos que distorcem as palavras de Jesus. Entregue-se, alimente-se somente dEle, bebendo de sua fonte, praticando suas palavras e crendo que não há nada mais saudável e vivificante do que uma vida com Ele. O Pão da Vida é para mim, para você, para nós. Aceite esse alimento que Deus proporcionou e viva abundantemente.

Que Deus nos conceda a oportunidade de encontrar nossas vidas em Jesus, Aquele que nos sustentará até o fim dos séculos para honra e glória do Senhor.


Preparando se para a tempestade













Em um texto muito conhecido do Evangelho de Mateus, Jesus nos expõe a parábola dos construtores e os efeitos que as tempestades podem causar sobre suas construções: 
 
"24 Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. 25 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. 26 E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. 27 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.” Mt 7: 24-27

É verdade, nossas vidas sempre estão sujeitas a tempestades e águas torrenciais inesperadas... Essas podem vir em diversas formas; doenças, luto, problemas de relacionamento familiar, desemprego, necessidades materiais, etc.
Entretanto enquanto tudo vai bem em nossas vidas, parece que nossa casa tem bons fundamentos,  bons alicerces, vivemos seguramente como se a tempestade nunca fosse chegar e nos abater.
Recentemente o terrível tsunami  que arrasou a costa da Indonésia e tristemente matou centenas de pessoas, veio simplesmente sem aviso. Havia comida, bebida, diversão, banda de rock, sorriso nos lábios, brincadeiras das crianças e até culto religioso; a vida seguia normal para todos e ninguém soube com antecedência o que estava por vir. 
Não houve tempo por parte das autoridades darem o alarme porque nem eles mesmo sabiam que a erupção do vulcão Krakatoa, desencadearia tão horrenda tragédia. Ninguém esperava por isso, ninguém estava preparado para o que viria.

O que ocorre é que muitas vezes tempestades e calamidades abatem nossas casas no momento em que não estamos preparados, em que não esperamos que um mal caia sobre nossas vidas pois tudo até então, segue tranquilamente.
Mas e quando isso acontece o que fazemos? Desespera mo nos, corremos desorientados para a direita ou esquerda sem rumo, sem saber onde nos esconder ou quem virá em nosso auxílioBuscamos respostas urgentes em amigos, conselheiros, pastores e de certa maneira até mesmo em Deus e nada encontramos.

 Por que não encontramos? 

Não encontramos porque estávamos despreparados, não sabemos o que fazer e queremos uma resposta rápida que não conseguimos ouvir por estarmos desarraigados, desraizados, desalicerçados de seus fundamentos.

Eu não sei como eram os alicerces que Jesus se refere nesta mesma parábola relatada em Lucas (6.47-49 ), pois em Mateus ele dá ênfase ao terreno, no caso a rocha que é  ele próprio e em Lucas ele fala dos alicerces.  
O que eu sei sobre alicerces é que eles devem ser firmados em solo compactado e firme assim como a rocha, sei também que sustentam as casas e não se constroem do dia para noite. É preciso boa matéria prima, trabalho árduo, disposição e tempo para que sejam estabelecidos e assim possam ser utilizados na edificação da casa. 
Todavia, o tempo que irá demorar para a construção desta base só depende de quanto tempo de trabalho diário foi gasto. Da mesma maneira o tempo para firmar se em Jesus só depende do tempo e da qualidade de comunhão que temos com Ele.

Aquele que se firma na rocha, que tem seus alicerces fundados em Deus, jamais será abalado!
Por maior que seja a tempestade que alguém esteja passando, ela não tem força suficiente para abalar aquele que está firmado em Cristo Jesus.

A palavra tem sido pregada, Jesus nos apresenta seu desejo e suas verdades, o conselho do Mestre de Obras de onde os fundamentos devem ser lançados.
Aqueles que têm ouvido e transformado as palavras de Jesus em alicerce através da pratica, jamais serão abatidos. Nenhuma tempestade, tsunami, terremoto será forte o suficiente para derruba los.
Muitos ouvem suas palavras, porém não as retém em seu coração, constroem sobre a areia.
 Não tomam posse dessas promessas fazendo com que sejam verdades, transformando as em força e segurança para os dias maus.
“Todo aquele que ouve suas palavras e as pratica será um homem prudente”. Forte para resistir qualquer tempestade, qualquer força natural ou sobrenatural que a vida lhe apresente.

Os que ouvem e praticam os ensinamentos de Jesus tornam se realizadores de sua vontade, homens interiores confiantes na força daquele que os chamou, homens que superarão tribulações, angustias confiados em Seu poder e fortaleza.

Não construa sua casa sobre a areia, construa seus alicerces e edifique sobre a verdadeira Rocha que é Cristo Jesus. Seja um praticante da Palavra,  prepare se para a tempestade pois ela pode chegar quando menos se espera, sem aviso, porém você não será pego despreparado.

