Tenho lutado incessantemente contra meus sentimentos de auto justiça ao colocar ao Senhor meus pedidos de oração. Luto contra minha carne e a falha avaliação que faço de mim mesmo para estar confiante diante dEle. Quero estar confiante diante de Deus pelo que Ele é e não por quem eu sou.
Se existe algo que destrói nossa fé e atrapalha nossa comunicação quando pedimos algo a Deus em nossas
orações, são aqueles pedidos que fazemos baseados em nossos merecimentos.
Se achamos que merecemos algo por sermos “bons cristãos” e Deus não nos
dá, cometemos a injustiça e o pecado de achar que Deus é injusto, por outro
lado se achamos que não merecemos e pedimos, já estamos derrotados e pecando, fazendo de Deus um humano mesquinho, falível e vingativo como nós.
Não merecemos receber de Deus suas benesses pelo que somos, mas sim pelo que Ele é.
Não merecemos receber de Deus suas benesses pelo que somos, mas sim pelo que Ele é.
De que maneira e com
qual postura devo pedir a Deus?
“Inclina, ó Deus meu, os teus ouvidos, e ouve;
abre os teus olhos, e olha para a nossa desolação, e para a cidade que é
chamada pelo teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua
face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias”. Daniel 9:18
Gosto muito deste
texto pois me desperta aspectos de como
deve ser a oração de alguém que está muito aflito e desolado.
Me lembra uma vez em
que um pastor muito idoso me disse; “Quando orares, puxe uma cadeira para o Senhor
Jesus, convide-o a sentar e sente se em outra bem ao lado dele.”
Jesus está tão perto e
ao alcance de suas mãos que é possível toca-lo, falar muito baixo, sussurrar e mesmo assim Ele pode ouvi-lo.
Da mesma maneira; Ele
está tão perto que apenas ao abrir os olhos Ele poderá ver nitidamente sua situação: “Senhor, abre os olhos e veja nossa desolação”.
“Senhor abre os olhos e veja minha situação!”
Obviamente Deus pode ver sua situação
onde quer que Ele ou você esteja e seus olhos não estão fechados, mas quando clamamos figurativamente desta maneira,
abrimos nossos corações, renovamos nossa esperança e fé em Seu poder de fazer algo
por nossas vidas.
Na sequência ele diz:
“porque não lançamos as nossas súplicas
perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias”
O grande segredo desta
oração está no fato da consciência de que Deus age porque Ele é Deus, não
porque somos merecedores ou imerecedores de Sua misericórdia e bondade.
Todos somos carne e
diferentes, nesse contexto é natural alguns de nós acharmos que não somos tão
ruins, que fazemos coisas boas; então merecemos também algumas coisas boas da parte de
Deus. Por outro lado tem aqueles que se acham ruins demais para
conseguir de Deus algo bom, ou seja, ambos "bons e ruins" baseiam se em seus merecimentos para conseguir as bênçãos e respostas de Deus.
O fato é que Deus age
em nosso favor única e exclusivamente por sua infinita misericórdia.
Nossos atos de justiça
ou injustiça nada significam para Deus.
Colocar diante dEle
nossas boas ações e pedir suas bênçãos é querer coloca-Lo como um devedor de
nossa bondade.
Da mesma forma,
ao acharmos que nossas imperfeições o
impedem de ser nosso Deus benigno e
generoso, o rebaixa até nós que somos na essência todos maus e simplesmente
humanos.
Nenhum de nós é digno
de receber coisa alguma e nossa justiça é trapo de imundície, porém Deus é misericordioso, pronto a ouvir e estender
suas mãos ao nosso socorro, não importando qual a opinião você tenha a
respeito de si próprio.
Desta maneira então;
que em nossas orações estejamos nus diante dEle, despojados de todo senso de justiça humana, com o coração aberto, pecados
confessados e desprovidos de qualquer sentimento ou atitude que não seja submissão e entrega a Sua vontade.
Que possamos estar
diante dEle reconhecendo que qualquer libertação, perdão e bênçãos são
exclusivamente méritos dEle e para Ele,
para Sua honra e glória!
Que Deus nos abençoe e
nos dê a dimensão de Seu infinito amor!
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