Que o Senhor nos dê sabedoria, força e determinação para edificarmos nossas vidas sobre sua Rocha Forte!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Um homem não religioso










Vemos sérias advertências ao legalismo partindo de Jesus, principalmente aos escribas e fariseus que eram a “nata” da sociedade judaica  em seu tempo.
 Eram homens instruídos na lei de Moisés, religiosos, rigorosos em parte de suas doutrinas e com uma imagem de santidade de si mesmos que os faziam pensar que somente eles eram justos o suficiente.
Pela pratica de atos que consideravam absolutamente corretos e irrepreensíveis, colocavam os demais no rol dos pecadores. No entanto eram relapsos em sua doutrina, deixando de lado aspectos importantes do que Jesus pregava; faltava lhes amor ao próximo, bondade, justiça e principalmente verdade em suas praticas religiosas. Eram homens com uma espiritualidade rasa, hipócritas vivendo de uma esplendorosa aparência porém podres e carcomidos por dentro, tanto que levou Jesus a dizer:

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.”Mt 23:27

Duras palavras disse o mestre Jesus... E ele não parou por ai, mais adiante  ele disse:
Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?”Mt23:33

Vocês podem imaginar Jesus dizendo isso hoje com a consciência que temos de quem ele realmente é? Já pensaram em Jesus dizendo isso diretamente a você?
Que coisa terrível seria, não é mesmo?

Muitas pessoas nos dias atuais, vêem o fariseu como um personagem bíblico quase mítico, que vive na época de Jesus, um cara ruim e dissimulado que entregou Jesus a crucificação, um tipo de pessoa que ficou no passado e que não existe mais, certo?

É certo sim, muitas pessoas pensam na figura do fariseu apenas como um personagem do passado, porém é preciso saber que existem ainda hoje fariseus modernos circulando em nossas igrejas, fazendo tudo que desagrada a Deus em nome de uma pseudo santidade e uma rasa espiritualidade. Homens que encarnam a hipocrisia, a bondade por aparência, que mantém uma vida religiosa de fachada, que aos olhos de outros irmãos parecem justos, porém enganam se a si mesmo exatamente como faziam os fariseus.
Pessoas sem amor ao próximo que não demonstram ou não se preocupam com outros irmãos, suas dificuldades, suas lutas ou pior ainda; não se preocupam com o que Jesus pensa e diz a respeito deles. Pessoas que vivem em uma extrema hipocrisia, a mesma que Jesus condenou.

Você tem conhecido pessoas assim ? Acredita que existam fariseus modernos em nossas igrejas?
Que a advertência de Jesus nos sirva de alerta; que possamos compreender que aqueles que vivem de aparência engana se a si mesmo. Antes nada faça do que fazer algo apenas para parecer santo diante dos outros homens, pois duro julgamento recairá sob aqueles que se encontram nesta situação.

Que não nos preocupemos com a opinião de outros homens, antes preocupe mo nos com a opinião e o julgamento de Deus através de sua Palavra que é apta para isso:
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” Hb 4:12

Saibamos e conscientize mo nos que Deus não vê nossa aparência e sim nosso coração. Compreendamos que nossa sinceridade, amor e temor pelos Seus preceitos são as únicas coisas que realmente lhe interessam.
Nossa imagem de piedosos diante de outros homens é puro engano; enganamos nos quando fazemos algo que não provem do nosso coração, quando não somos movidos pelo amor ao próximo ou pelo amor de Sua obra.

Que Deus nos livre da religiosidade e nos dê profundidade em amor a todos os seus Estatutos!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Que o Anjo do Senhor nos livre da depressão







Muitos cristãos sofrem de depressão, o que não é nada incomum. Também não é raro ouvir de pastores que a depressão seria causada por falta de fé, espíritos malignos, pecados, etc.

Meu conselho, nesse caso, é que você filtre essas palavras como um "by-pass": entre por um ouvido e saia pelo outro.

Mas, o que é depressão?

O que direi nas próximas linhas não tem cunho médico, científico ou profissional, e não tenho a pretensão de sugerir a interrupção de tratamentos com medicamentos. Meu objetivo é apenas compartilhar informações compiladas de estudos disponíveis na rede. Há uma vasta quantidade de livros e artigos disponíveis para quem deseja se aprofundar no tema da depressão, ansiedade e outro assuntos relacionados.

De modo geral, há consenso médico de que a depressão é um transtorno psicológico causado por um desequilíbrio químico no cérebro, que provoca tristeza profunda, persistente e desproporcional, além da perda de interesse em atividades cotidianas. Isso afeta diversos aspectos da vida, como a esfera familiar, escolar e profissional, sendo frequentemente necessária a intervenção médica e o uso de medicamentos.

Neurocientistas afirmam que a depressão ocorre em áreas do cérebro responsáveis pelos pensamentos e emoções. Descompensações nas reações químicas e elétricas podem levar à depressão. Os medicamentos podem ajudar a aliviar os sintomas, mas não curam a doença. A cura envolve uma ação ampla, juntamente com nossa ação; com a ajuda de Deus e, se necessário, de profissionais médicos.

 Os Limites do Diagnóstico Psicológico  

Aqui surge um ponto delicado: se o diagnóstico pode ser subjetivo, o profissional pode errar. Sem um exame ou teste científico que comprove de maneira definitiva a existência de uma doença mental causada por desequilíbrio químico, como a depressão, o diagnóstico torna-se dependente da interpretação do profissional. Segundo neurocientistas, embora seja possível ver áreas que estão reagindo a estímulos cerebrais de pessoas que estão dentro de maquinas de imagens, isso não é possível fazer em tempo real, numa consulta. Isso torna inútil na pratica (nos dias atuais para tratar), esses exames para tratar depressão ansiedade. Devido a complexidade esses exames servem para o médicos tratarem doenças graves. Nesse cenário; a pessoa pode ficar vulnerável a ações de profissionais terapeutas não qualificados ou mal preparados.  

A psicologia, embora seja uma ciência que estuda o comportamento humano e os processos mentais, desempenhando um papel crucial no auxílio a pessoas com problemas comportamentais e psicológicos, não está isenta de erros em suas intervenções terapêuticas. Algumas situações que podem levar a falhas incluem:

  • Diagnósticos equivocados: Por falta de marcadores biológicos, a análise subjetiva pode resultar em conclusões inadequadas.
  • Uso de técnicas inadequadas: Nem todas as abordagens terapêuticas são eficazes para todos os pacientes, e a escolha errada pode agravar a situação.
  • Desalinhamento entre terapeuta e paciente: A relação terapêutica exige empatia e sintonia, e a ausência disso pode comprometer o progresso do tratamento.
  • Negligência de outras causas: Não considerar aspectos biológicos ou espirituais pode limitar a eficácia das intervenções.

Como dito anteriormente, apesar dessas limitações, a psicologia tem um papel importante na identificação de padrões de pensamento e comportamento que podem perpetuar a depressão. No entanto, é essencial reconhecer suas limitações, buscar um excelente profissional qualificado e integrá-la a outras formas de ajuda, como o apoio espiritual e a busca por um relacionamento com Deus.

Depressão na Perspectiva Bíblica

A Bíblia relata o caso de Elias, que sofreu o que seria uma depressão. Ele foi perseguido, sentiu-se cansado, sozinho e fracassado, mas Deus cuidou dele:

"E Acabe contou a Jezabel tudo o que Elias tinha feito, e como havia matado todos os profetas à espada. Jezabel enviou então um mensageiro a Elias, dizendo: 'Que os deuses me castiguem severamente, se amanhã, a esta hora, eu não fizer com a sua vida o que você fez com a deles.' (1 Reis 19:1-2)

Elias sentou-se debaixo de um zimbro e pediu para si a morte, dizendo: 'Basta, Senhor, não aguento mais!' Mas o Senhor lhe disse: 'Que fazes aqui, Elias?' (1 Reis 19:4,9) 'Eu fiquei só' (1 Reis 19:10,14)

O texto mostra como Deus tratou Elias com cuidado durante seu momento de depressão. Ele alimentou Elias, deu-lhe descanso, e revelou-lhe um novo propósito, fazendo-o superar a depressão.

Da mesma forma, Davi também passou por momentos de angústia, que poderiam ser caracterizados como depressão. No Salmo 13, Davi se queixa de seu estado emocional, mas toma atitudes ativas para se livrar da aflição: ele confia em Deus e O adora:

"Até quando te esquecerás de mim, SENHOR? Para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto? (...) Mas eu confio na tua benignidade; na tua salvação se alegrará o meu coração. Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem.” (Salmo 13:1-6)

Esses exemplos bíblicos mostram que, mesmo em estados de grande angústia, a intervenção divina foi essencial para a recuperação. Deus ofereceu a força e o cuidado necessários para superar a crise.

Ações e Perspectivas Positivas

Pensamentos negativos e estressantes podem ser bloqueados, e isso já é meio caminho para enfraquecer a depressão. Alterar a química do cérebro com antidepressivos pode ajudar, mas, às vezes, o problema está na maneira como a mente se condiciona a pensamentos torturantes. Nesse caso, mesmo com medicamentos, a depressão pode persistir.

A chave, portanto, está em identificar as fontes de depressão e tentar eliminá-las. Adotar uma abordagem positiva diante dos problemas é uma forma eficiente de combater a depressão.

Exemplo de abordagem negativa:
"Tudo está dando errado na minha vida. Meu marido só vive para trabalhar e, para piorar, bati o carro."

Exemplo de abordagem positiva:
"Que bom que meu marido tem emprego em um mundo cheio de desempregados, e que eu tenho um carro. Mesmo com o acidente, poderemos consertá-lo."

Se olharmos para tudo de forma negativa, não viveremos com alegria. A mudança de perspectiva é essencial para evitar cair em depressão.

Em muitos casos, procurar ajuda médica é essencial, mas não devemos excluir a ação de Deus. Como diz o ditado: "Quem canta seus males espanta". Cantar louvores pode ser uma excelente forma de aliviar a tristeza.

Em momentos de angústia, devemos entregar nossos problemas a Deus, confiar em Sua providência e buscar renovar nossas mentes com pensamentos positivos e fé.

Que o Senhor te abençoe e te livre da depressão!

Nelson Filho